Dados divulgados pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME) apontam que o Brasil concentrou de despesas direcionadas ao enfrentamento da atual crise um valor de R$ 505,4 bilhões. A situação resulta em uma projeção de um déficit primário do governo central de quase R$ 800 bilhões. O valor representa 11% do PIB nacional.
O documento revela, ainda, que os esforços fiscais do Brasil no enfrentamento da crise estão entre os mais altos, em termos percentuais do PIB, em relação a outros países em desenvolvimento e, inclusive, a países desenvolvidos.
De acordo com outro balanço divulgado pela Secretaria Especial de Fazenda, o esforço fiscal brasileiro já atingiu 7,3% do PIB esperado para 2020. A taxa ficou muito acima da média de 4,1% para 17 países em desenvolvimento e, também, acima da média de 30 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico/OCDE, que é de 6,3%.
O levantamento aponta que a maior parte deste esforço fiscal é referente ao pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 destinado a trabalhadores informais, desempregados e microempreendedores individuais (MEIs) de famílias de baixa renda.
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