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quarta-feira, 7 de julho de 2010

SP faz 1 em cada 5 transplantes para pacientes de outros estados

Cirurgias de pâncreas chegam a beneficiar 46% de pessoas que moram fora do Estado de São Paulo, e transplantes de córneas, 25%

Um em cada cinco pacientes transplantados em hospitais paulistas são residentes de outros estados brasileiros. É o que aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, com base nos 7.580 transplantes de doadores falecidos realizados em São Paulo durante o ano passado, incluindo órgãos e córneas (consideradas tecidos).
Desse total, 1.632 transplantes, ou 21,5%, beneficiaram pacientes que moram em outros estados. A legislação brasileira permite que pessoas residentes em um estado sejam inscritas na lista de espera de outra localidade.
No caso dos transplantes de pâncreas, 46,5% dos pacientes que receberam o órgão em hospitais paulistas moravam em outros estados. A situação foi a mesma para 24,7% dos transplantados de córneas, 24,7% dos que receberam transplante simultâneo de pâncreas e rim, 18,1% dos transplantados de fígado, 12,5% dos que receberam um pulmão, 10,8% dos que ganharam um novo coração e 6,1% daqueles que receberam um rim.
Dos 1,6 mil transplantes para pacientes de outros estados realizados em São Paulo em 2009, 619 beneficiaram pessoas residentes no Rio de Janeiro. Outros 315 transplantes foram realizados em pacientes moradores de Minas Gerais, 101 da Bahia e 55 de Goiás. Todos os estados e o Distrito Federal tiveram pacientes beneficiados por transplantes realizados em hospitais de São Paulo.
Em alta
O número de transplantes de órgãos no Estado de São Paulo cresceu 31,6% nos cinco primeiros meses deste ano, na comparação com igual período de 2009. É o que aponta balanço da Secretaria com base nos dados da Central de Transplantes.
De janeiro a maio foram 1.044 transplantes, contra 793 nos cinco meses iniciais do ano passado. O total de cirurgias de pulmão praticamente triplicou no período, passando de 12 para 32, enquanto os transplantes de rim cresceram 41%, de 441 para 622, e os de fígado, 19,3%, de 243 para 290.
O resultado é fruto do crescimento de 34,5% registrado no número de doadores de órgãos este ano, na comparação com os cinco primeiros meses de 2009. De janeiro a maio houve 382 doações, contra 284 no mesmo período do ano passado.
Segundo o levantamento, o total de transplantes de pâncreas e de coração ficou estável. Houve 59 transplantes de pâncreas de janeiro a maio de 2010, contra 54 no mesmo período do ano passado. Já o número de transplantes de coração foi de 41 nos cinco primeiros meses deste ano e 43 no mesmo período de 2009. O aproveitamento de um órgão para transplante, após autorização dos familiares do doador, depende de avaliação médica.
“São Paulo vem investindo na melhoria de seu sistema de captação e transplante, ao mesmo tempo em que a população paulista demonstra toda a sua solidariedade, ao autorizar, na maioria dos casos, a doação de órgãos de seus parentes que faleceram”, afirma Luiz Augusto Pereira, coordenador da Central de Transplantes da Secretaria.

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