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sábado, 29 de maio de 2010

Escola usa ergonomia para garantir boa postura aos alunos e melhor alimentação

Móveis e até colheres foram personalizados para o bem-estar dos alunos

Altura das mesas, apoio para os pés, tamanho das colheres. Pequenos detalhes que podem fazer muita diferença quando o assunto é o bem estar de crianças que passam até 10 horas na escola. Foi pensando em melhorar o atendimento e conforto de seus alunos, que o Berçário e Pré-escola Ponto Omega, no Jardim Paulistano, fez uma inovação: contratou os serviços de uma fonoaudióloga e de uma fisioterapeuta para avaliar as características motoras e fonéticas de seus alunos e adequar os móveis e acessórios ao perfil de cada criança.

"Não basta oferecer mesas, cadeiras e talheres indicados para esta faixa etária. Cada aluno é único. Ele pode ter a estatura maior ou menor que a média e precisa estar confortável para passar tantas horas na escola com qualidade, sem prejuízo para a sua postura", explica Maria Grupi, diretora da escola. Até a questão da alimentação foi levada em conta. "Queria saber se o tamanho da colher era o ideal para cada criança. Tinha a preocupação que pudessem engasgar, caso o talher fosse maior que o ideal, ou que ficassem mal alimentadas, se a colher fosse menor que o adequado", completa.

Na primeira etapa do trabalho, a fonoaudióloga Samar El Malt e a fisioterapeuta Laiali Chaar conversaram com pais e professores e avaliaram a linguagem e a coordenação das crianças, com o objetivo de detectar dificuldades e realizar um trabalho preventivo. "Entre 5% a 10% das crianças em idade escolar têm distúrbio de coordenação, o que pode provocar dificuldade para escrever e aprender no futuro", conta Laiali.

Na segunda etapa, partiu-se para a intervenção no mobiliário da escola. Foram medidos o tamanho e altura das mesas, a altura das cadeiras, da bancada do computador e até o tamanho das colheres. "Apesar da pouca idade, é comum casos de crianças com desvio de coluna por causa de mochilas muito pesadas e de má postura. Por isso é importante que a criança sente corretamente e, para isso, ela precisa usar cadeiras e mesas adequadas para a sua faixa etária", explica Laiali. Agora, durante a aula de informática no Ponto Omega, por exemplo, cada aluno tem a altura da bancada e da cadeira regulados para o seu tamanho, individualmente. A idéia é que, anualmente, as profissionais retornem à escola para avaliarem as mudanças dos alunos e adequarem as medidas do mobiliário.

Por último, foi feito um trabalho com os recreacionistas. Eles foram instruídos sobre o talher adequado para cada criança e o intervalo ideal entre as colheradas. "Fizemos mudanças pontuais que garantiram maior bem-estar para nossos alunos", finaliza Maria Grupi.

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