FIQUE POR DENTRO

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Tontura depois de comer? Entenda as principais causas e como tratar

Neurologista e professor do curso de Medicina da Unicid aponta os motivos e como lidar com a situação


 Depois daquela deliciosa refeição, às vezes bate uma leveza que pode gerar sono. Em alguns casos, pode haver tonturas, causando mal-estar. Mas afinal, por que a tontura pode ocorrer depois de comer?

De acordo com Arnaldo José Godoy, neurologista e professor doutor do curso de Medicina da Universidade Cidade de S. Paulo – Unicid, os motivos são diversos, mas o principal deles, em boa parte dos casos, advém de uma variação específica do funcionamento fisiológico relacionada ao sistema endócrino. Ou seja, aos hormônios.

É que algumas pessoas podem ter uma produção excessiva de insulina (hormônio) após se alimentarem: a glicose (açúcar) entra na corrente sanguínea após digerida e absorvida, devendo ser consumida pelas células do organismo; mas, quem tem insulina em excesso, acaba tendo grande disponibilidade desse açúcar de forma rápida.

“Com isso, muita glicose entra rapidamente nas células e, como pode entrar bastante nos vasos sanguíneos do sistema digestório, não sobra para o cérebro. Isso gera o que chamamos de hipoglicemia reativa, que é quando os níveis de glicose sanguínea ficam baixos após uma refeição, daí causa a tontura”, explica Arnaldo.

Outro motivo para o atordoamento é o fato de algumas pessoas comerem muito rapidamente. Quando isso acontece, a glicose do alimento entra de forma acelerada no sangue, ocasionando o mal-estar.

“É importante que a gente se alimente devagar, mastigando bastante o alimento. Além disso, as pessoas também não devem comer muito doce, pois quanto mais é ingerido, mais glicose chega no sangue e, com isso, podemos agravar o quadro de tontura”, aconselha.

No caso da alimentação rápida, o neurologista ressalta que o ideal é seguir três passos, sendo eles: fracionar as refeições em horários diferentes, comer devagar o máximo que der e, na hora da sobremesa, não abusar do doce.

“Existem diversos sintomas que são resultados de uma combinação de fatores. No caso da insulina, pode se agravar no paciente diabético e se esse indivíduo exagerar na dose, isso vai favorecer a ocorrência das tonturas e não só após as refeições. Quem convive com doença de Parkinson, que é uma enfermidade neurológica comum, os pacientes apresentam a tendência de queda da pressão quando ficam em pé e quando isso acontece a pressão diminui. Portanto, com essa condição, é possível sentir mais tontura”, afirma.

O professor de Medicina da Unicid recomenda que, se houver esses sintomas com alguma frequência, a pessoa deve se consultar com um clínico geral, que avaliará as possíveis causas. Com base nisso, se o clínico concluir que pode ser a insulina, ele encaminhará o paciente para um endocrinologista, que avaliará os hormônios.

Já o neurologista vai precisar ser consultado se a investigação inicial for negativa. “Ou seja, no caso de a pessoa não produzir muita insulina. Outras possibilidades são quando o quadro de tontura é prolongado e pode acontecer após ou longe das refeições, ou então se a pessoa desmaia e apresenta convulsões. Acontecendo isso, o mais indicado é a consulta com neurologista, pois pode ser uma coisa mais séria, envolvendo um tumor na região da cabeça, entre outras enfermidades”, pontua.
Sobre a Unicid - Fundada em 1972, a Universidade Cidade de São Paulo – Unicid é referência na formação de profissionais da área da saúde, com cursos tradicionais e pioneiros na região como Fisioterapia, Odontologia, Enfermagem e Medicina. Além disso, reúne cursos respeitados em diversas áreas do conhecimento, com alunos na graduação, pós-graduação lato e stricto sensu, presenciais e a distância, cursos de extensão e programas de parcerias no Brasil e no exterior. Pertence ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados. Visite: www.unicid.edu.br  e conheça o Nosso Jeito de Ensina

sábado, 2 de setembro de 2023

Palestra do Dr. Wilson Silva na ACAAPESP mobiliza liderança jovem e destaca a união na luta contra as drogas

Por Claudia Souza


No último dia 1º de setembro, a Associação dos Assessores e Articuladores Políticos do Estado de São Paulo (ACAAPESP) recebeu o Dr. Wilson Silva, psicólogo especializado em dependência química e comorbidades associadas, para uma palestra que lançou luz sobre questões cruciais da atualidade. O evento, que contou com a presença de um público diversificado, incluindo profissionais de saúde, psicólogos, líderes religiosos, advogados, militares, professores e músicos, proporcionou insights profundos sobre a juventude, dependência química e a realidade das ruas.

Durante sua apresentação, o Dr. Wilson Silva trouxe à tona um ponto crucial: a situação das pessoas vulneráveis em locais como a Cracolândia. Segundo ele, a solução vai muito além do controle e da vontade individual da sociedade. Ele enfatizou que muitos dos indivíduos que vivem nessas condições já estão com todos os aspectos mentais, físicos e emocionais comprometidos. Eles estão alheios às próprias necessidades e perspectivas, sem uma visão otimista de futuro.

O palestrante destacou que o desafio de auxiliar essas pessoas é complexo e multidimensional, envolvendo não apenas a dependência química, mas também problemas de saúde mental, desintegração social e a falta de acesso a serviços básicos e o altíssimo custo para recuperar e reintegrar de fato um dependente químico em estágio avançado. Ele enfatizou que, muitas vezes, essas pessoas não possuem mais o mesmo olhar que as pessoas sadias, tornando essencial abordagens sensíveis e estratégias de intervenção adequadas.



A palestra do Dr. Wilson Silva não apenas lançou luz sobre os desafios da juventude e do combate à dependência química, mas também levou o público a refletir sobre a necessidade de compaixão e empatia ao lidar com aqueles que estão em situações de vulnerabilidade extrema. Ele ressaltou que a abordagem deve ir além da vontade individual e envolver políticas públicas, serviços de saúde mental e assistência social para oferecer uma chance real de recuperação e reintegração à sociedade.

O Presidente da ACAAPESP, Alan Montoro, também fez questão de destacar a importância da união de todos os brasileiros no desenvolvimento de projetos sólidos para combater o problema das drogas. Montoro enfatizou a necessidade de informação e educação direcionada às crianças como uma estratégia fundamental para minimizar os efeitos dessa questão social no futuro.

"A chave para enfrentar esse desafio é a educação, especialmente dirigida às gerações mais jovens. Devemos oferecer informações claras e direcionadas, para que as crianças e os adolescentes possam tomar decisões informadas e saudáveis em suas vidas", declarou Alan Montoro.

Além disso, o Diretor Executivo da ACAAPESP, jornalista Sérgio Osicran, trouxe à tona a longa história de desafios no combate à regularização das drogas. Ele ressaltou que essas dificuldades têm sido uma constante há mais de 20 anos, quando ele próprio participou de trabalhos relacionados ao tema. Sua experiência adicionou uma dimensão histórica à discussão e sublinhou a necessidade de perseverança na busca de soluções eficazes.

Como um especialista respeitado em sua área, Dr. Wilson Silva continua a desempenhar um papel vital na conscientização e na promoção de abordagens mais eficazes para lidar com os complexos desafios da dependência química e da marginalização social. 

Contato com Dr. Wilson Silva no Instagram: https://www.instagram.com/wilson.psique/
ACAAPESP: www.acaapesp.org.br