FIQUE POR DENTRO

domingo, 2 de novembro de 2025

Concerto “Queremos Paz no Planeta” comemora a vinda dos Astronautas do 36º Planetary Congress da ASE

Orquestra Sinfônica Pop Arte Viva sob regência do Maestro Amilson Godoy 


O concerto “Queremos Paz no Planeta” será realizado no dia 7 de novembro de 2025, sexta-feira, às 20h, no Memorial da América Latina, em São Paulo. O espetáculo promete emocionar o público com uma programação repleta de grandes nomes da música brasileira e uma mensagem de paz, união e sustentabilidade. A Orquestra Sinfônica Pop Arte Viva, sob a regência do Maestro Amilson Godoy, completa o espetáculo com arranjos sofisticados que mesclam música clássica e popular, tornando a experiência única.
 

Artistas e Orquestra de Renome Nacional

O concerto contará com apresentações de artistas consagrados, como:

Marcus Viana e Adylson Godoy - Foto: Divulgação

Marcus Viana – multi-instrumentista e compositor renomado, conhecido por suas fusões de música clássica e popular brasileira.
 
Adylson Godoy – pianista e compositor, com reconhecimento nacional e internacional, contribui para a diversidade e qualidade artística do evento.


Claudya e Silvio Brito - Foto: Divulgação


Claudya – ícone da música brasileira, com décadas de carreira e reconhecida por sua voz marcante e presença de palco envolvente.

Silvio Brito – cantor, compositor e apresentador do Programa "Silvio Brito em Família" na Rede Vida, com vasta trajetória na música popular brasileira, destaque em programas de TV e palcos pelo país.  

Maria Clara Mascellani e Filó Machado - Foto: Divulgação


Maria Clara Mascellani – integrante do elenco do Maestro João Carlos Martins, iniciou sua carreira no Coral Infanto Juvenil, hoje Maestrina Miriam de Moura, trazendo um reencontro emocionante com suas origens musicais.

Filó Machado – cantor e instrumentista que retorna de turnê internacional para participar do evento, reconhecido pelo virtuosismo e interpretação singular.

Claudia Souza e Coro Masculino de Alumínio - CMA - Foto: Divulgação

 Claudia Souza – Intérprete e coautora do Tema "Queremos Paz no Planeta" junto com Adylson Godoy.
O concerto também contará com a participação do Coral Infanto Juvenil Maestrina Miriam de Moura, dirigido pela Maestrina Marli Ferrari, e do Coro Masculino de Alumínio - CMA, sob regência do Maestro Marcelo Faraldo Recski, reforçando a ideia de integração entre gerações e o poder da música como agente transformador.

Coral Infantil Maestrina Miriam de Moura sob direção da Maestrina Marli Ferrari (ao centro)
Foto: Divulgação




Arte, Ciência e Exploração Espacial



Antes do concerto, o público será recebido no foyer do teatro para o lançamento da obra “Visões do Cosmos”, promovida pela Association of Space Explorers (ASE). A ASE é a única associação profissional de astronautas do mundo, reunindo exploradores espaciais de diferentes nações e promovendo o diálogo global sobre cooperação internacional, segurança em voos tripulados, compatibilidade em órbita e prevenção de impactos de asteroides.

A instituição organiza regularmente encontros e congressos técnicos com astronautas, cosmonautas e taikonautas, incentivando a inovação científica e inspirando novas gerações a se interessarem por ciência, tecnologia e exploração espacial. Em 2025, o 36º Planetary Congress da ASE será realizado no Brasil, reunindo astronautas de todo o planeta para uma semana de atividades científicas, educacionais e culturais.

O concerto “Queremos Paz no Planeta” simboliza a integração entre arte, ciência e espiritualidade, levando ao público uma mensagem de harmonia, sustentabilidade e cooperação mundial, fortalecendo valores essenciais para um futuro mais consciente e unido.

🌎 Serviço

Evento: Concerto “Queremos Paz no Planeta”
Data: 07 de novembro de 2025 (sexta-feira)
Horário: 20h
Local: Memorial da América Latina – Auditório Simón Bolívar
Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda, São Paulo – SP
Entrada: Gratuita – sujeita à disponibilidade e confirmação de ingresso  AQUI

🌐 Mais informações
Site oficial do projeto: www.queremospaznoplaneta.com.br
Redes sociais do projeto: @queremospaznoplaneta


Association of Space Explorers (ASE): www.spaceexplorers.org

O concerto é realizado pela UPARS – União Paulista de Artistas Seniores, com fomento do Ministério da Cultura via Emenda Parlamentar do Senador Astronauta Marcos Pontes, reforçando a importância da cultura, ciência e educação como pilares de transformação social.

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Crianças especiais em risco: negligência no transporte escolar de Guarulhos

Por: Claudia Souza


Pais e responsáveis por alunos com deficiência de Guarulhos vêm denunciando, em volume crescente, falhas graves no serviço de transporte escolar fornecido por empresas contratadas pela prefeitura. Relatos reunidos em plataformas públicas de reclamação, publicações em redes sociais e vídeos amadores descrevem atrasos recorrentes, veículos em condições precárias, trocas frequentes de monitores e episódios que caracterizam negligência — situações que colocam em risco a integridade física e emocional de crianças e adolescentes com necessidades especiais.


O que os pais estão relatando


Em registros públicos e plataformas de reclamação (mensagens, prints, vídeos), responsáveis relatam problemas sistemáticos:

Atrasos e faltas de veículo: alunos que perdem aulas por falta de transporte; recolhimento tardio, sem aviso.

Troca constante de monitores e motoristas: familiares destacam a fragilidade afetiva para crianças com autismo e outras deficiências quando não há equipe fixa.

Veículos sem condições: relatos sobre vans com manutenção precária, cadeira de rodas mal fixada ou equipamentos de acessibilidade inoperantes.

Falta de preparo técnico: monitores sem capacitação específica para lidar com episódios de crise ou necessidades de saúde dos alunos.

Comunicação deficiente: ausência de retorno da empresa e da Secretaria de Educação diante de incidentes.

Os relatos têm se repetido em posts com datas e horários, o que aponta para um problema estrutural e não apenas casos isolados.


    







Histórico contratual e perfil do prestador






A Prefeitura de Guarulhos terceiriza parte do serviço de transporte escolar e contrata operadores privados para atender rotas regulares e especiais — incluindo alunos com deficiência. Uma das empresas envolvidas, atuante na região metropolitana, figura em registros de concorrências e listas de prestadores de serviço para transporte.

Contratos públicos devem, por regra, prever exigências técnicas (capacitação de motoristas, equipamentos de acessibilidade, relatórios periódicos) e mecanismos de fiscalização. Nas reclamações reunidas, responsáveis seguem questionando se tais cláusulas estão sendo cumpridas e como é feita a fiscalização in loco.



Impacto sobre crianças com deficiência


O transporte escolar para alunos com deficiência não é um serviço comum: ele envolve garantir direitos básicos — integridade física, direito à educação, acessibilidade e dignidade. A rotatividade de profissionais, a falta de treinamento e a precariedade da frota afetam diretamente a rotina escolar e o desenvolvimento dessas crianças:

Perda de rotina: especialmente prejudicial para crianças autistas que dependem de previsibilidade.

Risco físico: falhas na fixação de cadeiras, ausência de cintos de segurança, portas e rampas com defeito.

Estresse emocional: mudanças abruptas de monitores e tratamento inadequado aumentam a ansiedade.



A responsabilidade dos contratos públicos


Contratos administrativos existem para transformar recursos públicos em serviços de qualidade. Quando o objeto envolve proteção de direitos, como a educação inclusiva, os contratos devem conter: indicadores de desempenho, cláusulas de capacitação contínua, previsão de equipe fixa, penalidades claras e critérios de rescisão.

A administração pública, além de contratar, tem o dever de fiscalizar e de proteger: isso significa inspeções regulares, relatórios públicos e aplicação de sanções quando necessário. Reclamações persistentes sem respostas efetivas indicam falhas na governança do contrato.



O que dizem especialistas:



Advogados de direito público: destacam que a omissão na fiscalização pode configurar improbidade administrativa quando há comprovação de prejuízo ao direito à educação.

Educadores especializados: afirmam que a rotatividade de cuidadores compromete a adaptação do aluno.

Engenheiros de segurança veicular: lembram que manutenção preventiva é condição básica e não um diferencial.


Provas e documentação — como as famílias podem se organizar


Para transformar relatos em reclamações formalizadas e eficientemente investigáveis, orientamos os pais a:

Documentar tudo: guardar horários, mensagens, nomes de motoristas/monitores, fotos dos veículos, vídeos curtos dos acontecimentos e relatos assinados por testemunhas.

Registrar reclamação formal: protocolar na Secretaria Municipal de Educação e na Ouvidoria da Prefeitura; pedir número do protocolo.

Usar plataformas oficiais: registrar no ReclameAqui (quando aplicável), Consumidor.gov.br (se a empresa for participante) e Fala.BR (plataforma unificada de ouvidorias do governo federal) para ter registro público da reclamação.

Buscar o Ministério Público e a Defensoria Pública: se houver indícios de negligência grave ou reiterada, pedir atuação do MP para medidas coletivas.

Exigir informações por LAI: solicitar (via Lei de Acesso à Informação) cópia do contrato, aditivos, relatórios de fiscalização e comprovantes de pagamento.


Cabe à Prefeitura:


Publicar integralmente os contratos e aditivos relacionados ao transporte escolar, com dados consolidados: valor por rota, vigência, número de veículos, indicadores de desempenho e relatórios de fiscalização.

Estabelecer indicadores mínimos ligados a pagamentos (pontualidade, manutenção, equipe fixa, capacitação específica).

Criar fiscalização independente e relatórios públicos periódicos.

Instaurar canal de resposta rápida para ocorrências envolvendo alunos com deficiência (plantão 24h da Educação e linha direta com Ouvidoria).

Treinamento contínuo: exigir comprovação periódica de capacitação dos motoristas e monitores para atendimento especializado.

Se você é pai ou mãe de aluno com deficiência e teve problemas com o transporte escolar, compartilhe sua experiência com a nossa redação (jornalportaleste@gmail.com) e envie provas (prints, fotos, vídeos) para que possamos consolidar denúncias e cobrar esclarecimentos oficiais.

Esta matéria foi produzida com base em relatos públicos de pais e instituições de reclamação, redes sociais e arquivos relacionados ao tema. Procuramos a Prefeitura de Guarulhos e a empresa prestadora, mas não obtivemos nenhuma resposta.


Veja também a matéria publicada na manhã de hoje (31/10) na Rede Globo

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

CPMI do INSS pega fogo: governistas barram prisão e convocação de aliados de Lula!


A sessão desta quinta-feira da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS foi marcada por novos depoimentos, votações polêmicas e embates entre governistas e oposição.

Durante a reunião, os parlamentares ouviram o depoimento de Cícero Marcelino de Souza Santos, apontado como prestador de serviços da Conafer. Ele admitiu ter aberto diversas empresas para atender a entidade, mas afirmou não ter vínculo formal com ela. Documentos apresentados à CPMI, porém, indicam que empresas ligadas a ele e à sua esposa movimentaram grandes valores associados a contratos da Conafer.

Além do depoimento, a CPMI votou uma série de requerimentos. Entre os mais polêmicos, os governistas barraram a convocação de Frei Chico, irmão do presidente Lula e vice-presidente do Sindnapi, por 19 votos a 11, e rejeitaram o pedido de prisão preventiva de Milton Baptista, presidente do Sindnapi, por 18 votos a 13.

Outros requerimentos – como os de quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-ministro Carlos Lupi – foram retirados da pauta após acordo entre os líderes partidários.

Por outro lado, os parlamentares aprovaram:


A quebra de sigilo de empresas suspeitas de envolvimento nos contratos investigados;

As convocações de Alan Santos, diretor da Dataprev; Lenilson Queiroz, ouvidor do INSS; e Philipe Roters Coutinho, ex-agente da Polícia Federal.

Também foi aprovado o envio de recomendações à CGU e ao STF para afastamento de dirigentes de sindicatos e empresas envolvidos nos casos em apuração.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, fez duras críticas à Advocacia-Geral da União (AGU), acusando-a de defender no STF a continuidade dos descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas. Segundo Viana, a postura da AGU “abre brechas para que autoridades escapem da responsabilização”.

Ele reafirmou que a CPMI seguirá investigando quem realmente se beneficiou com o esquema de descontos fraudulentos e que o relatório final trará provas robustas e nomes de responsáveis.

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Sarau 60+ do Itaquerendo Folia celebra a vida e a arte no Espaço Viva Arouche com homenagem ao Maestro Adylson Godoy



No último domingo, 12 de outubro de 2025, o Espaço Viva Arouche, no centro de São Paulo, foi palco de uma tarde repleta de emoção, música e homenagens durante o Sarau 60+ do Itaquerendo Folia. O encontro reuniu artistas, intelectuais e representantes da cultura paulistana em um evento que valorizou a trajetória de quem ajudou a construir a história musical e artística do país.

O homenageado da noite foi o pianista e maestro Adylson Godoy, ícone da música brasileira, reverenciado por sua carreira brilhante e influência nas gerações seguintes de músicos. Com sua presença carismática e talento inconfundível, Godoy encantou o público em momentos de pura emoção ao piano.

O Buffet ficou por conta da Chef Ruth Ameida, que serviu um Petit Fours regado à famosa "Cajuína", bebida tradicional da casa.

Entre as apresentações, destacaram-se as cantoras Jane Lopes, Alexandra Mota e Claudia Souza, que levaram ao palco interpretações marcantes e cheias de sensibilidade. Além de cantora, Alexandra Mota é autora do livro “Várias Formas do Enfermeiro Trabalhar Fora do Hospital”, obra que reflete sua trajetória multifacetada entre a arte e a área da saúde.

O presidente do Itaquerendo Folia, o escritor J. Ivo, emocionou-se ao lado do jornalista Maurício Coutinho, ao falar sobre o significado do evento.

“Homenagear em vida é um gesto de amor e respeito. Essas pessoas merecem nosso aplauso e reconhecimento agora, enquanto podem sentir o carinho do público”, afirmou J. Ivo, sob aplausos calorosos.

A anfitriã e gestora do Espaço Viva Arouche, Luciene Weiland, também teve um papel especial na noite. Além de contar um pouco sobre a história e o propósito do espaço — que se tornou um importante ponto de encontro cultural no coração de São Paulo —, Luciene mostrou seu talento como cantora em um improviso acompanhado ao piano pelo Maestro Adylson Godoy, criando um dos momentos mais emocionantes do sarau.

O Sarau 60+ vem se firmando como uma ação de valorização da maturidade criativa, promovendo a integração entre gerações e dando visibilidade a artistas seniores. O evento terminou em clima de confraternização, com o público compartilhando abraços, sorrisos e a certeza de que celebrar a vida e a arte é o melhor caminho para manter viva a cultura brasileira.

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

INSTITUTO FOGANHOLI DÁ DICAS DE COMO CUIDAR DOS PULMÕES




Bronquite: Cuide dos seus Pulmões! 

A bronquite é a inflamação dos brônquios, os canais que levam o ar até os pulmões. Pode ser aguda (normalmente causada por infecções) ou crônica (associada ao tabagismo, poluição e outras condições respiratórias).

👉 Por que é importante tratar a bronquite?
Evita crises de tosse e falta de ar
Reduz o risco de pneumonia e outras infecções
Melhora a qualidade de vida e o sono
Protege a saúde dos pulmões a longo prazo

⚠️ Sintomas comuns:
Tosse persistente (com ou sem catarro)
Falta de ar
Chiado no peito
Cansaço frequente

🧪 Exames importantes para diagnóstico e acompanhamento:
✔️ Espirometria – avalia a função pulmonar
✔️ Radiografia de tórax – identifica inflamações e infecções
✔️ Exames de sangue – ajudam a detectar infecções
✔️ Testes de alergia – quando há suspeita de bronquite alérgica

✨ Prevenir é essencial: evite fumar, mantenha ambientes ventilados, lave bem as mãos, vacine-se contra a gripe e faça acompanhamento médico regular.

➡️ No Instituto Foganholi você encontra exames acessíveis e atendimento para cuidar da sua saúde respiratória.

(11) 4748-3378 / (11) 95920-8501 (WhatsApp)
https://institutofoganholi.com.br/

#Bronquite #SaudeRespiratoria #InstitutoFoganholi #Prevencao #CuidarÉViver



***

Publicidade:

Que tal uma massagem para ativar a circulação?






sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Grupo GR promove mutirão de empregos neste sábado



Neste sábado 27/9, o Grupo GR promove um mutirão de empregos na sede da empresa – Rua Frei Caneca, 71, próximo do metrô Higienópolis – e no polo de atendimento da zona sul – Avenida Mário Lopes Leão, 406, Santo Amaro. Na ocasião, serão oferecidas vagas para vigilante, controlador de acesso, auxiliar de limpeza, vigia, porteiro, auxiliar de serviços gerais, auxiliar de manutenção, mensageiro e recepcionista.

Os interessados devem comparecer entre às 8h30 e 11h30, na sede da Frei Caneca, e das 9 às 13 horas, no Polo da zona sul, munidos de documentos pessoais. Os processos seletivos do Grupo GR são gratuitos e todas as vagas para o regime CLT. Mais informações sobre oportunidades de emprego podem ser obtidas pelo site www.grupogr.com.br, no ícone Trabalhe Conosco.



Sobre o Grupo GR

O Grupo GR é referência nacional na prestação de serviços especializados de Segurança Patrimonial, Portaria, Controle de Acesso, Bombeiro Civil, Recepção, Limpeza, Segurança Eletrônica e atende condomínios (residenciais e comerciais), indústrias, hospitais, shopping centers, instituições de ensino, sites logísticos, redes de lojas, construtoras, facilities e empresas de vários segmentos em todo o Brasil. Atuante no mercado desde 1992, possui sede na capital paulista.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

O significado da possível prisão de um ex-presidente




A possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro não se limita ao aspecto jurídico. O debate envolve o respeito às garantias constitucionais, a percepção internacional sobre o Brasil e até a credibilidade do país no mercado global.

Do ponto de vista constitucional, o desafio é assegurar que o processo respeite pilares como a presunção de inocência, o devido processo legal e a imparcialidade judicial. Em democracias maduras, a responsabilização de ex-chefes de Estado deve ocorrer sem ceder a pressões políticas ou à espetacularização midiática. Caso contrário, corre-se o risco de enfraquecer o próprio Estado de Direito.

Sob a ótica internacional, a prisão de ex-presidentes costuma gerar cautela. Mais do que a legalidade, pesa a simbologia, parceiros estrangeiros interpretam tais decisões como sinais de instabilidade institucional. Isso repercute diretamente em diplomacia, investimentos e confiança externa. Estados Unidos e União Europeia acompanham de perto porque sabem que previsibilidade jurídica é condição essencial para negócios e cooperação.


Nesse cenário, a questão não é apenas se Bolsonaro deve ou não ser preso, mas como o processo será conduzido. Se respeitar estritamente a Constituição e padrões internacionais, reforçará a democracia. Se for marcado por pressões políticas, poderá custar caro à credibilidade do Brasil.

O que está em jogo vai além de um ex-presidente, é a imagem de um país capaz ou não de aplicar a lei sem comprometer sua legitimidade constitucional e sua estabilidade internacional.





Por Francisco Nascimento, professor de Direito Constitucional e Internacional da Estácio.

Francisco Nascimento, professor de Direito Constitucional e Internacional da Estácio
Foto de divulgação.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

O Apagão da Democracia: Senado desliga luzes para calar parlamentares da direita

Senadores resistem na escuridão

    
    Em um episódio vergonhoso para a história do Senado Federal, um ato autoritário e sem precedentes foi protagonizado pela presidência da Casa ao ordenar o desligamento das luzes do plenário durante uma transmissão ao vivo feita por senadores que protestavam contra a inércia do senador Davi Alcolumbre. O motivo da manifestação? A recusa sistemática de Alcolumbre em pautar os pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

    O que deveria ser um espaço sagrado da democracia — a tribuna parlamentar — foi transformado em palco de censura institucional. A ordem de desligar as luzes, claramente direcionada a silenciar uma manifestação legítima de senadores da oposição, é um escárnio à liberdade de expressão e uma afronta direta à população que esses parlamentares representam.

    Mesmo diante das trevas impostas pelo comando do Senado, os senadores seguiram firmes, com câmeras e luzes improvisadas, conduzindo a super live que já mobilizava milhares de brasileiros atentos aos graves abusos cometidos por figuras togadas que se julgam acima da Constituição. O senador Magno Malta, um dos participantes da transmissão, foi direto ao ponto: “Se estivéssemos aqui defendendo o ministro, as luzes estariam acesas. Mas como se trata de uma live da direita, sobre as arbitrariedades de Alexandre de Moraes, tentam nos calar na escuridão.”

    Essa frase sintetiza a gravidade do momento. O Senado brasileiro, que deveria ser um bastião da pluralidade de ideias e da defesa do Estado Democrático de Direito, tem se transformado em cúmplice da perseguição política, da censura e do silêncio seletivo. A presidência da Casa, ao invés de garantir o livre debate, escolheu o caminho mais mesquinho e antidemocrático: desligar as luzes, como quem tenta apagar uma chama que insiste em iluminar os abusos do poder.


 

É preciso dizer com todas as letras: o ato de apagar as luzes do plenário durante uma manifestação de senadores é simbólico — e sinistro. Representa o apagão institucional que vivemos. Quando aqueles que deveriam ser guardiões da democracia preferem a sombra do silêncio à luz da verdade, não estamos diante apenas de uma omissão, mas de um conluio.

    O presidente do Senado deve explicações à Nação. O Senado não é propriedade de Davi Alcolumbre nem está a serviço de proteger ministros acusados de ultrapassar os limites constitucionais. A Casa pertence ao povo brasileiro e deve zelar pela transparência, pelo debate público e pela defesa da legalidade.

    A tentativa de apagar uma live não apagará a indignação crescente da sociedade. Pelo contrário: a imagem dos senadores falando no escuro, com a luz das câmeras como única fonte de resistência, entra para a história como símbolo da coragem diante da covardia e da luz diante das trevas institucionais.

    Não há mais espaço para neutralidade cúmplice. Ou se está ao lado da democracia e da Constituição, ou se está ao lado dos que pretendem governar o país à base de mordaça, censura e escuridão. O Senado precisa escolher de que lado da história quer estar — antes que reste apenas o breu.


Por: Claudia Souza









sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Sistema previdenciário: um vazamento silencioso - Marco Bertaiolli



    *Marco Bertaiolli


    O sistema previdenciário, que deveria ser um pilar de proteção social para aqueles que dedicaram sua vida ao trabalho, tem revelado fragilidades preocupantes. Entre elas, destaca-se o modelo de descontos em folha de pagamento, originalmente concebido como um instrumento para facilitar o acesso ao crédito com maior segurança e menores taxas de juros. Contudo, na prática, essa modalidade tem se convertido em um mecanismo que, inadvertidamente, compromete a dignidade e o sustento dos aposentados, especialmente daqueles em idade avançada. Um cenário alarmante de falhas e irregularidades.

    Essa é uma das tristes constatações da Auditoria Extraordinária realizada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, da qual fui relator enquanto Conselheiro da egrégia Corte, que examinou detalhadamente os 219 Institutos de Previdência do Estado. O resultado do exaustivo trabalho dos servidores do Tribunal expõe não apenas vulnerabilidades administrativas, mas também evidenciam a grave exposição dos aposentados a práticas que comprometem sua segurança financeira e dignidade, exigindo, com máxima urgência, medidas corretivas contundentes.

    Só no mês de dezembro de 2024, os 218 Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) do Estado e a SPPrev descontaram a quantia de R$ 519 milhões de pensionistas e aposentados. Mas apenas 105 dos RPPS possuem meios formais que lastreiam esses descontos, expondo uma extrema frouxidão legal.
    
    Da mesma forma, das 845 entidades consignatárias auditadas nesse trabalho do TCESP, só um pouco mais da metade (57,17%) possui todas as autorizações para os descontos em folha de pagamento dos aposentados ou pensionistas. Ou seja, há uma boa fração do universo de 727 mil pensionistas e aposentados do Estado de São Paulo, sob os RPPS e a SPPrev, sendo atingida por um vazamento silencioso e tóxico.

    A ampliação indiscriminada da autorização para descontos em folha, que ultrapassou o âmbito das instituições financeiras e bancos, inclui hoje associações, sindicatos, planos de saúde, convênios odontológicos e múltiplos outros convênios. Essa falta de controle e transparência agrava a vulnerabilidade dos aposentados, colocando-os à mercê de débitos que muitas vezes desconhecem ou não consentiram.

    O cenário se torna ainda mais preocupante ao considerarmos os beneficiários em idade avançada — acima de 80 anos — que enfrentam limitações naturais para acompanhar o universo digital, checar seus contracheques e identificar as razões de cada desconto. Pequenos valores, muitas vezes inferiores a R$ 20 ou R$ 30, são descontados de maneira contínua, dificultando sua percepção e, consequentemente, a tomada de providências. A repetição desses débitos resulta em significativa redução da renda mensal, impactando diretamente na qualidade de vida do aposentado.

    Ademais, muitos desses beneficiários carecem de condições físicas, cognitivas ou mesmo de mobilidade para formalizar reclamações ou esclarecer dúvidas acerca dos descontos realizados. A inexistência de canais eficazes de ouvidoria e atendimento, ativos e acessíveis, nas instituições de Previdência reforça a sensação de desamparo e aumenta o risco de perpetuação dessas práticas lesivas.

    Diante dessa realidade, impõe-se uma reflexão crítica acerca do modelo vigente: será que o atual sistema de descontos em folha realmente lhes presta serviço, ou representa, na prática, uma fonte de prejuízo e insegurança?

    A minha recomendação é a adoção da autenticação biométrica como requisito mínimo de segurança e validação das transações. Essa medida poderia fortalecer o controle individual do aposentado sobre suas finanças, reduzindo a ocorrência de fraudes e prevenindo autorizações indevidas por terceiros, que chegam a contrair empréstimos ou contratar serviços em nome do beneficiário sem o seu consentimento.

    Essa auditoria do TCESP, inédita em escopo e profundidade, com a participação de 226 servidores do Tribunal que auditaram, in loco, todos os RPPSs ativos no Estado, é um ponto de inflexão na forma como se fiscalizam os regimes próprios de Previdência.

    É imperativo, portanto, que o sistema previdenciário seja revisado e aprimorado, colocando-se em primeiro plano a proteção dos direitos e da dignidade dos aposentados, assegurando-lhes transparência, segurança e respeito. O compromisso institucional deve ser firme e inequívoco na defesa daqueles que, ao longo de sua vida, contribuíram para o desenvolvimento social e econômico do país.

    É Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Em 30 de junho, auditores fiscais federais agropecuários celebram 25 anos em defesa da saúde pública, dos alimentos saudáveis e do agro nacional



Com atuação estratégica, profissionais comemoram conquistas e projetam o futuro da carreira

Na próxima segunda-feira (30), a carreira dos auditores fiscais federais agropecuários completa 25 anos. Esses profissionais estão estrategicamente distribuídos no campo, em portos, aeroportos, fronteiras, frigoríficos e laboratórios oficiais, garantindo a sanidade animal e vegetal, a qualidade e segurança dos alimentos consumidos pela população brasileira. Nesta data, além de um importante e rigoroso trabalho a ser celebrado, também há grandes desafios, como a manutenção do Brasil como grande potência exportadora mundial, reconhecida por mais de 300 países.

Criada para unificar e qualificar a fiscalização agropecuária nacional, a carreira reúne profissionais altamente especializados: engenheiros agrônomos, médicos veterinários, farmacêuticos, químicos e zootecnistas. Selecionados por concurso público, eles têm estabilidade profissional e respaldo do Estado para o exercício de atividades típicas de polícia administrativa.

“O papel dos auditores fiscais agropecuários é essencial para a soberania alimentar do país e para a reputação internacional do agronegócio brasileiro. A confiança dos mercados no nosso sistema sanitário passa, necessariamente, pelo trabalho técnico e independente desses servidores”, afirma Janus Pablo Macedo, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical).




Apesar da importância da carreira, os desafios enfrentados pelos auditores fiscais federais agropecuários são crescentes. Hoje, cerca de 2.300 servidores estão distribuídos em todo o território nacional, atuando ao longo de toda a cadeia produtiva: da produção rural ao comércio exterior, passando pela vigilância agropecuária, certificações e inspeção de produtos de origem animal e vegetal. Porém, há um déficit de 1.350 profissionais, que poderá ser minimizado com a convocação dos aprovados no Concurso Público Unificado (CNU), realizado no ano passado pelo Governo Federal. Mesmo assim, a situação ainda é preocupante, já que esse efetivo não será capaz de atender a demanda.

Além disso, há falta de estrutura básica, como veículos, sistemas digitais e equipamentos adequados para atuação profissional. Pressões externas e riscos à segurança em áreas remotas e sensíveis também estão entre os desafios dos profissionais da carreira e é por isso que eles alertam para as tentativas de privatização de atividades típicas de Estado, como as inspeções ante mortem e post mortem de animais destinados ao abate, plano já denunciado junto ao Ministério Público Federal por colocar em risco a saúde pública e a credibilidade internacional do país.



“O Brasil, que permaneceu como único grande exportador de carne de frango livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, só registrou o primeiro caso em granja comercial muito tempo depois de outros países. Isso só foi possível graças à estrutura técnica robusta e à atuação ágil e isenta dos auditores fiscais agropecuários, que lideraram os esforços de contenção da doença. Esse episódio reforça o papel estratégico da carreira na prevenção e controle de pragas e doenças com potencial devastador para o setor produtivo”, destacou Macedo.

Outro grande pleito do Anffa Sindical neste ano é a aprovação do PL 3179/2024, que prevê a reativação do Fundo Federal de Defesa Agropecuária e institui medidas para valorização da carreira, como indenização por trabalho em dias de folga e a possibilidade de banco de horas. A ideia é que o recurso excedente seja custeado por meio de taxas, cujo setor produtivo deve arcar, e a expectativa é que o texto seja avaliado pelo Congresso Nacional nos próximos meses.




Olhar para o futuro


Em outubro, o município de Bento Gonçalves (RS) sediará o Congresso Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Conaffa), principal fórum de discussão sobre o futuro da carreira. Modernização da fiscalização, inovação tecnológica, valorização institucional e fortalecimento das estruturas do Estado estarão entre os temas centrais do evento, que também marcará os 25 anos da carreira com um olhar estratégico para os próximos desafios.


“Ao completar um quarto de século, a carreira dos auditores fiscais federais agropecuários reafirma seu compromisso com a saúde da população, com a excelência técnica e com a defesa do interesse público. É tempo de celebrar conquistas, valorizar quem sustenta o sistema de defesa agropecuária do país e seguir mobilizados para enfrentar os desafios que ainda virão”, destacou Macedo.



quinta-feira, 26 de junho de 2025

Conflito no Oriente Médio: Lula Defende Irã Sob Críticas




    Lula, Irã, Israel e política externa brasileira voltaram a ganhar protagonismo no debate público a partir da escalada de tensão no Oriente Médio. O atual governo Lula tem sido alvo de críticas por sua postura considerada alinhada ao Irã, regime acusado de violações sistemáticas de direitos civis e humanos, enquanto adota tom severo quando o alvo é Israel. Essa dicotomia reacende o debate sobre neutralidade, geopolítica e coerência na diplomacia brasileira.

    Desde o início de seu terceiro mandato, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem mantido uma postura crítica a ações militares de Israel na Faixa de Gaza, chegando a qualificar ofensivas israelenses como "genocídio" e compará-las ao Holocausto. Em contraste, a menção a violações de direitos civis no Irã — autocontido na repressão a protestos, execução de dissidentes e restrições severas à liberdade de expressão — tem sido, no máximo, pontual ou ausente em notas oficiais. Essa discrepância, alimentada por alianças ideológicas históricas, tem gerado críticas de analistas, partidos da base de sustentação e opositores de direita, que acusam o governo de parcialidade prejudicial aos interesses nacionais.

    O histórico de relações diplomáticas entre Brasil e Irã data de mais de um século, mas ganhou novo impulso no governo Lula de 2003 a 2010, sob chanceler Celso Amorim. Em 2010, Brasil e Turquia mediaram acordo nuclear que previa o envio de urânio enriquecido pelo Irã para processamento pela Turquia, em tentativa de dissipar suspeitas sobre ambições bélicas. Apesar do protagonismo diplomático brasileiro, o entendimento foi rejeitado pelas potências ocidentais e posteriormente descartado. Ainda assim, esse episódio consolidou o alinhamento de Lula ao regime iraniano, que sobreviveu a sucessivas denúncias de violação de normas internacionais.

    A crítica ao Irã por parte do governo brasileiro se limita a posicionamentos vagos, geralmente em resposta a pressões internacionais — por exemplo, para se manifestar sobre execuções em massa ou repressão de protestos "Mulher, Vida, Liberdade" iniciados em 2022. Enquanto isso, o Brasil tem condenado de forma contundente ações de Israel, repetindo o discurso de que as hostilidades violam a soberania de Estado e o direito internacional. Essa ênfase desproporcional, segundo analistas de política externa, compromete a reputação do país como ator neutro e pragmático, abrindo espaço para retaliações comerciais e diplomáticas que penalizam exportadores brasileiros.

    Especialistas em relações internacionais apontam que a política externa brasileira sempre se baseou em pragmatismo e diversificação de parcerias, sem alinhamentos automáticos. A neutralidade permitiu ao Brasil atuar como mediador em conflitos e atrair investimentos de diferentes blocos econômicos. Contudo, a atual narrativa do Itamaraty, influenciada por alinhamentos ideológicos de esquerda, tem sido classificada como incoerente: defende valores como direitos humanos e liberdade de expressão ao criticar Israel, mas direciona silêncio ou eufemismos ao se referir ao regime iraniano, responsável por prisões arbitrárias, tortura e execução de dissidentes e minorias.

    Na visão de parlamentares da base governista, essa seletividade responde a fatores políticos internos: manter apoio da ala mais radical da esquerda e de regimes aliados no chamado "Sul Global". Já deputados de oposição, especialmente de direita, acusam o governo Lula de colocar a ideologia acima dos interesses nacionais. Para eles, a coerência na defesa de direitos civis e humanos demandaria posicionamentos simétricos, condenando tanto Israel quanto Irã com igual veemência. Essa divergência tem se refletido em debates no Congresso e em setores da opinião pública que defendem uma política externa mais alinhada aos parceiros ocidentais tradicionais.

    O cenário geopolítico no Oriente Médio está em rápida transformação: após ataques israelenses a instalações nucleares iranianas e retaliações de Teerã, o Brasil foi pressionado a escolher um lado. O Itamaraty divulgou nota que condenou violações da soberania do Irã, mas também criticou danos a civis em Israel e instou à contenção de todos os envolvidos. Ainda assim, a linguagem diplomática reforça a percepção de que o Brasil está mais sensível às queixas iranianas, enquanto enfatiza as condenações a Israel.

A controvérsia ganhou novas cores com o recente pedido da ONU para que o Irã suspenda a pena de morte após registrar 975 execuções em 2024, incluindo 31 mulheres, uma criança e centenas de presos por causas políticas e religiosas. A maioria das pendências diplomáticas, no entanto, não foi mencionada oficialmente pelo governo brasileiro. Paralelamente, a sociedade civil brasileira cobra posicionamento enérgico sobre a repressão a movimentos de mulheres e minorias no Irã, defendendo coerência com as bandeiras públicas do Planalto.

    Sob a perspectiva econômica, o alinhamento de Lula ao Irã não é apenas simbólico. Em 2024, o comércio bilateral entre Brasil e Irã atingiu US$ 3 bilhões, com superávit de US$ 2,994 bilhões a favor do Brasil. Milho, soja e farelo de soja respondem por quase 90% das exportações brasileiras ao país persa. Já o Irã fornece frutas, vidraria e produtos farmacêuticos em volumes menor, mas crescente. Esse pragmatismo comercial contrasta com a retórica diplomática que privilegia alinhamentos ideológicos.

    Em Brasília, a discussão sobre coerência na política externa brasileira ganha eco em setores que associam direitos civis a valores universais. A defesa de liberdades individuais, igualdade de gênero e tolerância religiosa — pilares do discurso progressista do governo — entra em choque com a omissão frente a sistemas autoritários que violam esses mesmos princípios. Essa contradição tem inspirado questionamentos: como reconciliar a retórica de promoção de direitos humanos com alianças práticas a regimes que os suprimem?

    Analistas lembram ainda que países do BRICS, bloco ao qual o Irã foi recentemente incorporado, mantêm alinhamentos diversos. Nem Rússia nem China, parceiros mais próximos de Teerã, adotaram retóricas tão radicais em defesa do Irã quanto a postura brasileira atual. Isso sugere que o governo Lula vai além de uma pragmática busca por diversificação de mercados e dialoga com um viés ideológico que mobiliza sua base interna.

    No plano diplomático, a reputação brasileira sofre desgaste. Em organismos multilaterais, a credibilidade de Brasília como mediador neutro em crises pode ser prejudicada pela percepção de parcialidade. Países em conflito podem reagir a notas retóricas brasileiras com ceticismo, questionando o real interesse do Brasil na busca de soluções pacíficas.

    Para a próxima rodada do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o Brasil deve ser chamado a se pronunciar sobre execuções no Irã, restrições a liberdades e tortura de manifestantes. A comunidade internacional observará se o país manterá o padrão de críticas seletivas ou adotará discurso mais equilibrado. A coerência entre discurso e prática diplomática será determinante para restabelecer o conceito de neutralidade pragmática que historicamente norteou a política externa brasileira.

    Em suma, a relação entre Lula, Irã e direitos humanos atravessa controvérsias profundas: ao mesmo tempo em que o governo condena Israel com vigor, falha em garantir que seus compromissos retóricos sobre liberdade e dignidade humana sejam estendidos a todos os regimes aliados. Essa dualidade ideológica e pragmática acende debates sobre identidade, interesses nacionais e papel do Brasil no cenário internacional, questionando se a diplomacia brasileira conseguirá recuperar seu prestígio como construtora de pontes, independente de pressões ideológicas.

    A política externa brasileira, em especial o alinhamento percebido de Lula com o Irã, desafia o equilíbrio entre pragmatismo e coerência moral. Enquanto a defesa de direitos civis é afirmada em críticas a Israel, permanece ausente em relação a violações frequentes no regime iraniano. Para muitos, essa postura seletiva mina a credibilidade do Brasil como interlocutor neutro e pragmático, essencial para fortalecer relações internacionais, proteger interesses comerciais e contribuir para a paz global. A hora é de reflexão: será possível articular valores universais de direitos humanos com alianças diplomáticas que, historicamente, privilegiam conveniências ideológicas?



***
Olha a oferta que tem aqui pra você!




quarta-feira, 4 de junho de 2025

STF expede mandado de prisão contra Carla Zambelli após condenação por ataque ao sistema do TSE




    Deputada federal do PL é alvo de ordem de prisão preventiva após ser condenada a 10 anos de prisão; defesa alega irregularidades no processo e promete recorrer a instâncias superiores e internacionais

    O cenário político brasileiro foi abalado nesta semana por um episódio sem precedentes: a expedição de um mandado de prisão preventiva contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A medida, de caráter cautelar, foi tomada após a parlamentar ser condenada unanimemente a dez anos de prisão por crimes relacionados à invasão e manipulação de sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Zambelli é acusada de ter contratado hackers para acessar ilegalmente o sistema de votação eletrônica, com o objetivo de levantar suspeitas sobre as eleições de 2022. Além da pena de prisão, ela também foi declarada inelegível e teve os direitos políticos suspensos pelo mesmo período após o cumprimento da sentença.

    A condenação, proferida em maio de 2025 pela Primeira Turma do STF, inclui os crimes de associação criminosa, invasão de dispositivo informático, divulgação de software malicioso e obstrução de Justiça. Relatórios da Polícia Federal apontaram movimentações financeiras suspeitas da deputada, destinadas a empresas ligadas ao setor de tecnologia. Três programadores confirmaram em depoimento que foram pagos para desenvolver ferramentas que permitiram o acesso e a alteração de dados nos sistemas da Justiça Eleitoral.

    Segundo o STF, as ações de Zambelli constituem grave ameaça à integridade do processo democrático, minando a confiança da população na lisura das urnas eletrônicas.


    A defesa da parlamentar, no entanto, contesta duramente o processo. Entre as principais alegações estão:
  • Cerceamento de defesa, com acesso limitado a provas técnicas e interceptações;
  • Suspeição da relatora, ministra Luciana Lóssio, que teria demonstrado posicionamento prévio nas redes sociais;
  • Uso de provas ilícitas, obtidas supostamente sem autorização judicial;
  • Pressão midiática, que teria comprometido a imparcialidade do julgamento.

    Apesar dos argumentos, os recursos apresentados até agora foram rejeitados pelo STF, sob a justificativa de ausência de prejuízo concreto à ampla defesa. A equipe jurídica de Zambelli prepara novos embargos de declaração e agravos, com o objetivo de levar o caso ao Plenário do Supremo e, posteriormente, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

    Na manhã desta terça-feira (4), a ministra Cármen Lúcia determinou a prisão preventiva da deputada, alegando que sua liberdade representa risco à ordem pública e possibilidade de obstrução de Justiça, dada sua influência política e os indícios de articulações para dificultar o andamento do processo.

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) apoiou a medida, e o STF já expediu ofícios à Polícia Federal para cumprimento imediato da ordem. Até o fechamento desta matéria, Zambelli não havia sido localizada em território nacional. Informações extraoficiais sugerem que ela teria viajado para Lisboa, em Portugal, dias antes da decisão, onde estaria articulando sua defesa.

    A Comissão de Relações Exteriores da Câmara estuda solicitar ao Itamaraty a abertura de pedido de extradição junto ao governo português.

    A decisão gerou forte reação no meio político. O Partido Liberal (PL) divulgou nota de repúdio, acusando o Judiciário de atentar contra a autonomia do Legislativo. A bancada avalia medidas regimentais para tentar barrar a prisão, e o caso deverá ser levado ao Conselho de Ética da Câmara.

    Nas ruas, manifestantes pró-Zambelli organizaram protestos em Brasília e no interior de São Paulo. Os atos transcorreram de forma pacífica, mas evidenciam o clima de polarização que o episódio reacende no país.
     
    Além do habeas corpus coletivo protocolado no STJ, a defesa pode recorrer ao Plenário do STF com agravo regimental, alegando vícios processuais, e até interpor reclamação constitucional por suposta parcialidade da relatora.

    No campo político, o episódio fortalece discussões no Congresso sobre a segurança do sistema eleitoral e a necessidade de endurecer penas para crimes cibernéticos. Ao mesmo tempo, cresce a tensão entre Poder Judiciário e Legislativo, com temores de uma crise institucional mais ampla.

    Está em tramitação também na Câmara dos Deputados uma proposta de afastamento cautelar da parlamentar, cuja votação deve ocorrer nos próximos dias. Caso aprovada, um suplente será nomeado para ocupar temporariamente o cargo.
    
    A prisão de uma deputada federal em pleno mandato, por crimes ligados à estrutura do processo eleitoral, representa um marco na história recente da democracia brasileira. Enquanto o STF reafirma sua disposição de proteger o Estado de Direito, a defesa de Zambelli promete lutar em todas as frentes — nacionais e internacionais — pela revisão da condenação. O caso, carregado de simbolismo e controvérsia, ainda promete desdobramentos intensos nas arenas jurídica e política do país.

***

sábado, 31 de maio de 2025

Sanções dos Estados Unidos a Ministros do STF: Implicações para Alexandre de Moraes e o Supremo Tribunal Federal



Por: Claudia Souza

    Em um desdobramento que repercutiu em toda a América Latina e além, os Estados Unidos teriam considerado impor sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, incluindo o ministro Alexandre de Moraes. Tal medida representaria um nível sem precedentes de escrutínio e intervenção internacional nos assuntos judiciais internos do Brasil, levantando questões complexas sobre soberania, Estado de Direito, normas democráticas e o papel internacional dos EUA na promoção ou fiscalização da democracia.
 
    O Supremo Tribunal Federal (STF), mais alta corte do país, tem desempenhado um papel crucial na defesa das instituições democráticas, especialmente após os ciclos eleitorais de 2018 e 2022. O ministro Alexandre de Moraes, em particular, ganhou destaque nacional e internacional por sua postura firme contra a desinformação, movimentos antidemocráticos e indivíduos acusados de orquestrar ou apoiar os ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos Três Poderes em Brasília — momento frequentemente comparado à invasão do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021.

    Moraes tem conduzido diversas investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, especialmente aqueles acusados de minar a integridade eleitoral e incitar ataques institucionais. Essas ações o tornaram uma figura central na polarização política brasileira. Enquanto muitos o aplaudem por sua defesa das instituições democráticas, outros — especialmente setores conservadores — o acusam de abuso de poder, censura e politização do Judiciário.

    As sanções dos EUA: aspectos legais e diplomáticos


    Embora nenhuma sanção tenha sido formalmente confirmada pelo governo dos EUA até o momento, relatos sobre essa possibilidade já geraram intenso debate. Sanções normalmente são aplicadas a indivíduos estrangeiros acusados de corrupção, violações de direitos humanos ou ações contra a democracia, geralmente com base na Lei Global Magnitsky. Se os EUA aplicassem tais medidas a ministros do STF, isso indicaria que autoridades americanas enxergam algumas ações da Corte não como defesa da democracia, mas como possíveis violações de direitos fundamentais ou abusos de autoridade.

As possíveis sanções poderiam incluir:

Congelamento de ativos nos Estados Unidos
Proibição de entrada em território norte-americano
Restrições a transações com empresas ou cidadãos americanos

    Para Alexandre de Moraes e outros ministros, essas sanções não apenas teriam impacto financeiro e reputacional, mas também poderiam colocar em xeque a independência do Judiciário brasileiro e a legitimidade dos processos democráticos do país perante a comunidade internacional.

    Repercussões internas no Brasil

     Internamente, as sanções poderiam acirrar ainda mais a polarização política. Grupos pró-Bolsonaro poderiam interpretar a medida como validação de suas denúncias contra o STF, enquanto defensores da 

    Corte poderiam ver a ação como ingerência externa alinhada a interesses autoritários.

    Além disso, a medida poderia intensificar tensões institucionais entre os poderes Executivo e Judiciário. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem se mostrado aliado do STF, enfrentaria grande pressão para defender a soberania nacional e a integridade de suas instituições. Também há o risco de desgaste na opinião pública, enfraquecendo tanto a imagem do STF quanto as relações entre Brasil e Estados Unidos.

    Implicações para as relações Brasil–EUA

    Do ponto de vista diplomático, a imposição de sanções contra membros do Judiciário brasileiro colocaria em risco a relação bilateral entre os dois países. O Brasil é a maior democracia da América Latina e um parceiro estratégico dos EUA em temas como comércio, meio ambiente e segurança. Acusações de viés político ou excesso de autoridade de qualquer lado podem abalar a confiança e a cooperação.

    Além disso, os EUA correm o risco de estabelecer um precedente polêmico ao sancionar juízes de uma democracia constitucional. Enquanto sanções desse tipo são mais comuns contra figuras de regimes autoritários, aplicá-las a membros do Judiciário de um país democrático — ainda que com falhas — levanta questionamentos sobre motivações políticas e os limites da política externa americana.

    As possíveis sanções dos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes e outros ministros do STF refletem um novo nível de envolvimento internacional em disputas internas sobre democracia. Embora tenham como objetivo defender princípios democráticos globais, essas ações levantam sérias dúvidas sobre soberania, independência judicial e estratégia geopolítica.

    O impacto final dependerá não apenas da efetivação das sanções, mas também de como as instituições brasileiras, a sociedade civil e os aliados internacionais responderão. A situação representa um teste importante para os limites das ferramentas da política externa dos EUA e sua compatibilidade com os princípios do pluralismo democrático e do respeito mútuo entre nações.


sexta-feira, 16 de maio de 2025

Zona Leste de São Paulo tem Campanha de Adoção Pet neste final de semana




Evento acontece no Shopping Metrô Itaquera em parceria com a ONG Cão Sem Dono


O Shopping Metrô Itaquera em parceria com a ONG Cão Sem Dono realiza uma Campanha de Adoção Pet neste final de semana. A ação ocorre no dia 12 de abril (sábado), no Piso Itaquera, das 12h às 18h.

O local terá vários cachorros de portes e idades diferentes para os clientes conhecerem e adotarem um cãozinho. Quem se interessar em adotar um dos animais precisa seguir algumas regras. É necessário ter a partir de 24 anos, apresentar comprovante de endereço, documento com foto, passar pela entrevista da ONG e pagar uma taxa de R$ 150. Essas regras garantem com que a adoção seja para uma família que irá dar todo amor e carinho para o animalzinho.

Todos os animais são doados castrados, com vacinas em dia, vermifugados, com exames em dia, microchipados e com RGA emitido pela prefeitura de São Paulo.

A ONG Cão Sem Dono cuida atualmente de quase 500 animais. Eles são alimentados todos os dias, tratados por veterinários próprios e abrigados em locais amplos e limpos. A Cão Sem Dono existe há 18 anos e já resgataram e doaram centenas de animais. A ONG fica em Itapecerica da Serra, SP, e está aberta todos os dias para visitação pública, inclusive aos sábados, domingos e feriados.

Serviço: Campanha de Adoção Pet no Shopping Metrô Itaquera
Local: Piso Itaquera
Horário: 12h às 18h
Endereço: Av. José Pinheiro Borges, s/n - Itaquera, São Paulo - SP, 08220-900

Horários de funcionamento do Shopping Metrô Itaquera

Lojas: Segunda a sábado, das 10h às 22h / Domingos e feriados, das 14h às 20h*. *Opcional a abertura das lojas às 11h e fechamento opcional às 22h. Praça de Alimentação e Restaurantes: das 10h às 22h (segunda a sábado) / das 11h às 22h (aos domingos)

Endereço: Av. José Pinheiro Borges, s/n - Itaquera, São Paulo - SP, 08220-900

Acesse nosso Site, Facebook e Instagram

WhatsApp: (11) 2040-3635

Contato ONG Cão Sem Dono
www.facebook.com/caosemdono
www.instagram.com/caosemdono.oficial
www.twitter.com/caosemdono
www.caosemdonoshop.com.br
faleconosco@caosemdono.com.br


***

Bolsa para transportar Pet!

EU QUERO!!!



quinta-feira, 15 de maio de 2025

A Derrocada da Liberdade Digital: Lula Busca na China um Manual de Censura e Expõe Intenções Autoritárias



    Em um movimento que escancara a tendência autoritária do governo atual, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu publicamente ter solicitado ao regime chinês orientações sobre como censurar redes sociais, especialmente o TikTok. A declaração, feita durante uma entrevista coletiva, confirmou os piores temores de quem já enxergava no discurso oficial um desejo velado de controlar a internet e silenciar opositores.

    O episódio, que se desenrolou durante uma visita diplomática à China, protagonizada por Lula e a primeira-dama Janja da Silva, rapidamente evoluiu de um constrangimento protocolar para uma grave crise política e diplomática. Janja, em reunião com o presidente Xi Jinping, criticou abertamente o TikTok por seus supostos “efeitos nocivos” – uma atitude considerada imprudente, inapropriada e extremamente preocupante do ponto de vista democrático.

    Censura Escancarada com Selo Chinês


    Longe de se retratar, Lula assumiu o conteúdo da fala da esposa e foi além: confirmou que pediu ajuda ao ditador chinês para trazer ao Brasil especialistas capazes de orientar o governo em práticas de “regulamentação” das redes sociais. Em linguagem direta: o governo brasileiro está buscando inspiração na censura digital da China para impor restrições à liberdade de expressão no Brasil.

    O fato, por si só, é alarmante. O presidente de uma nação democrática recorre a um dos regimes mais repressivos do planeta em busca de um modelo para controlar o discurso digital. A justificativa oficial, de “proteger a sociedade”, soa cada vez mais como um pretexto para sufocar críticas e calar opositores, sobretudo da direita.

    A Atuação Questionável de Janja


    A postura da primeira-dama, que não tem cargo institucional, acendeu ainda mais o alerta. Sua fala pública sobre os “perigos do TikTok” durante uma missão diplomática fragilizou a imagem do Brasil no exterior e deixou clara sua influência indevida em decisões estratégicas do governo. O jornalista Gerson Camarotti classificou sua participação como “irresponsável” e prejudicial à diplomacia brasileira.

    Lula tentou contornar o escândalo alegando que Janja agiu “em defesa dos interesses nacionais”, mas, ao fazer isso, confirmou que sua atuação fazia parte de um plano maior. O que deveria ser uma viagem diplomática tornou-se um teatro de improvisos, vaidades e intenções autoritárias.

    Vazamentos Revelam a Gravidade


    A situação se agravou ainda mais com o vazamento de trechos de conversas reservadas entre Janja e Xi Jinping. Os registros apontam para um pedido explícito de censura ao TikTok, o que causou desconforto até mesmo entre membros do governo. Em vez de esclarecer os fatos ou rever sua posição, Lula se disse “incomodado” com o vazamento — sinal de que a prioridade do governo não é a transparência, mas o controle da narrativa.

    Repercussão Internacional e Desgaste Interno


    A aproximação de Lula com métodos chineses de censura digital provocou reações negativas dentro e fora do Brasil. O ex-presidente Jair Bolsonaro e diversos líderes da oposição denunciaram o episódio como uma ameaça real à democracia. Analistas alertam que a credibilidade do país entre as democracias ocidentais pode estar sendo comprometida, especialmente se persistir a tentativa de importar práticas autoritárias sob o pretexto de “regulamentação”.

    A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tentou minimizar a crise atacando os críticos e acusando-os de defender "censura e autoritarismo" — uma inversão retórica que apenas aprofunda a polarização e mascara o real problema: o governo Lula está buscando meios de calar a oposição, com inspiração direta de um regime ditatorial.

    Democracia em Risco


    O que este episódio revela com absoluta clareza é a fragilidade do governo Lula diante das críticas e sua disposição de recorrer a qualquer meio para controlar o debate público — inclusive importar modelos de repressão da China. O entrelaçamento entre censura, diplomacia desastrada e ingerência da primeira-dama na política pública digital representa um alerta grave à sociedade brasileira.

    Este não é um caso isolado de deslize político. É um sinal inequívoco de que a liberdade digital está sob ataque, e de que há uma articulação em curso para silenciar vozes dissidentes, principalmente nas redes sociais, onde a oposição tem ganhado força. A tentativa de censurar o TikTok é apenas a ponta do iceberg.

    O Brasil precisa decidir: vai trilhar o caminho da liberdade, da transparência e da democracia, ou vai aceitar calado a construção de um aparato estatal de controle social disfarçado de "regulamentação"?

    A sociedade civil, a imprensa livre e as instituições democráticas precisam reagir com firmeza. O futuro da liberdade de expressão no Brasil — e, com ela, da própria democracia — está em jogo.

Assista:


***
⭐️Programa de Afiliados da Temu⭐️! 
ou pesquise por inb028097 para se inscrever 
Até 💰R$500.000 por mês esperam por você!

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Papa Robert Prevost é eleito como Leão XIV: Um novo capítulo na história da Igreja Católica





    A eleição do cardeal norte-americano Robert Francis Prevost como o novo Papa, com o nome Leão XIV, marca uma virada histórica na liderança da Igreja Católica. Pela primeira vez, o sucessor de São Pedro é um papa nascido nos Estados Unidos com sólida formação missionária na América Latina. A escolha de seu nome e a trajetória até o trono de Pedro apontam para um pontificado de equilíbrio entre tradição doutrinária e abertura pastoral.

    Um Conclave de expectativas globais

    Após o falecimento do Papa Francisco, em abril de 2025, 133 cardeais se reuniram no Vaticano para o conclave. A eleição ocorreu em meio a tensões geopolíticas, desafios ambientais e transformações internas da Igreja. Depois de quatro rodadas de votação, no dia 8 de maio de 2025, a tradicional fumaça branca anunciou ao mundo: Habemus Papam.

    O nome escolhido — Leão XIV — imediatamente chamou a atenção de fiéis, historiadores e jornalistas. A referência aos papas anteriores chamados Leão sugere um retorno à firmeza doutrinária, mas também à inovação e ao diálogo em tempos de crise.
Quem é Robert Prevost?

    Nascido em Chicago, EUA, em 14 de setembro de 1955, Robert Prevost entrou na Ordem de Santo Agostinho aos 22 anos. Foi ordenado padre em Roma, em 1982, e viveu quase 15 anos como missionário no Peru, onde foi pároco, reitor e posteriormente bispo de Chiclayo. Em 2023, foi nomeado pelo Papa Francisco como Prefeito do Dicastério para os Bispos e Presidente da Comissão para a América Latina — cargos que o colocaram no centro das decisões sobre o futuro da Igreja.

    Com fluência em várias línguas (inglês, espanhol, italiano, francês e português), Prevost traz uma visão profundamente intercultural e pastoral. Sua vivência nas periferias e sua formação acadêmica (doutorado em Direito Canônico pela Universidade de São Tomás de Aquino) lhe dão uma combinação rara de teólogo, pastor e gestor.
 
    O significado do nome “Leão XIV”

    Na tradição da Igreja, a escolha do nome papal é carregada de simbolismo. Ao adotar o nome Leão, Prevost se conecta a uma linhagem de papas que, ao longo da história, foram marcados pela defesa da fé, forte presença espiritual e respostas firmes diante das crises. O primeiro Papa Leão, chamado Leão Magno (440–461), enfrentou Atila, o Huno, e consolidou a doutrina cristológica no Concílio de Calcedônia. O último, Leão XIII (1878–1903), foi pioneiro na Doutrina Social da Igreja com a encíclica Rerum Novarum.

    Com o nome Leão XIV, o novo Papa parece buscar inspiração nessa herança: espiritualidade firme, ação concreta e abertura ao diálogo social e inter-religioso.
 
    Estilo e prioridades do pontificado

    A primeira aparição pública de Leão XIV, na sacada da Basílica de São Pedro, surpreendeu pela sobriedade. Optou por uma vestimenta simples, próxima ao estilo franciscano, embora mantivesse os símbolos clássicos como o anel do pescador e o pálio. Seu lema, "In illo uno unum" (“Em Cristo somos um”), indica uma ênfase na unidade da Igreja — algo urgente em tempos de polarização tanto dentro quanto fora das comunidades cristãs.

    Entre suas prioridades declaradas estão:


    Valorização das periferias: com foco em seminários itinerantes e missões em áreas esquecidas do mundo.
Reforma episcopal: formação de bispos com perfil pastoral e espírito missionário.
Diálogo ecumênico e inter-religioso: retomando e aprofundando o legado de Francisco.
Temas sociais e ambientais: continuidade das pautas de justiça social, migração e cuidado com a criação.

    Reações globais


    A escolha de um Papa americano com forte ligação à América Latina foi celebrada por diversos setores da Igreja. Para muitos, Robert Prevost representa um pontífice capaz de dialogar com os desafios contemporâneos sem abandonar a fidelidade doutrinária. Seu perfil equilibrado, discreto e pastoral pode representar um novo estilo de liderança católica no século XXI.
    
    Em contraste, setores mais conservadores aguardam com cautela como Leão XIV irá se posicionar em questões delicadas como sinodalidade, celibato, papel das mulheres na Igreja e presença LGBTQ+.

    A eleição de Leão XIV pode sinalizar uma nova etapa na caminhada da Igreja Católica, em que espiritualidade, escuta, firmeza e missão caminham juntas. O mundo aguarda, com esperança e atenção, os primeiros gestos concretos deste novo Papa que une América do Norte, América Latina e o coração da Igreja Universal.


***