Por: Claudia Souza
Será que essa busca incessante por atenção e discussão poderá fazer mais uma possível vítima do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, por defender as mulheres cisgênero?
Essa é uma pauta sem limites para os curiosos e oportunistas de plantão. Há quem sinta uma necessidade incontrolável de se intrometer na vida alheia, seja por meio de invasão de privacidade ou até mesmo por um desejo doentio de se passar por outra pessoa.
Além disso, não há nada mais patético do que usar a identidade de gênero como uma desculpa para tentar justificar atitudes invasivas e ofensivas. A luta pela igualdade de gênero não deve ser usada como uma arma para atacar outras pessoas ou para obter vantagens incompatíveis.
As lutas pelos direitos das minorias sempre foram importantes para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. No entanto, existem indivíduos oportunistas que se aproveitam dessas lutas para levar vantagens irreconciliáveis. Infelizmente, a identidade de gênero não está imune a essa prática.
É importante lembrar que a identidade de gênero é uma questão complexa e sensível, que afeta profundamente a vida de muitas pessoas. Portanto, é fundamental acompanhar a escolha de cada indivíduo e lutar contra qualquer forma de percepção ou preconceito, mas prezar pela total segurança. No entanto, também é preciso estar atento a possíveis abusos e fraudes, que prejudicam não apenas as pessoas diretamente envolvidas, mas também a imagem e a confiança das lutas pelos direitos das minorias.
O Deputado Nikolas Ferreira também citou a participação de transgênero em concursos de beleza e nos esportes. Algumas pessoas argumentam que mulheres transgênero não deveriam competir em concursos de beleza feminina, uma vez que elas não possuem a mesma estrutura física e biológica das mulheres cisgênero. Essa argumentação se baseia em aspectos biológicos, como a presença de testosterona no corpo de mulheres transgênero que passaram pela transição hormonal. Sendo assim, os concursos de beleza femininos não deixariam de cumprir o seu objetivo que é salientar a beleza natural de uma fêmea? afinal o transgênero é um indivíduo cuja beleza plástica foi modificada através de processos cirúrgicos e de hormonioterapias ao longo da sua transição e não é um resultado natural de sua concepção genética.
Por outro lado, há quem defenda que o gênero é uma construção social e que a identidade de gênero deve ser respeitada. Nesse sentido, mulheres transgênero deveriam ter o direito de participar de concursos de beleza feminina, uma vez que se identificam como mulheres, mas o fato é que geneticamente não são.
O debate sobre a identidade de gênero nos concursos de beleza ainda é bastante complexo e envolve questões éticas, culturais e legais. É importante que sejam criadas regras claras e justas para a participação de mulheres transgênero em concursos de beleza feminina e nos esportes, de forma a garantir a inclusão e a representatividade sem prejudicar a competição justa.
Como nos casos dos banheiros citados anteriormente por Nikolas Ferreira, assim como o Estado e a Justiça devem garantir os direitos a utilização de banheiros por pessoas trans, também tem o dever de garantir a devida segurança e justiça para meninas e mulheres que poderão correr riscos de serem abordadas por homens geneticamente mais fortes, que eventualmente possam se sentir mulheres por alguns minutos e adentrarem os banheiros e a intimidade feminina com segundas intenções.