FIQUE POR DENTRO

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Produtos à base de canabidiol chegam ao SUS-SP com distribuição gratuita





Distribuição gratuita será para pacientes diagnosticados com síndrome de Dravet e de Lennox-Gastaut, e complexo da esclerose tuberosa, em 40 farmácias estaduais, mediante solicitação prévia


O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), começa a disponibilizar a partir desta semana produtos à base de canabidiol para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Estado. Os itens serão destinados a pacientes diagnosticados com as síndromes de Dravet e de Lennox-Gastaut, e complexo da esclerose tuberosa.

Para ter acesso ao produto, o paciente deve comparecer a uma das 40 Farmácias de Medicamentos Especializados (FME) do Estado com o formulário de indicação preenchido pelo médico. Também deverão ser apresentados exames como eletroencefalograma, hemograma, creatinina e eletrólitos (cálcio, sódio, potássio e magnésio), bem como de transaminases glutâmico oxalacética (TGO) e pirúvica (TGP).

Para pacientes com complexo da esclerose tuberosa serão requeridos exames de imagem, como tomografia computadorizada de crânio ou ressonância magnética do encéfalo, todos acompanhados de laudo médico. Após os documentos chegarem à farmácia, eles serão enviados para análise da SES. Além disso, haverá um grupo de acompanhamento definido pela pasta.

A legislação sancionada pela Lei Estadual nº 17.618 em 31 de janeiro de 2023, até a sua implementação, passou pelo grupo de trabalho para discutirem sobre as indicações, definições, dispensação e regulamentação de produtos derivados de cannabis. Após todo o processo, a resolução foi publicada no dia 7 de maio em Diário Oficial do Estado (DOE), que apresentou as diretrizes e orientações para o acesso ao produto. A resolução pode ser acessada em: https://www.editoraroncarati.com.br/v2/Diario-Oficial/Diario-Oficial/RESOLUCAO-SS-SP-N%C2%BA-107-DE-07-05-2024.html

“Depois de uma extensa análise das informações existentes na literatura encontramos evidências suficientes para que se possa recomendar para alguns pacientes portadores dessas três condições clínicas (síndromes de Dravet, Lennox-Gastaut e para Esclerose Tuberosa) produtos derivados de cannabis, especificamente o canabidiol. A disponibilidade do Canabidiol no SUS Paulista beneficiará os pacientes afetados por essas condições clínicas”, afirma José Luiz Gomes do Amaral, assessor técnico da Secretaria de Estado da Saúde e médico coordenador da Comissão técnica de regulamentação da lei 17.618.


Como solicitar?



Entre no site: https://www.saude.sp.gov.br , utilize a função de busca e procure por "Canabidiol". Em seguida, clique em "Medicamentos", role a página para baixo e clique em "Produto de Canabidiol Para Fins Medicinais". Lá, você encontrará os formulários para o médico e o paciente, que, após estarem preenchidos, deverão ser entregues na Farmácia de Medicamento Especializado (FME) mais próxima.


Requisitos


- Os pacientes também precisam preencher alguns requisitos dispostos na resolução publicada no dia 7 de maio de 2024, são eles:

- Diagnóstico de epilepsias farmacorresistentes Síndrome de Dravet, síndrome de Lennox-Gastaut e complexo da esclerose tuberosa, contempladas pelos CID-10: G40.4, e Q85.1;

- Refratariedade ao tratamento proposto no Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Epilepsia;

- Persistência de quatro crises epilépticas ou mais ao mês, apesar de utilização, em posologia adequada, de duas ou mais medicações propostas pelo PCDT (de maneira concomitante ou não), para alcançar o controle sustentado das crises, durante pelo menos três meses.

O canabidiol é contraindicado para dependentes químicos, grávidas, lactantes, crianças menores de 2 anos e pessoas com hipersensibilidade à algum componente da fórmula.


Em quais doenças o uso do canabidiol é indicado?

Síndrome de Dravet: é forma de epilepsia grave, caracterizada por crises febris do tipo clônica, generalizadas ou unilaterais, geralmente prolongadas durante o primeiro ano de vida, estado de mal epiléptico, crises de ausência e crises de espasmos entre 1 e 4 anos de vida. A partir do início das convulsões, ocorre atraso do desenvolvimento neuropsicomotor com deficiência

Síndrome de Lennox-Gastaut: é uma forma grave de epilepsia, caracterizada por diferentes tipos de crises epilépticas recorrentes (generalizadas ou focais, tônicas ou mioclônicas, atônicas), frequentemente associadas a deficiência intelectual. A síndrome é responsável por 2% a 3% das epilepsias da infância. Geralmente ocorre em crianças de 1 a 7 anos, principalmente na idade pré-escolar.

Complexo da Esclerose Tuberosa: é classificado como doença neurocutânea causada por disfunção genética de herança dominante em que tumores (geralmente hamartomas) afetam múltiplos órgãos, incluindo o sistema nervoso central. A doença é caracterizada por crises epilépticas, muitas vezes de início precoce, atraso ou regressão no neurodesenvolvimento e disfunções cognitivas, além de lesões de pele.

Confira aqui as Farmácias de Medicamentos Especializados (FME) do Estado de São Paulo.

https://saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/assistencia-farmaceutica/medicamentos-do-componente-especializado-da-assistencia-farmaceutica/fme_-_locais_de_dispensacao_12.06.2024.pdf



terça-feira, 23 de julho de 2024

O Que Fazer Quando Seu Filho é Diagnosticado com uma Síndrome Rara



Receber o diagnóstico de uma síndrome rara no seu filho é um momento que transforma a vida de qualquer família. Esse tipo de notícia pode gerar muitas dúvidas e medos, mas é importante saber que existem caminhos a seguir para proporcionar o melhor cuidado ao seu filho e manter a família unida e fortalecida. Confira algumas orientações importantes para enfrentar essa situação:

1. Busque Informação de Qualidade

O primeiro passo é se informar. Muitas vezes, o diagnóstico inicial vem acompanhado de uma enxurrada de informações médicas difíceis de entender. Procure fontes confiáveis como sites de instituições especializadas, artigos científicos e organizações dedicadas a síndromes raras. Isso ajudará você a compreender a condição e a tomar decisões informadas.

2. Consulte Especialistas

Encontrar médicos e especialistas que tenham experiência com a síndrome rara específica do seu filho é essencial. Esses profissionais poderão oferecer o tratamento adequado e orientar sobre os melhores cuidados. Não hesite em buscar segundas opiniões para garantir que está recebendo o melhor suporte possível.

3. Construa uma Rede de Apoio

Enfrentar uma síndrome rara pode ser emocionalmente desafiador. Construa uma rede de apoio que inclua familiares, amigos e outros pais que passam por situações semelhantes. Participar de grupos de apoio, seja online ou presencial, pode oferecer conforto e conselhos valiosos.

4. Cuide da Sua Saúde Mental

É natural sentir-se sobrecarregado, mas cuidar da sua própria saúde mental é fundamental. Considere buscar ajuda de um terapeuta para lidar com o estresse e as emoções. Lembre-se: para cuidar bem do seu filho, você também precisa estar bem.

5. Planeje o Futuro

Além de entender e gerenciar a condição do seu filho, é importante pensar a longo prazo. Planeje aspectos como educação, suporte financeiro e cuidados contínuos. Consultar assistentes sociais e profissionais de planejamento financeiro pode ajudar a criar um plano sólido.

6. Adapte a Rotina da Família

Adapte a rotina da família para atender às necessidades do seu filho. Isso pode incluir mudanças na alimentação, no sono e nas atividades diárias. Envolva todos os membros da família nesse processo para que todos entendam e apoiem as mudanças necessárias.

7. Mantenha-se Atualizado

Pesquisas sobre síndromes raras estão sempre avançando. Mantenha-se informado sobre novos tratamentos e terapias que possam beneficiar seu filho. Inscreva-se em boletins informativos e participe de conferências para estar sempre atualizado.

8. Defenda os Direitos do Seu Filho

Seja um defensor dos direitos do seu filho. Isso inclui lutar por acomodações na escola, acesso a tratamentos específicos e garantir que ele receba o suporte necessário. Conhecer os direitos do seu filho e como acessá-los é essencial.

9. Participe de Iniciativas de Conscientização

Envolva-se em campanhas de conscientização sobre a síndrome rara do seu filho. Isso pode aumentar o conhecimento público e ajudar a garantir mais apoio e recursos para pesquisas e tratamentos.

10. Celebre as Pequenas Conquistas

Cada progresso, por menor que seja, é uma vitória. Celebre as conquistas do seu filho e reconheça o esforço dele. Essas celebrações fortalecem a autoestima do seu filho e a união familiar.

Descobrir que seu filho tem uma síndrome rara é um grande desafio, mas com informação, apoio e planejamento, é possível proporcionar a ele uma vida plena e satisfatória. Lembre-se: você não está sozinho nessa jornada. Existem profissionais, organizações e outros pais dispostos a ajudar.


Sobre Gilberto Candido




Gilberto Cândido: Conscientização sobre Doenças Raras

Gilberto Cândido, jornalista, escritor e palestrante, dedica-se à conscientização sobre doenças raras, como a Síndrome de Leigh. Suas palestras são direcionadas a profissionais de saúde, terapeutas e o público em geral, que muitas vezes desconhecem a existência e as implicações dessas condições.

Objetivos das Palestras de Gilberto Cândido

  1. Aumentar a Conscientização: Informar sobre a Síndrome de Leigh e outras doenças raras, destacando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
  2. Educar Profissionais de Saúde: Fornecer informações detalhadas sobre os sintomas, diagnóstico e opções de tratamento, ajudando os profissionais de saúde a reconhecer e tratar essas doenças.
  3. Apoiar Famílias e Pacientes: Oferecer suporte emocional e prático para famílias e pacientes, compartilhando histórias de superação e recursos disponíveis.
  4. Promover a Pesquisa: Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de novos tratamentos e terapias para doenças raras.
  5. Construir uma Comunidade Informada: Criar uma rede de apoio e troca de informações entre profissionais, pacientes e familiares.

Público-Alvo

  • Médicos e profissionais de saúde
  • Terapeutas e cuidadores
  • Famílias e pacientes afetados por doenças raras
  • Público em geral interessado em saúde e bem-estar

Estrutura da Palestra

  1. Introdução

    • Apresentação de Gilberto Cândido e seu background jornalístico
    • Objetivos da palestra
  2. Entendendo Doenças Raras

    • Definição e exemplos de doenças raras
    • Foco na Síndrome de Leigh
  3. Sintomas e Diagnóstico

    • Principais sintomas da Síndrome de Leigh
    • Métodos de diagnóstico e importância do diagnóstico precoce
  4. Tratamento e Manejo

    • Opções de tratamento disponíveis
    • Estratégias de manejo e cuidados contínuos
  5. Histórias de Superação

    • Casos reais de pacientes e famílias
    • Lições aprendidas e recursos disponíveis
  6. Pesquisa e Inovação

    • Atualizações sobre pesquisas em andamento
    • Novas terapias e tratamentos promissores
  7. Conclusão

    • Resumo dos pontos principais
    • Sessão de perguntas e respostas

Benefícios para a Comunidade

  • Maior conhecimento sobre doenças raras e seus desafios
  • Melhor preparo dos profissionais de saúde para diagnosticar e tratar essas condições
  • Suporte emocional e prático para pacientes e suas famílias
  • Estímulo à pesquisa e inovação na área de doenças raras
Contato para palestras: Whatsapp: 11 99803-3384

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Telescoping: fenômeno aumenta a tendência de alcoolismo entre mulheres




Psiquiatra do CEUB explica que os efeitos nocivos do álcool se manifestam mais rapidamente nas mulheres

O consumo abusivo de álcool entre mulheres jovens tem aumentado no Brasil, de acordo com dados recentes do sistema de Vigilância de Fatores de Risco do Ministério da Saúde. Entre 2006 e 2023, o abuso de bebidas alcoólicas entre as brasileiras quase dobrou, subindo de 7,8% para 15,2%. Lucas Benevides, psiquiatra e professor do curso de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), explica que, como doença complexa e multifacetada, o alcoolismo requer abordagens integradas de tratamento, antecipando fatores negativos, como as pressões associadas aos aspectos sociais e trabalhistas.

De acordo com Lucas Benevides, o alcoolismo apresenta diferenças significativas entre os gêneros. As mulheres tendem a desenvolver dependência ao álcool mais rapidamente, um fenômeno conhecido como "telescoping". Segundo o especialista, os efeitos fisiológicos do álcool são mais severos nas mulheres devido a diferenças na composição corporal e no metabolismo. “As mulheres têm menor atividade da enzima álcool desidrogenase no estômago, resultando em maior concentração de álcool no plasma e no cérebro. Embora comecem a beber mais tarde que os homens, elas desenvolvam problemas clínicos mais precocemente, como cirrose, miocardiopatia dilatada e maior dano cerebral”.

Questões como depressão, ansiedade e experiências traumáticas, que podem prevalecer ou se manifestar de maneira diferente em mulheres, também são contribuem para essa variação. “As mulheres também podem enfrentar estigmatização social mais intensa em relação ao consumo de álcool, impactando negativamente na busca por tratamento”, afirma.

O psiquiatra e docente do CEUB afirma que as questões de gênero são fundamentais no tratamento da dependência alcoólica. De acordo com Lucas, as abordagens terapêuticas devem ser sensíveis às necessidades das mulheres, que podem incluir experiências de violência doméstica, responsabilidades familiares e diferenças na socialização. “Fatores como histórico de saúde mental, suporte social e cultural, além de acesso a recursos de tratamento, influenciam significativamente a jornada de recuperação”, destaca.

Entre os instrumentos para apoiar indivíduos com dependência alcoólica, estão políticas públicas voltadas para a redução de danos, campanhas de conscientização sobre os riscos do álcool e programas de prevenção nas escolas e comunidades. “Centros de tratamento e reabilitação, linhas de apoio psicológico e grupos de apoio, como os Alcoólicos Anônimos, desempenham um papel fundamental, além das políticas que oferecem suporte para a saúde mental.” Ele recomenda investimento em pesquisa para entender as nuances do vício, viabilizando tratamentos mais eficazes e personalizados.

Rede de Apoio

De acordo com o especialista, o apoio da família e de pessoas próximas é vital na recuperação do alcoolismo. É importante abordar a questão com empatia e sem julgamento, incentivando a pessoa a buscar ajuda profissional e a participar de grupos de apoio familiar para orientação e suporte emocional. “Também é essencial estabelecer limites claros e buscar manter um ambiente doméstico seguro e saudável. Oferecer-se para acompanhar a pessoa em consultas e tratamentos pode fortalecer o compromisso com a recuperação”.


domingo, 21 de julho de 2024

Padaria aumenta em 20% faturamento com digitalização do negócio




Comércio em São Paulo (SP) também inovou na condução dos processos internos. Sebrae quer levar a transformação digital para outras micro e pequenas empresas do setor e estará na maior Feira de Panificação e Confeitaria do país, a Fipan


Farinha, fermento, açúcar...mas também aplicativos, marketing digital e tecnologias são os ingredientes que fazem a Arizona Pães, em São Paulo (SP), crescer cada vez mais. Criado em 1983, o negócio familiar faz parte de um grupo de empresas (com quatro unidades espalhadas pela capital) que tem se reinventado, conquistado novos clientes e aumentado o faturamento com a digitalização – a média, nos últimos anos, é de um incremento de 20%.

“A possibilidade de crescimento é muito grande, principalmente para quem busca inovação, tecnologia e melhoria de qualidade. O nosso crescimento é baseado na busca por melhorar o ambiente para o cliente, fazendo com que a padaria seja uma extensão da casa dele. Que seja um ponto de encontro agradável, sempre levando inovação, tendências, novidades e um bom atendimento”, conta o sócio da loja, Rodrigo Chaluppe.

Segundo Chaluppe, que é formado em Engenharia de Alimentos, a tecnologia só vem a somar na condução do negócio. Algumas das novidades que a padaria dispõe são: totens de autoatendimento, cardápio com QR Code nas mesas e a possibilidade de fazer todo o pedido on-line (com clube de pontos para quem utiliza a opção), uso de aplicativos de entrega (delivery) e de ferramentas digitais que apoiam nos pedidos e nos pagamentos feitos pelo WhatsApp, como o Anota AI e o Epadoca.

Outro aliado é o Instagram, que serve como vitrine para os quitutes e para aproximar a clientela da padaria e dos seus colaboradores. “Temos observado que o perfil do cliente tem mudado. Os mais novos já fazem tudo pelo celular. Para quem ainda não o utiliza, só posso dizer: não perca mais tempo!”, sugere Rodrigo. “As ferramentas digitais vão melhorar o negócio, a gestão, as vendas, os processos, a divulgação e a fidelização da marca para os clientes e colaboradores. As ferramentas digitais vieram para ficar”, completa.

O gestor conta ainda que a padaria tem se tornado referência na região e que a busca por inovação tem passado para o lado de dentro do balcão. “Sempre estamos atrás de colocar um equipamento diferente na área de produção para que otimizar os processos em escala e conseguir um produto de qualidade, além de diminuir as perdas”, detalha.

Sebrae junto com as padarias

O Sebrae é parceiro das padarias na implementação de ferramentas digitais no negócio. Por isso, nos dias 23 e 26 de julho, estará na maior Feira de Panificação e Confeitaria do país, a Fipan. “O objetivo é alavancar os pequenos negócios por meio da transformação digital, com ações voltadas para a melhoria da gestão e vendas. Os principais benefícios são ampliar alcance no mercado, conquistar novos clientes e aumentar as vendas de forma significativa, além de trazer mais eficiência na gestão do negócio”, explica o analista de Competitividade do Sebrae, Bruno Lopes.

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Combate à Violência Doméstica e Capacitação dos Profissionais em São Paulo



Por: Claudia Souza

São Paulo, a maior cidade do Brasil, enfrenta um desafio contínuo no combate à violência doméstica e na proteção das mulheres contra a violência. Este problema persistente exige não apenas políticas públicas eficazes, mas também a capacitação contínua dos profissionais que estão na linha de frente desse enfrentamento.

O evento 'Caravana da Mulher' que reuniu autoridades do poder público, da segurança e da justiça numa coletiva de imprensa, foi realizado ontem (17/7) no Hotel Sooz, localizado na região central da cidade de São Paulo, sob coordenação da empresa Coutinho Eventos e teve por objetivo conscientizar jornalistas e profissionais de diversas áreas, sobre a necessidade de expandir a discussão em torno dos motivos e matizes da violência doméstica, que em grande parte atinge crianças e mulheres. 

Entre os participantes estavam presentes: Coronel Álvaro Camilo (SubPrefeito da Distrital Sé); Brigida Sacramento (Secretária Executiva do Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo - CONISUD); Dra. Daniela Almeida (Delegada do CRECI e Coordenadora do Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura de Embu das Artes - CMEC); Dra. Rosmary Correa (Primeira delegada de defesa da mulher em São Paulo - 1985); Dra. Sueli Amoedo (advogada, criadora e responsável pelo Projeto "Pela Vida da Mulher"; Neudir Sudatti (Conselho da Mulher de Itapecerica da Serra); Dra Thaila Luz (Comissão Mulher e Advogada da OAB - Cotia); Carolina Rayol (Marketing da Associação Comercial de Embu das Artes - ACISE); Alba Medardoni (Presidente da Associação Amigos da Zona Norte e Conselheira do CMEC); Vera Tabach (criadora do 1º Troféu da Mulher - 1976); Márcia Mendonça (Vice-Coordenadora do CMEC - Centro) e Raquel Nery, arquiteta, urbanista, fundadora do movimento "São Paulo Restauro e Memória".

Entre os aspectos abordados foram citadas as necessidades de trabalhos de prevenção com as crianças nas escolas, treinamento de profissionais que atuam com o atendimento e acolhimento às vitimas e maior atenção aos aspectos psicológicos dos agressores.


Estatísticas Recentes e Fontes

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou em 2023 mais de 1.400 casos de feminicídio, um aumento significativo em relação aos anos anteriores. No estado de São Paulo, especificamente, foram registrados 195 casos de feminicídio, representando um crescimento de 5% em comparação com 2022. Além disso, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo relatou um aumento nos casos de violência doméstica, com mais de 200 mil ocorrências registradas em 2023.

Esses números alarmantes são reforçados por estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que apontam que cerca de 30% das mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência doméstica durante a pandemia de COVID-19. A situação exige uma resposta urgente e coordenada de todos os setores da sociedade.

Políticas Públicas e Iniciativas Governamentais


O governo do estado de São Paulo tem implementado diversas políticas públicas para enfrentar a violência contra a mulher. A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) é uma das principais ferramentas legais, oferecendo medidas protetivas e penas mais severas para os agressores. O estado também conta com delegacias especializadas de defesa da mulher e juizados específicos para casos de violência doméstica.

Programas como a "Casa da Mulher Brasileira" fornecem serviços integrados de apoio às vítimas, incluindo atendimento psicológico, jurídico, e assistência social. Outra iniciativa importante é o "Programa Bem Me Quer", que oferece abrigos seguros para mulheres em situação de risco e seus filhos.

Capacitação de Profissionais

A capacitação dos profissionais que lidam com casos de violência doméstica é fundamental para garantir um atendimento eficaz e sensível às vítimas. O governo de São Paulo, em parceria com diversas ONGs e instituições de ensino, tem investido em programas de treinamento e capacitação.

Os cursos de formação incluem temas como direitos humanos, legislação específica, atendimento humanizado e técnicas de intervenção em crise. O objetivo é preparar policiais, assistentes sociais, psicólogos, advogados e outros profissionais para reconhecerem os sinais de violência, oferecerem suporte adequado e encaminharem as vítimas para os serviços apropriados.

Iniciativas da Sociedade Civil

Organizações não governamentais (ONGs) desempenham um papel crucial no combate à violência doméstica e na capacitação dos profissionais. A Associação Mulheres pela Paz, por exemplo, realiza workshops e treinamentos para policiais e outros profissionais de segurança pública. O Instituto Maria da Penha também oferece cursos online e presenciais para capacitar profissionais de diversas áreas no enfrentamento à violência contra a mulher.

Além disso, campanhas de conscientização promovidas por essas organizações ajudam a educar a população sobre os direitos das mulheres e a importância de denunciar casos de violência. A Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, formada por diversas ONGs e órgãos governamentais, trabalha para fortalecer as políticas públicas e garantir a implementação eficaz das medidas protetivas.

Perspectivas Futuras

A luta contra a violência doméstica e a capacitação dos profissionais são um trabalho contínuo e desafiador. A cooperação entre governo, ONGs e a sociedade é essencial para criar um ambiente mais seguro e acolhedor para as mulheres.

É fundamental que o investimento em políticas públicas e programas de capacitação continue a crescer, e que novas estratégias sejam desenvolvidas para enfrentar esse problema complexo. A sensibilização da sociedade e a promoção da igualdade de gênero também são elementos-chave na construção de uma cultura de respeito e não-violência.

Com o esforço conjunto de todos os setores, é possível avançar na proteção das mulheres e na erradicação da violência doméstica em São Paulo e em todo o Brasil.




***

Aqui está uma lista de algumas das melhores instituições de apoio e acolhimento às vítimas de violência doméstica em São Paulo, incluindo endereços e informações de contato:

1. Casa da Mulher Brasileira

2. Defensoria Pública do Estado de São Paulo - Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (NUDEM)

3. Secretaria de Políticas para as Mulheres - Centro de Referência da Mulher Casa Eliane de Grammont

4. Instituto Maria da Penha

5. Associação Mulheres pela Paz

6. GELEDÉS - Instituto da Mulher Negra

  • Endereço: Rua Cônego Vicente Miguel Marino, 191 - Bosque da Saúde, São Paulo - SP
  • Telefone: (11) 3241-8224
  • Website: Geledés

7. Projeto Bem Querer Mulher

  • Endereço: Rua da Consolação, 696 - Consolação, São Paulo - SP
  • Telefone: (11) 3255-2088
  • Website: Bem Querer Mulher

8. Liga Solidária - Centro de Referência da Mulher e Família

  • Endereço: Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 - Vila Leopoldina, São Paulo - SP
  • Telefone: (11) 3832-5642
  • Website: Liga Solidária

9. ONG Maria Mulher

  • Endereço: Rua Dr. Vila Nova, 285 - Vila Buarque, São Paulo - SP
  • Telefone: (11) 3214-5624
  • Website: Maria Mulher

10. Centro de Defesa e Convivência da Mulher - Casa Sofia

  • Endereço: Rua Arnaldo Cintra, 26 - Tatuapé, São Paulo - SP
  • Telefone: (11) 2296-5688
  • Website: Casa Sofia

Essas instituições oferecem diversos tipos de suporte, incluindo atendimento psicológico, jurídico, e abrigo temporário para mulheres em situação de violência. Se precisar de ajuda, entre em contato com uma dessas organizações para obter apoio


Fontes: 



segunda-feira, 15 de julho de 2024

O impacto das mudanças climáticas na saúde e segurança do trabalhador brasileiro

Dr. Ricardo Pacheco
Mais de 70% dos trabalhadores e trabalhadoras que integram a força de trabalho global estão expostos a graves riscos para a saúde em razão das mudanças climáticas. Esses dados ainda não consideram os riscos relacionados às grandes catástrofes, como a inundação histórica no Rio Grande do Sul


De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de 70% dos trabalhadores e trabalhadoras que integram a força de trabalho global estão expostos a graves riscos para a saúde em razão das mudanças climáticas. Os dados são de um relatório divulgado pela entidade no mês passado, que ainda indica que mais de 2,4 bilhões de pessoas, de uma força de trabalho global de 3,4 bilhões estão, provavelmente, expostas ao calor excessivo em algum momento da sua jornada de trabalho, e estima que 18.970 vidas e 2,09 milhões de anos de vida ajustados por deficiência são perdidos todos os anos, devido a 22,87 milhões de lesões ocupacionais atribuíveis ao calor excessivo.

Ainda segundo a OIT, temos 1,6 bilhão de trabalhadores expostos à radiação ultravioleta (UV), com mais de 18.960 mortes anual, devido ao câncer da pele não melanoma e 1,6 bilhão de pessoas, provavelmente expostas à poluição atmosférica no local de trabalho, que resultam em até 860 mil mortes ao ano, entre as pessoas que trabalham ao ar livre.

Sem contar mais de 870 milhões de trabalhadores na agricultura, provavelmente expostos a pesticidas, com mais de 300 mil mortes atribuídas ao envenenamento; e 15 mil mortes resultado à exposição a doenças parasitárias e transmitidas por vetores.

O Dr. Ricardo Pacheco, médico, gestor em saúde e presidente da Oncare Saúde e da ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho), lembra que o aumento da temperatura é o risco mais evidente, mas infelizmente é só um recorte do cenário que já estamos vivenciando. “O aumento das temperaturas pode levar a condições de trabalho mais desafiadoras, especialmente para aqueles que trabalham ao ar livre, como agricultores, construtores e trabalhadores da construção civil. O calor excessivo pode causar insolação, exaustão pelo calor e até mesmo doenças mais graves, como golpe de calor. Contudo, os riscos vão mais além do que o calor excessivo”, alerta.

O executivo afirma que já estamos vivenciando importantes mudanças nos padrões de doenças. “As mudanças climáticas podem alterar os padrões de doenças, trazendo novas ameaças à saúde dos trabalhadores. Isso inclui o aumento de doenças transmitidas por vetores, como dengue, zika e malária, que podem afetar os trabalhadores que exercem suas atividades ao ar livre”.

O médico alerta também que o cenário de emergência climática pode levar a uma piora na qualidade do ar. “O que certamente é prejudicial para a saúde dos trabalhadores, especialmente aqueles que operam em ambientes urbanos ou próximos a fontes de poluição, como indústrias. A exposição prolongada à poluição do ar está associada a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças respiratórias e cardiovasculares”, adverte o médico.


O papel da gestão da saúde e segurança no trabalho para mitigar os riscos


A gestão da segurança e saúde no trabalho é crucial para proteger os trabalhadores em face das mudanças climáticas.

Cinthia Bueno Espadafora, Engenheira de Segurança do Trabalho e Diretora Técnica da Oncare Saúde, destaca as ações essenciais para mitigar os efeitos da emergência climática nos trabalhadores. “Uma das ações preliminares é realizar uma avaliação detalhada dos riscos climáticos no local de trabalho, considerando eventos extremos como tempestades, inundações, ondas de calor, etc. Isso permite identificar áreas de vulnerabilidade e implementar medidas preventivas”.

Ela ressalta também a adaptação das instalações: “Modificar as instalações e equipamentos para resistir melhor aos efeitos das mudanças climáticas é importante. Isso pode incluir reforço de estruturas contra ventos fortes, instalação de sistemas de ventilação adequados para lidar com temperaturas extremas, etc. É essencial também fornecer treinamento regular aos trabalhadores sobre os riscos associados às mudanças climáticas e as medidas de segurança apropriadas a serem tomadas em diferentes situações”, elenca a diretora da Oncare.

A engenheira ainda esclarece a importância de estabelecer planos de emergência e de fornecer equipamentos de proteção individuais: “Desenvolver planos de emergência abrangentes para lidar com eventos climáticos extremos, garantindo que todos os funcionários saibam como agir em caso de emergência pode salvar vidas, assim como fornecer EPIs adequados (com treinamento e conscientização) para proteger os trabalhadores contra os efeitos das mudanças climáticas, como óculos de proteção contra vento e poeira, roupas resistentes a altas temperaturas, protetor solar, dentre outros, pode fazer a diferença na saúde do trabalhador e da empresa”, alerta.

Cinthia Bueno também enfatiza a importância de monitorar com frequência a saúde dos trabalhadores: “Realizar o monitoramento regular da saúde dos trabalhadores para detectar sinais precoces de problemas relacionados ao clima, como exaustão pelo calor, e intervir prontamente, é essencial para protegê-los. Também é recomendável implementar políticas de trabalho flexíveis, como ajustar os horários de trabalho para evitar exposição excessiva ao calor durante os períodos mais quentes do dia, bem como desenvolver rotas e planos de transporte que minimizem a exposição dos trabalhadores a condições climáticas adversas durante o trajeto para o trabalho”.

Para a executiva, nenhuma dessas ações será efetiva se não houver o real envolvimento dos trabalhadores. “É imprescindível incentivar a participação ativa dos trabalhadores na identificação de riscos e no desenvolvimento de soluções para melhorar a segurança no local de trabalho. Essas medidas podem ajudar a mitigar os riscos enfrentados pelos trabalhadores devido às mudanças climáticas, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e saudável”, complementa Cinthia Bueno Espadafora.


Eventos climáticos extremos, como a inundação no Rio Grande do Sul, e os impactos psicossociais



A frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como tempestades, inundações e secas, estão aumentando devido às mudanças climáticas, e estamos vivenciando essas tragédias, como a inundação histórica no Rio Grande do Sul.

“Os trabalhadores e voluntários lá estão expostos a sérios riscos, como de afogamentos das pessoas envolvidas em operações de resgate ou limpeza; contaminação por produtos químicos e detritos, representando riscos de doenças transmitidas pela água, como gastroenterite, hepatite e leptospirose; lesões físicas, como cortes, contusões, fraturas e até mesmo ferimentos mais graves; exposição a produtos químicos durante as operações de resgate e limpeza, aumentando o risco de intoxicação; além da exaustão e fadiga, já que o trabalho em condições de inundação pode ser extremamente exigente fisicamente e emocionalmente, aumentando o risco de acidentes”, alerta o Dr. Ricardo Pacheco.

É preciso enfatizar também que lidar com as consequências de uma inundação, como a perda de propriedades ou a exposição a cenas traumáticas, tem um impacto significativo na saúde mental dos trabalhadores e voluntários. “Além dos impactos físicos diretos, as mudanças climáticas também têm efeitos psicossociais nos trabalhadores. O estresse relacionado a eventos climáticos extremos, incerteza sobre o futuro e preocupações com a saúde afetam o bem-estar mental dos trabalhadores, e de todos”, adverte o médico.

Fato é que a tragédia no Rio Grande do Sul destaca a urgência de medidas de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, bem como a importância de proteger a saúde e segurança dos trabalhadores brasileiros diante desses desafios. Investimentos em infraestrutura resiliente, políticas de saúde ocupacional e medidas de proteção social podem ajudar a reduzir os impactos negativos das mudanças climáticas na força de trabalho do País.

Sobre a Oncare Saúde

A Oncare Saúde é uma plataforma de solução integrada de saúde, que oferece consultoria para empresas. Inclui assistência médica e ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação.

Além de auxiliar as empresas na implementação do e-Social, a Oncare promove a proteção da vida e da saúde dos trabalhadores; ajuda as organizações a entenderem e cumprirem essas regulamentações, evitando problemas legais; fomenta a redução dos custos, já que menos acidentes significam menos despesas com tratamento médico, pagamento de licenças por doença e indenizações; propicia o aumento da produtividade; melhora a imagem da empresa; minimiza os riscos de litígios e promove a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável.

A Oncare Saúde é presidida pelo médico Dr. Ricardo Pacheco, CRM-SP 87570 I RQE 22.683.

sexta-feira, 5 de julho de 2024

Empresária e Coach Leila Chan Choimei realiza palestra na Paulista em 03/08/2024




    No dia 3 de agosto de 2024 (, a empresária e coach Leila Chan Choimei realizará uma palestra inspiradora em São Paulo. O evento ocorrerá na Av. Paulista, 807, 17º andar, das 8h às 20h.

    Leila Chan Choimei, nascida em São Caetano do Sul, é filha de imigrantes chineses e cresceu imersa na rica diversidade cultural entre Brasil e China. Desde jovem, desenvolveu uma paixão por canto, dança, artes e estudos. Formada em Sistemas de Informação pela USP, iniciou sua carreira no setor bancário, mas seu espírito empreendedor a levou a se destacar no mercado de cosméticos veganos, promovendo sustentabilidade e inovação.

    Durante a palestra, Leila compartilhará sua trajetória de vida e carreira, discutindo os desafios enfrentados e a descoberta de seu propósito. Sua história é um exemplo de dedicação ao equilíbrio entre sucesso profissional e responsabilidade social.

   Ingressos: Os ingressos estão disponíveis pelo valor de R$ 130. Para adquiri-los, entre em contato diretamente com Leila pelo WhatsApp: 11 97050-9092.

Mensagem de Leila Chan Choimei: "Que Deus esteja à frente de nossos passos, nos guiando e nos fortalecendo! Que a Fonte de Sabedoria Maior esteja sobre nossos Espíritos, em nossas Palavras, em nossas Mensagens!"

Para mais informações e atualizações, siga o organizador do evento, Paulo Carvalho, no Instagram: @eusoupaulocarvalho.