FIQUE POR DENTRO

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

A decisão de Gilmar Mendes e a invasão das prerrogativas do Legislativo



A decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes — que restringe a legitimidade para apresentação de pedidos de impeachment de ministros do STF — provocou uma das reações mais duras do Senado nos últimos anos. E não poderia ser diferente. A medida, tomada de forma solitária, sem debate no plenário da Corte e sem consulta institucional ao Parlamento, representa um dos episódios mais graves de interferência do Judiciário sobre o Poder Legislativo desde a redemocratização.
Um ato que extrapola a jurisdição

Ao determinar que somente a Procuradoria-Geral da República pode apresentar denúncia para início de processo de impeachment de ministros do Supremo, Gilmar Mendes alterou, na prática, o funcionamento de um instrumento previsto em lei, interferindo diretamente na esfera de atuação do Senado — casa que, segundo a Constituição, detém competência exclusiva para julgar esses processos.

Não se trata apenas de uma interpretação controversa. Trata-se de uma usurpação funcional, porque redefine a forma como um poder fiscaliza o outro. É uma intervenção direta na engrenagem institucional que garante o equilíbrio entre os Três Poderes.

O Senado reagiu — e teve motivos de sobra


A coletiva de imprensa realizada pelos senadores confirmou o que muitos juristas já apontavam: a decisão monocrática atravessou o limite da razoabilidade e tocou o cerne da autonomia legislativa.

Ao exigir que o Senado dependa exclusivamente da PGR para iniciar um procedimento constitucional, Gilmar Mendes impôs ao Legislativo um “cadeado institucional” que não existe na Constituição. Transformou uma prerrogativa do Parlamento em algo condicionado à vontade de outro órgão — um movimento sem respaldo claro no texto constitucional.

Os senadores foram explícitos: a decisão representa uma invasão do Supremo sobre o Senado. Mais ainda, representa um perigoso precedente de concentração de poder no Judiciário, já criticado anteriormente em decisões que ampliaram as competências das cortes sem aprovação legislativa.

A monocracia como método


O uso recorrente de decisões monocráticas para alterar o curso de temas estruturais tornou-se marca de um desequilíbrio institucional no Brasil. O Supremo, por meio de seus ministros individualmente, passou a assumir protagonismo excessivo em matérias que exigem deliberação colegiada ou, mais importante, debate democrático no Parlamento.

Quando uma decisão individual reinterpreta competências do Senado, o problema deixa de ser jurídico e passa a ser institucional. Nenhum ministro — por mais experiente que seja — pode se sobrepor ao próprio processo democrático.

O risco para a separação dos poderes


O conflito não está no mérito do debate sobre eventual abuso em pedidos de impeachment. O ponto central é outro: a competência para decidir isso é do Legislativo, não do Supremo. Quando um ministro redefine esse espaço por ato individual, abre-se margem para que outros limites constitucionais sejam alterados da mesma forma.

Se um ato monocrático pode restringir a atuação do Senado hoje, amanhã poderá reinterpretar atribuições da Câmara, da Presidência da República ou até mesmo das assembleias estaduais. É uma distorção que compromete a essência da república.

O dever do Senado: reagir para proteger o pacto democrático


Ao anunciar medidas legislativas para restabelecer seu espaço constitucional — incluindo debates sobre PEC e novas normativas —, os senadores sinalizaram que não aceitarão a redução de suas prerrogativas.

A resposta firme do Legislativo não é apenas uma disputa política. É um ato de defesa institucional. O Senado reagiu porque, se não reagisse, deixaria de ser um Poder.

A crise desencadeada pela decisão de Gilmar Mendes não é trivial. Ela expõe um movimento crescente de hipertrofia do Judiciário e demonstra como decisões individuais podem gerar consequências que ultrapassam o campo jurídico.

O Senado, ao denunciar a invasão de suas competências, faz aquilo que a Constituição exige: defender o equilíbrio entre os poderes e impedir que qualquer autoridade — seja qual for — reescreva, sozinha, o funcionamento do Estado brasileiro.





sexta-feira, 21 de novembro de 2025

FITS 2025: Fórum Debate Transição Energética, Mobilidade Urbana e Saneamento


Evento gratuito reunirá 26 especialistas nos dias 24 e 25 de novembro, na sede da Fecomércio, no Rio de Janeiro


A 16ª edição do Fórum Global de Inovação e Tecnologia em SustentabilidadeFITS, nos dias 24 e 25 de novembro, terá a infraestrutura como tema. O evento gratuito, na sede da Fecomércio, no Flamengo, Rio de Janeiro, reunirá 26 especialistas de áreas como transição energética, transportes públicos e saneamento. As inscrições devem ser feitas no site do evento.

“Esta será a 16ª edição do FITS, reconhecido como um ambiente de incentivo à inovação e à tecnologia, com foco no processo produtivo, na competitividade e no desenvolvimento sustentável. O FITS Infraestrutura será realizado em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura), 6 (Água Potável e Saneamento), 7 (Energia Limpa e Acessível), 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), 13 (Ação contra a Mudança Global do Clima) e 17 (Parcerias e Meios de Implementação). Durante o evento, serão avaliados os cenários de cada segmento, seus desafios, perspectivas e a construção de caminhos a partir da interação entre os diversos atores que pensam e atuam em infraestrutura, sempre com foco na sustentabilidade ambiental, econômica e social”, destaca Lucia Martins, diretora executiva do FITS.

O FITS Infraestrutura conta com patrocínio da Light, Águas do Rio, Naturgy, MetrôRio e RJ Postos.


PROGRAMAÇÃO

Dia 1 - 24 de novembro

A mesa de abertura, às 14h, terá a participação de Adolpho Konder (conselheiro presidente da AGETRANSP), Antonio Carlos Vilela (vice-presidente da FIRJAN), Francis Bogossian (presidente do Clube de Engenharia do Brasil), Josier Vilar (presidente da ACRJ), Lucia Martins (diretora executiva do FITS), Miguel Fernandéz (presidente do CREA-RJ), Sydnei Menezes (presidente do CAU/RJ) e Vladimir Paschoal (conselheiro da AGENERSA). O credenciamento será iniciado às 12h, em meio a um brunch oferecido pela direção do FITS aos participantes.

A integração tarifária no transporte público é um dos principais desafios e oportunidades para melhorar a mobilidade urbana e promover a sustentabilidade nas cidades brasileiras. O tema será abordado no primeiro painel do Fórum Global de Inovação e Tecnologia em Sustentabilidade – FITS, às 15h15, reunindo especialistas do setor, como Adolpho Konder (conselheiro presidente da AGETRANSP), Ana Patrizia Lira (diretora presidente da ANPTrilhos), Edmar Luiz Fagundes de Almeida (professor e pesquisador do Instituto de Energia da PUC-Rio e presidente da IAEE), Guilherme Ramalho (presidente do MetrôRio) e Priscila Sakalem (Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade do RJ).

No contexto do FITS, os especialistas debaterão modelos de integração, desafios regulatórios, experiências de sucesso e perspectivas para o futuro, destacando a importância da colaboração entre órgãos públicos, operadores e sociedade civil para avançar na implementação de sistemas integrados e sustentáveis.

A nova modelagem de concessões no setor de transportes é um tema central para o desenvolvimento da infraestrutura e para a promoção de serviços mais eficientes e sustentáveis. No painel Transportes e a Nova Modelagem de Concessões, às 16h30, especialistas como Gilson Santos (presidente da AMEP), Pedro Bruno Barros de Souza (secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias de Minas Gerais), Glaydston Mattos Ribeiro (diretor executivo da Fundação COPPETEC), Isaque Ouverney (gerente de infraestrutura da FIRJAN), Luciana Parpinelli (diretora na VIALAGOS e VIARIO) e Vicente Loureiro (conselheiro da AGETRANSP) estarão reunidos no segundo painel do primeiro dia de programação. Os debatedores vão tratar dos desafios e oportunidades dessa nova abordagem. A modelagem de concessões busca criar contratos mais flexíveis, transparentes e alinhados às necessidades atuais das cidades e dos usuários.

Dia 2 - 25 de novembro

O segundo dia do FITS Infraestrutura terá quatro mesas de debates: Panorama do Saneamento, Desafios da Regulação do Saneamento, o Panorama da Transição Energética no Brasil e o Desafio da Regulação do Gás no Brasil.

O saneamento básico é um dos grandes desafios para o desenvolvimento sustentável no Brasil. O painel de abertura do segundo dia do FITS Infraestrutura vai reunir, às 10h, especialistas renomados para debater o tema, como Alexandre Bianchini (vice-presidente da AEGEA Saneamento), Carlos Roberto de Oliveira (diretor da ARES PCJ), Luis Paulo do Nascimento (presidente do CERHI) e Luiz Firmino (pesquisador sênior da FGV CERI).

Os principais desafios da regulação do saneamento no Brasil envolvem questões técnicas, institucionais e sociais e vão da complexidade regulatória, universalização do acesso, atração de investimentos, novas tecnologias e controle de qualidade. Esses e outros pontos estarão no debate que, a partir das 11h15, vai reunir Carlos Martins (presidente da EPAL); Carmen Petraglia (presidente da ABEA Nacional), Daniela Miranda (representante do estado do Paraná); Samuel Alves Barbi Costa (diretor da ARSAE MG) e Wanderson Santos (secretário municipal de infraestrutura do Rio de Janeiro).

O terceiro painel do dia, às 14h, vai reunir especialistas em transição energética. Os debates envolverão desde os desafios regulatórios, passando pelas oportunidades de mercado e chegando à importância de adoção de políticas públicas integradas para acelerar esse processo. Confirmadas as participações de Felipe Tenório (superintendente de regulamentação na Light); Heloísa Borges (diretora da EPE); Renata Isfer (presidente da ABIOGÀS) e Wagner Victer ( gerente executivo de programas da Petrobras).

A regulação do gás natural no Brasil é um tema central para o desenvolvimento do setor energético e para a promoção de serviços mais eficientes e sustentáveis. Esses e outros desafios estarão em discussão no quarto e último painel do segundo dia do FITS Estrutura e do evento como um todo, às 15h15. Cristina Sayão (gerente de regulação da TAG), Fernando Montera (gerente executivo de regulação de gás natural do IBP); Guilherme Souza (especialista em regulação na FIRJAN); Rogerio Manso (presidente da ATGÁS), Symone Araújo (diretora da ANP) e Vladimir Paschoal (conselheiro da AGERNESA).



Serviço

16ª edição do Fórum Global de Inovação e Tecnologia em Sustentabilidade – FITS
Datas: 24 de novembro, a partir das 14h, e 25 de novembro, a partir das 10h
Local: Sede da Fecomércio (Rua Marquês de Abrantes, 99 – Térreo, no Flamengo)


Inovações em imagem e cirurgia robótica tornam o tratamento do câncer de próstata mais preciso e menos invasivo

Prevenção e acompanhamento médico seguem essenciais, mas novas tecnologias ampliam a precisão dos exames e melhoram a recuperação dos pacientes

Imagem ilustrativa


O câncer de próstata continua sendo o segundo tipo de câncer mais frequente entre os homens em todo o mundo, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 71.730 novos casos da doença em 2024, com 17.093 óbitos registrados em 2023, o equivalente a 47 mortes por dia. A boa notícia é que os avanços tecnológicos no diagnóstico e no tratamento têm ampliado as possibilidades de detecção precoce e de cura, especialmente quando o acompanhamento médico é feito de forma regular.

Segundo especialistas, o diagnóstico precoce ainda é a principal arma contra o câncer de próstata. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a chance de cura pode chegar a 98% quando o diagnóstico e o tratamento são realizados ainda na fase inicial da doença. Os exames preventivos são recomendados para homens entre os 45 e os 50 anos de idade. Indivíduos da raça negra e aqueles com antecedentes familiares de câncer de próstata e mama devem ser acompanhados com maior atenção, visto a maior predisposição nestes grupos.

Exames de rastreamento e novas tecnologias de imagem


Os exames de PSA (antígeno prostático específico) e toque retal continuam sendo os métodos de rastreamento padrão recomendados pelas sociedades médicas para detectar alterações iniciais na próstata. No entanto, nos últimos anos, novas ferramentas diagnósticas vêm se destacando pela precisão.

Uma delas é a ressonância multiparamétrica de próstata, exame de imagem altamente detalhado que combina diferentes parâmetros de ressonância magnética para avaliar o volume, a anatomia e eventuais áreas suspeitas de câncer. “Trata-se de um exame extremamente acurado, capaz de indicar áreas suspeitas de câncer e a extensão local da doença. Além disso, auxilia e orienta o local exato onde a biópsia deve ser realizada”, explica o Dr. Antonio Corrêa Lopes Neto, urologista do Hcor. Apesar dos benefícios, o especialista ressalta que o custo elevado e a necessidade de equipamentos específicos ainda limitam o acesso a essa tecnologia em larga escala na saúde pública.

Outro avanço importante é o PET/CT com PSMA (Antígeno de Membrana Específico da Próstata), que utiliza um marcador radioativo para mapear com alta precisão as células cancerígenas em todo o corpo. O exame auxilia muito no estadiamento da doença — ou seja, para verificar se o câncer se espalhou — e para detectar recidivas após o tratamento. “O PET com PSMA permite uma visão muito mais detalhada da extensão da doença, o que ajuda a definir a melhor estratégia terapêutica para cada paciente”, explica o especialista.

Tratamentos mais precisos e recuperação mais rápida


O tratamento do câncer de próstata depende do estágio da doença. Quando o tumor está ainda localizado, a remoção cirúrgica da próstata (prostatectomia) é, na maioria das vezes, a conduta mais indicada. A cirurgia robótica tem revolucionado esse processo, oferecendo maior precisão e detalhamento das estruturas ao cirurgião, proporcionando uma maior possibilidade de redução nos índices de incontinência urinária e disfunção erétil, além de oferecer recuperação mais rápida e menor tempo de internação.

“Com o auxílio do robô, o médico tem visão ampliada e movimentos mais delicados, o que reduz o trauma cirúrgico e melhora o conforto e os resultados para o paciente”, afirma o Dr. Corrêa. A radioterapia é uma forma de tratamento que pode ser utilizada em estágio inicial ou avançado localmente e nos casos de recidiva pós-cirurgia. Equipamentos avançados de radioterapia têm permitido procedimentos com boa evolução e poucos efeitos colaterais.

Prevenção e estilo de vida

Além dos avanços tecnológicos, o acompanhamento médico regular e a adoção de hábitos saudáveis continuam sendo pilares fundamentais para a prevenção da doença. Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física regularmente e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool ajudam a reduzir os fatores de risco.

“O câncer de próstata é uma doença tratável, especialmente quando diagnosticada precocemente. O desafio é vencer o medo e o preconceito que ainda fazem muitos homens evitarem o consultório médico”, conclui o especialista do Hcor.

Conecta Brasil realiza lançamento dos aplicativos criados por jovens de Mauá



O projeto Conecta Brasil (PROAC 51166) encerra sua passagem por Mauá (SP) com o lançamento oficial dos aplicativos desenvolvidos pelos alunos durante as oficinas, celebrando o aprendizado e a criatividade dos jovens participantes. O evento acontece no dia 19 de novembro, às 8h, na E.E. Sada Umeizawa.

Durante as oficinas, jovens de 14 a 18 anos foram convidados a cocriar jogos e aplicativos educativos inspirados na cultura, história e cotidiano de sua comunidade. O projeto adota o conceito de edutainment, aprendizado por meio do entretenimento, promovendo a inclusão digital e o desenvolvimento de novas habilidades tecnológicas de forma lúdica e acessível.

“O Conecta Brasil busca promover o acesso à cultura digital e estimular competências criativas e tecnológicas essenciais para o futuro dos jovens”, destaca Mariane Lopes, responsável pelo projeto na MR2 Cultural.

A edição em Mauá integrou o ciclo de cidades contempladas pelo projeto, que também passou por Bom Sucesso de Itararé, Analândia e Descalvado, beneficiando mais de 60 jovens e resultando na criação de três aplicativos originais. Além disso, cada escola participante recebe cinco computadores doados, ampliando o legado educacional do Conecta Brasil.

“É muito gratificante apoiar um projeto que conecta cultura e tecnologia de forma tão envolvente, despertando nos jovens o interesse por Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM). Iniciativas como esta ampliam oportunidades de aprendizado e estimulam competências essenciais para o futuro, contribuindo para nossa meta global de impactar positivamente 100 mil pessoas com educação até 2030”, afirma Laura Cardoso, Coordenadora de Sustentabilidade da Indorama Ventures.

O Conecta Brasil é realizado pela MR2 Cultural, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, via Programa de Ação Cultural (ProAC ICMS), com o patrocínio da Indovinya, divisão de especialidades químicas e surfactantes da Indorama Ventures, e o apoio da Think Projetos. Em Mauá, o projeto tem parceria da E.E. Sada Umeizawa.

Serviço:
Lançamento dos aplicativos – Projeto Conecta Brasil (PROAC 51166)
Data: 19 de novembro de 2025

Horário: 8h
Local: E.E. Sada Umeizawa
Endereço: Rua Santa Rita, 56 – Vila Santa Cecília – Mauá/SP – CEP 09380-030

Sobre a Indorama Ventures

A Indorama Ventures Public Company Limited, listada na Tailândia (código Bloomberg IVL.TB), é uma das maiores produtoras de petroquímicos do mundo, com atuação global na Europa, África, Américas e Ásia-Pacífico. O portfólio da empresa abrange PET combinado, Indovinya, Indovida e fibras. Os produtos da Indorama Ventures atendem aos principais setores de bens de consumo de movimento rápido
(FMCG), agrícola, estilo de vida e automotivo, incluindo bebidas, higiene, cuidados pessoais, pneus e segurança. A Indorama Ventures tem cerca de 25.000 funcionários em todo o mundo e reportou uma receita de US$ 15,4 bilhões em 2024. A empresa está listada no Índice Dow Jones Best-In-Class.

Sobre a MR2 Cultural

Fundada em 2012, a MR2 Cultural é referência em gestão de projetos culturais e produções artísticas, oferecendo soluções completas e inovadoras. Com uma equipe altamente qualificada e profissionais especializados, a MR2 Cultural se destaca por sua atuação em leis de incentivo como PROAC, PROMAC, PRONAC, PRONAS e PRONON, garantindo o máximo de aproveitamento dos recursos disponíveis para a realização de diversos projetos culturais. Seu portfólio abrange uma ampla gama de projetos e temas, que incluem música, teatro, circo, mágica, dança, ciência, oficinas artesanais, fotografia, grafite, entre outros, com a missão de promover a diversidade cultural e artística, proporcionando experiências enriquecedoras e impactantes para o público e todos os envolvidos.

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Presidente do Sindicado dos Delegados cobra respostas do Governo Tarcísio de Freitas: "Estamos à mingua!"

JACQUELINE VALADARES - PRESIDENTE DO SINDPES



Sindicato dos Delegados aponta falta de diálogo com Derrite e cobra Tarcísio: “Estamos à míngua em SP”

Exonerado do cargo de secretário de Estado de Segurança Pública para atuar politicamente em Brasília-DF, Derrite sequer entregou a nova Lei Orgânica da Polícia Civil; outras promessas de campanha do governador também não saíram do palanque

Criticado pela falta de diálogo como relator do Projeto de Lei (PL) Antifacção - o Marco Legal do Combate ao Crime Organizado - o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) também tem sido alvo (e não de hoje) de queixas por sua atuação como secretário de Segurança Pública do Governo de São Paulo. Derrite não entregou à Polícia Civil paulista sequer a nova Lei Orgânica da instituição, antes mesmo de ser exonerado do cargo do primeiro escalão estadual para atuar politicamente na Câmara dos Deputados, em Brasília-DF.

Também não discutiu o tema com entidades representativas dos policiais, que enfrentam falta de transparência e de debate nos trabalhos, como aponta o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp). Em paralelo, a entidade cobra as promessas de campanha do governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), que, recentemente, ofereceu as Forças de Segurança de São Paulo para auxiliar em operações no Rio de Janeiro, mas não resolveu problemas históricos da Polícia Civil bandeirante.

O Sindpesp tenta, há meses, obter informações concretas sobre a nova Lei Orgânica, gestada por um Grupo de Trabalho Intersecretarial (GTI) nomeado por Derrite. Os trabalhos começaram em fevereiro de 2025 e foram prorrogados por duas oportunidades - sem qualquer publicidade.


O sindicato quer ter acesso ao teor da legislação, antes que a mesma seja encaminhada à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para deliberação. A ideia é que a matéria assegure direitos importantes e não seja uma mera reforma administrativa da Polícia Civil:

“Em São Paulo, convivemos com uma gestão que não conversa com as entidades de classe. Exemplo disso é a nova Lei Orgânica, que trata do futuro da Polícia Civil pelas próximas décadas, mas que está sendo gestada sem diálogo e transparência”, critica a presidente do Sindpesp, delegada Jacqueline Valadares.

A instituição enfrenta outros problemas, e crônicos, sob a gestão de Derrite, a exemplo da gritante desvalorização remuneratória, que agrava a evasão. Hoje, são 15 mil cargos vagos na Polícia Civil paulista de um total de 42 mil previstos - de delegados a investigadores, de escrivães a peritos criminais, só para citar algumas funções. Também falta um plano de carreira que assegure não somente a ausência de interferências políticas nas promoções, mas, sobretudo, o fim da sonegação de direitos básicos, como hora-extra, adicional por trabalho noturno e auxílio-saúde, entre outras deficiências estruturais, como destaca a presidente do Sindicato:

“Estamos à míngua, à deriva. O governador de São Paulo (Tarcísio Gomes de Freitas) ofereceu policiais ao estado do Rio de Janeiro, dias atrás, como auxílio a operações contra o crime organizado. Enquanto isso, o secretário (Guilherme) Derrite deixou o cargo e foi para Brasília, tratar de Projeto Antifacção. Como se em São Paulo estivesse tudo bem, em ordem e em dia. Como se aqui não houvesse, também, crime organizado. Só em 2025, mais de 1,4 mil servidores deixaram a Polícia Civil. Como combatemos o PCC (Primeiro Comando da Capital) assim?”, questiona Jacqueline.

A entidade sindical ainda cobra as promessas de Tarcísio, divulgadas em 2022, ainda na disputa do republicano pelo Palácio dos Bandeirantes:

“Queremos saber quando a Polícia Civil de São Paulo será realmente valorizada, ou se isso ficará para a campanha de 2026. Sem cumprir o prometido, falar em combate às organizações criminosas é, tão somente, retórica política populista. A Polícia Civil de São Paulo, hoje, vive de postagens do governador”, conclui.

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Zona Leste marca presença no concerto “Queremos Paz no Planeta” que reuniu grandes nomes da música no Memorial da América Latina

Claudya, Mila Amorim, Maria Clara Mascellani, Claudia Souza, Filó Machado,
Adylson Godoy, Silvio Brito e Felipe Machado
Créditos: Laura Furnari


Na última sexta-feira, 7 de novembro de 2025, o Memorial da América Latina foi palco de um dos eventos culturais mais marcantes do ano: o concerto “Queremos Paz no Planeta”, que reuniu grandes nomes da música brasileira e emocionou o público com uma mensagem de união e esperança.

O espetáculo, realizado no Auditório Simon Bolívar, contou com as apresentações de Adylson Godoy, Marcus Viana, Silvio Brito, Filó Machado, Claudya, Maria Clara Mascellani e Claudia Souza, artista da Zona Leste, idealizadora do projeto que vem promovendo ações culturais e reflexões públicas sobre a paz ao longo de 2025.

Além da força simbólica do tema, o evento teve um brilho internacional: o encerramento do 36º Encontro Internacional de Astronautas aconteceu no foyer do teatro, com representantes de 21 países que também subiram ao palco para uma saudação especial antes do início do concerto. Após o encerramento, os astronautas participaram do espetáculo como convidados de honra, assistindo e interagindo com os artistas no ato final — um encontro raro entre arte, ciência e humanidade.

A noite teve momentos de grande emoção, como as participações especiais apresentadas por Marcus Viana e Filó Machado, que trouxeram ao palco Mila Amorim, o guitarrista Augusto Renaut e Felipe Machado, neto de Filó.

Marcus Viana (ao centro), trouxe composições ecológicas como a nova versão de Pantanal, mostrou a sua composição "Anel Mágico" que foi cantada por Bento, um garoto de 8 anos do Coral Maestrina de Moura e junto com Mila Amorim e Augusto Rennó, encantou à todos com a canção "No Veleiro da Vida" - Créditos: Laura Furnari


 O ponto alto da apresentação foi a performance do Coral Infanto-Juvenil Maestrina Miriam de Moura, sob regência da Maestrina Marli Ferrari e do Maestro Marcelo Farado Rescki, que também comandou o Coro Masculino de Alumínio. O coro e os artistas foram acompanhados pela Orquestra Sinfônica Pop Arte Viva, sob direção do Maestro Amilson Godoy, proporcionando uma experiência sonora grandiosa e inspiradora.

O projeto “Queremos Paz no Planeta” é uma iniciativa que nasceu em São Paulo, com forte atuação da Zona Leste, envolvendo artistas, escolas, instituições e comunidades em ações culturais que promovem a paz, o respeito e a convivência solidária. O concerto encerra um ciclo de atividades realizadas ao longo do ano, incluindo encontros e apresentações públicas.

Claudia Souza, que também é jornalista visitou a instituição Instituto Foganholi, dias antes do evento, para conversar sobre bem estar  e paz, no qual teve a oportunidade de registrar os pareceres dos Pajés Denilza Kaimbé e Joel Kariú Kariri.  




Para quem acompanhou, ficou a certeza de que a música pode ser um poderoso instrumento de transformação social — e que a Zona Leste, mais uma vez, mostrou seu talento e engajamento em causas que ultrapassam fronteiras.

🕊️ “Queremos Paz no Planeta” — um grito de arte, amor e esperança vindo do coração de São Paulo para o mundo.

Assista o evento na íntegra:

domingo, 2 de novembro de 2025

Concerto “Queremos Paz no Planeta” comemora a vinda dos Astronautas do 36º Planetary Congress da ASE

Orquestra Sinfônica Pop Arte Viva sob regência do Maestro Amilson Godoy 


O concerto “Queremos Paz no Planeta” será realizado no dia 7 de novembro de 2025, sexta-feira, às 20h, no Memorial da América Latina, em São Paulo. O espetáculo promete emocionar o público com uma programação repleta de grandes nomes da música brasileira e uma mensagem de paz, união e sustentabilidade. A Orquestra Sinfônica Pop Arte Viva, sob a regência do Maestro Amilson Godoy, completa o espetáculo com arranjos sofisticados que mesclam música clássica e popular, tornando a experiência única.
 

Artistas e Orquestra de Renome Nacional

O concerto contará com apresentações de artistas consagrados, como:

Marcus Viana e Adylson Godoy - Foto: Divulgação

Marcus Viana – multi-instrumentista e compositor renomado, conhecido por suas fusões de música clássica e popular brasileira.
 
Adylson Godoy – pianista e compositor, com reconhecimento nacional e internacional, contribui para a diversidade e qualidade artística do evento.


Claudya e Silvio Brito - Foto: Divulgação


Claudya – ícone da música brasileira, com décadas de carreira e reconhecida por sua voz marcante e presença de palco envolvente.

Silvio Brito – cantor, compositor e apresentador do Programa "Silvio Brito em Família" na Rede Vida, com vasta trajetória na música popular brasileira, destaque em programas de TV e palcos pelo país.  

Maria Clara Mascellani e Filó Machado - Foto: Divulgação


Maria Clara Mascellani – integrante do elenco do Maestro João Carlos Martins, iniciou sua carreira no Coral Infanto Juvenil, hoje Maestrina Miriam de Moura, trazendo um reencontro emocionante com suas origens musicais.

Filó Machado – cantor e instrumentista que retorna de turnê internacional para participar do evento, reconhecido pelo virtuosismo e interpretação singular.

Claudia Souza e Coro Masculino de Alumínio - CMA - Foto: Divulgação

 Claudia Souza – Intérprete e coautora do Tema "Queremos Paz no Planeta" junto com Adylson Godoy.
O concerto também contará com a participação do Coral Infanto Juvenil Maestrina Miriam de Moura, dirigido pela Maestrina Marli Ferrari, e do Coro Masculino de Alumínio - CMA, sob regência do Maestro Marcelo Faraldo Recski, reforçando a ideia de integração entre gerações e o poder da música como agente transformador.

Coral Infantil Maestrina Miriam de Moura sob direção da Maestrina Marli Ferrari (ao centro)
Foto: Divulgação




Arte, Ciência e Exploração Espacial



Antes do concerto, o público será recebido no foyer do teatro para o lançamento da obra “Visões do Cosmos”, promovida pela Association of Space Explorers (ASE). A ASE é a única associação profissional de astronautas do mundo, reunindo exploradores espaciais de diferentes nações e promovendo o diálogo global sobre cooperação internacional, segurança em voos tripulados, compatibilidade em órbita e prevenção de impactos de asteroides.

A instituição organiza regularmente encontros e congressos técnicos com astronautas, cosmonautas e taikonautas, incentivando a inovação científica e inspirando novas gerações a se interessarem por ciência, tecnologia e exploração espacial. Em 2025, o 36º Planetary Congress da ASE será realizado no Brasil, reunindo astronautas de todo o planeta para uma semana de atividades científicas, educacionais e culturais.

O concerto “Queremos Paz no Planeta” simboliza a integração entre arte, ciência e espiritualidade, levando ao público uma mensagem de harmonia, sustentabilidade e cooperação mundial, fortalecendo valores essenciais para um futuro mais consciente e unido.

🌎 Serviço

Evento: Concerto “Queremos Paz no Planeta”
Data: 07 de novembro de 2025 (sexta-feira)
Horário: 20h
Local: Memorial da América Latina – Auditório Simón Bolívar
Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda, São Paulo – SP
Entrada: Gratuita – sujeita à disponibilidade e confirmação de ingresso  AQUI

🌐 Mais informações
Site oficial do projeto: www.queremospaznoplaneta.com.br
Redes sociais do projeto: @queremospaznoplaneta


Association of Space Explorers (ASE): www.spaceexplorers.org

O concerto é realizado pela UPARS – União Paulista de Artistas Seniores, com fomento do Ministério da Cultura via Emenda Parlamentar do Senador Astronauta Marcos Pontes, reforçando a importância da cultura, ciência e educação como pilares de transformação social.

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Crianças especiais em risco: negligência no transporte escolar de Guarulhos

Por: Claudia Souza


Pais e responsáveis por alunos com deficiência de Guarulhos vêm denunciando, em volume crescente, falhas graves no serviço de transporte escolar fornecido por empresas contratadas pela prefeitura. Relatos reunidos em plataformas públicas de reclamação, publicações em redes sociais e vídeos amadores descrevem atrasos recorrentes, veículos em condições precárias, trocas frequentes de monitores e episódios que caracterizam negligência — situações que colocam em risco a integridade física e emocional de crianças e adolescentes com necessidades especiais.


O que os pais estão relatando


Em registros públicos e plataformas de reclamação (mensagens, prints, vídeos), responsáveis relatam problemas sistemáticos:

Atrasos e faltas de veículo: alunos que perdem aulas por falta de transporte; recolhimento tardio, sem aviso.

Troca constante de monitores e motoristas: familiares destacam a fragilidade afetiva para crianças com autismo e outras deficiências quando não há equipe fixa.

Veículos sem condições: relatos sobre vans com manutenção precária, cadeira de rodas mal fixada ou equipamentos de acessibilidade inoperantes.

Falta de preparo técnico: monitores sem capacitação específica para lidar com episódios de crise ou necessidades de saúde dos alunos.

Comunicação deficiente: ausência de retorno da empresa e da Secretaria de Educação diante de incidentes.

Os relatos têm se repetido em posts com datas e horários, o que aponta para um problema estrutural e não apenas casos isolados.


    







Histórico contratual e perfil do prestador






A Prefeitura de Guarulhos terceiriza parte do serviço de transporte escolar e contrata operadores privados para atender rotas regulares e especiais — incluindo alunos com deficiência. Uma das empresas envolvidas, atuante na região metropolitana, figura em registros de concorrências e listas de prestadores de serviço para transporte.

Contratos públicos devem, por regra, prever exigências técnicas (capacitação de motoristas, equipamentos de acessibilidade, relatórios periódicos) e mecanismos de fiscalização. Nas reclamações reunidas, responsáveis seguem questionando se tais cláusulas estão sendo cumpridas e como é feita a fiscalização in loco.



Impacto sobre crianças com deficiência


O transporte escolar para alunos com deficiência não é um serviço comum: ele envolve garantir direitos básicos — integridade física, direito à educação, acessibilidade e dignidade. A rotatividade de profissionais, a falta de treinamento e a precariedade da frota afetam diretamente a rotina escolar e o desenvolvimento dessas crianças:

Perda de rotina: especialmente prejudicial para crianças autistas que dependem de previsibilidade.

Risco físico: falhas na fixação de cadeiras, ausência de cintos de segurança, portas e rampas com defeito.

Estresse emocional: mudanças abruptas de monitores e tratamento inadequado aumentam a ansiedade.



A responsabilidade dos contratos públicos


Contratos administrativos existem para transformar recursos públicos em serviços de qualidade. Quando o objeto envolve proteção de direitos, como a educação inclusiva, os contratos devem conter: indicadores de desempenho, cláusulas de capacitação contínua, previsão de equipe fixa, penalidades claras e critérios de rescisão.

A administração pública, além de contratar, tem o dever de fiscalizar e de proteger: isso significa inspeções regulares, relatórios públicos e aplicação de sanções quando necessário. Reclamações persistentes sem respostas efetivas indicam falhas na governança do contrato.



O que dizem especialistas:



Advogados de direito público: destacam que a omissão na fiscalização pode configurar improbidade administrativa quando há comprovação de prejuízo ao direito à educação.

Educadores especializados: afirmam que a rotatividade de cuidadores compromete a adaptação do aluno.

Engenheiros de segurança veicular: lembram que manutenção preventiva é condição básica e não um diferencial.


Provas e documentação — como as famílias podem se organizar


Para transformar relatos em reclamações formalizadas e eficientemente investigáveis, orientamos os pais a:

Documentar tudo: guardar horários, mensagens, nomes de motoristas/monitores, fotos dos veículos, vídeos curtos dos acontecimentos e relatos assinados por testemunhas.

Registrar reclamação formal: protocolar na Secretaria Municipal de Educação e na Ouvidoria da Prefeitura; pedir número do protocolo.

Usar plataformas oficiais: registrar no ReclameAqui (quando aplicável), Consumidor.gov.br (se a empresa for participante) e Fala.BR (plataforma unificada de ouvidorias do governo federal) para ter registro público da reclamação.

Buscar o Ministério Público e a Defensoria Pública: se houver indícios de negligência grave ou reiterada, pedir atuação do MP para medidas coletivas.

Exigir informações por LAI: solicitar (via Lei de Acesso à Informação) cópia do contrato, aditivos, relatórios de fiscalização e comprovantes de pagamento.


Cabe à Prefeitura:


Publicar integralmente os contratos e aditivos relacionados ao transporte escolar, com dados consolidados: valor por rota, vigência, número de veículos, indicadores de desempenho e relatórios de fiscalização.

Estabelecer indicadores mínimos ligados a pagamentos (pontualidade, manutenção, equipe fixa, capacitação específica).

Criar fiscalização independente e relatórios públicos periódicos.

Instaurar canal de resposta rápida para ocorrências envolvendo alunos com deficiência (plantão 24h da Educação e linha direta com Ouvidoria).

Treinamento contínuo: exigir comprovação periódica de capacitação dos motoristas e monitores para atendimento especializado.

Se você é pai ou mãe de aluno com deficiência e teve problemas com o transporte escolar, compartilhe sua experiência com a nossa redação (jornalportaleste@gmail.com) e envie provas (prints, fotos, vídeos) para que possamos consolidar denúncias e cobrar esclarecimentos oficiais.

Esta matéria foi produzida com base em relatos públicos de pais e instituições de reclamação, redes sociais e arquivos relacionados ao tema. Procuramos a Prefeitura de Guarulhos e a empresa prestadora, mas não obtivemos nenhuma resposta.


Veja também a matéria publicada na manhã de hoje (31/10) na Rede Globo

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

CPMI do INSS pega fogo: governistas barram prisão e convocação de aliados de Lula!


A sessão desta quinta-feira da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS foi marcada por novos depoimentos, votações polêmicas e embates entre governistas e oposição.

Durante a reunião, os parlamentares ouviram o depoimento de Cícero Marcelino de Souza Santos, apontado como prestador de serviços da Conafer. Ele admitiu ter aberto diversas empresas para atender a entidade, mas afirmou não ter vínculo formal com ela. Documentos apresentados à CPMI, porém, indicam que empresas ligadas a ele e à sua esposa movimentaram grandes valores associados a contratos da Conafer.

Além do depoimento, a CPMI votou uma série de requerimentos. Entre os mais polêmicos, os governistas barraram a convocação de Frei Chico, irmão do presidente Lula e vice-presidente do Sindnapi, por 19 votos a 11, e rejeitaram o pedido de prisão preventiva de Milton Baptista, presidente do Sindnapi, por 18 votos a 13.

Outros requerimentos – como os de quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-ministro Carlos Lupi – foram retirados da pauta após acordo entre os líderes partidários.

Por outro lado, os parlamentares aprovaram:


A quebra de sigilo de empresas suspeitas de envolvimento nos contratos investigados;

As convocações de Alan Santos, diretor da Dataprev; Lenilson Queiroz, ouvidor do INSS; e Philipe Roters Coutinho, ex-agente da Polícia Federal.

Também foi aprovado o envio de recomendações à CGU e ao STF para afastamento de dirigentes de sindicatos e empresas envolvidos nos casos em apuração.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, fez duras críticas à Advocacia-Geral da União (AGU), acusando-a de defender no STF a continuidade dos descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas. Segundo Viana, a postura da AGU “abre brechas para que autoridades escapem da responsabilização”.

Ele reafirmou que a CPMI seguirá investigando quem realmente se beneficiou com o esquema de descontos fraudulentos e que o relatório final trará provas robustas e nomes de responsáveis.

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Sarau 60+ do Itaquerendo Folia celebra a vida e a arte no Espaço Viva Arouche com homenagem ao Maestro Adylson Godoy



No último domingo, 12 de outubro de 2025, o Espaço Viva Arouche, no centro de São Paulo, foi palco de uma tarde repleta de emoção, música e homenagens durante o Sarau 60+ do Itaquerendo Folia. O encontro reuniu artistas, intelectuais e representantes da cultura paulistana em um evento que valorizou a trajetória de quem ajudou a construir a história musical e artística do país.

O homenageado da noite foi o pianista e maestro Adylson Godoy, ícone da música brasileira, reverenciado por sua carreira brilhante e influência nas gerações seguintes de músicos. Com sua presença carismática e talento inconfundível, Godoy encantou o público em momentos de pura emoção ao piano.

O Buffet ficou por conta da Chef Ruth Ameida, que serviu um Petit Fours regado à famosa "Cajuína", bebida tradicional da casa.

Entre as apresentações, destacaram-se as cantoras Jane Lopes, Alexandra Mota e Claudia Souza, que levaram ao palco interpretações marcantes e cheias de sensibilidade. Além de cantora, Alexandra Mota é autora do livro “Várias Formas do Enfermeiro Trabalhar Fora do Hospital”, obra que reflete sua trajetória multifacetada entre a arte e a área da saúde.

O presidente do Itaquerendo Folia, o escritor J. Ivo, emocionou-se ao lado do jornalista Maurício Coutinho, ao falar sobre o significado do evento.

“Homenagear em vida é um gesto de amor e respeito. Essas pessoas merecem nosso aplauso e reconhecimento agora, enquanto podem sentir o carinho do público”, afirmou J. Ivo, sob aplausos calorosos.

A anfitriã e gestora do Espaço Viva Arouche, Luciene Weiland, também teve um papel especial na noite. Além de contar um pouco sobre a história e o propósito do espaço — que se tornou um importante ponto de encontro cultural no coração de São Paulo —, Luciene mostrou seu talento como cantora em um improviso acompanhado ao piano pelo Maestro Adylson Godoy, criando um dos momentos mais emocionantes do sarau.

O Sarau 60+ vem se firmando como uma ação de valorização da maturidade criativa, promovendo a integração entre gerações e dando visibilidade a artistas seniores. O evento terminou em clima de confraternização, com o público compartilhando abraços, sorrisos e a certeza de que celebrar a vida e a arte é o melhor caminho para manter viva a cultura brasileira.

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

INSTITUTO FOGANHOLI DÁ DICAS DE COMO CUIDAR DOS PULMÕES




Bronquite: Cuide dos seus Pulmões! 

A bronquite é a inflamação dos brônquios, os canais que levam o ar até os pulmões. Pode ser aguda (normalmente causada por infecções) ou crônica (associada ao tabagismo, poluição e outras condições respiratórias).

👉 Por que é importante tratar a bronquite?
Evita crises de tosse e falta de ar
Reduz o risco de pneumonia e outras infecções
Melhora a qualidade de vida e o sono
Protege a saúde dos pulmões a longo prazo

⚠️ Sintomas comuns:
Tosse persistente (com ou sem catarro)
Falta de ar
Chiado no peito
Cansaço frequente

🧪 Exames importantes para diagnóstico e acompanhamento:
✔️ Espirometria – avalia a função pulmonar
✔️ Radiografia de tórax – identifica inflamações e infecções
✔️ Exames de sangue – ajudam a detectar infecções
✔️ Testes de alergia – quando há suspeita de bronquite alérgica

✨ Prevenir é essencial: evite fumar, mantenha ambientes ventilados, lave bem as mãos, vacine-se contra a gripe e faça acompanhamento médico regular.

➡️ No Instituto Foganholi você encontra exames acessíveis e atendimento para cuidar da sua saúde respiratória.

(11) 4748-3378 / (11) 95920-8501 (WhatsApp)
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#Bronquite #SaudeRespiratoria #InstitutoFoganholi #Prevencao #CuidarÉViver



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Que tal uma massagem para ativar a circulação?






sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Grupo GR promove mutirão de empregos neste sábado



Neste sábado 27/9, o Grupo GR promove um mutirão de empregos na sede da empresa – Rua Frei Caneca, 71, próximo do metrô Higienópolis – e no polo de atendimento da zona sul – Avenida Mário Lopes Leão, 406, Santo Amaro. Na ocasião, serão oferecidas vagas para vigilante, controlador de acesso, auxiliar de limpeza, vigia, porteiro, auxiliar de serviços gerais, auxiliar de manutenção, mensageiro e recepcionista.

Os interessados devem comparecer entre às 8h30 e 11h30, na sede da Frei Caneca, e das 9 às 13 horas, no Polo da zona sul, munidos de documentos pessoais. Os processos seletivos do Grupo GR são gratuitos e todas as vagas para o regime CLT. Mais informações sobre oportunidades de emprego podem ser obtidas pelo site www.grupogr.com.br, no ícone Trabalhe Conosco.



Sobre o Grupo GR

O Grupo GR é referência nacional na prestação de serviços especializados de Segurança Patrimonial, Portaria, Controle de Acesso, Bombeiro Civil, Recepção, Limpeza, Segurança Eletrônica e atende condomínios (residenciais e comerciais), indústrias, hospitais, shopping centers, instituições de ensino, sites logísticos, redes de lojas, construtoras, facilities e empresas de vários segmentos em todo o Brasil. Atuante no mercado desde 1992, possui sede na capital paulista.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

O significado da possível prisão de um ex-presidente




A possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro não se limita ao aspecto jurídico. O debate envolve o respeito às garantias constitucionais, a percepção internacional sobre o Brasil e até a credibilidade do país no mercado global.

Do ponto de vista constitucional, o desafio é assegurar que o processo respeite pilares como a presunção de inocência, o devido processo legal e a imparcialidade judicial. Em democracias maduras, a responsabilização de ex-chefes de Estado deve ocorrer sem ceder a pressões políticas ou à espetacularização midiática. Caso contrário, corre-se o risco de enfraquecer o próprio Estado de Direito.

Sob a ótica internacional, a prisão de ex-presidentes costuma gerar cautela. Mais do que a legalidade, pesa a simbologia, parceiros estrangeiros interpretam tais decisões como sinais de instabilidade institucional. Isso repercute diretamente em diplomacia, investimentos e confiança externa. Estados Unidos e União Europeia acompanham de perto porque sabem que previsibilidade jurídica é condição essencial para negócios e cooperação.


Nesse cenário, a questão não é apenas se Bolsonaro deve ou não ser preso, mas como o processo será conduzido. Se respeitar estritamente a Constituição e padrões internacionais, reforçará a democracia. Se for marcado por pressões políticas, poderá custar caro à credibilidade do Brasil.

O que está em jogo vai além de um ex-presidente, é a imagem de um país capaz ou não de aplicar a lei sem comprometer sua legitimidade constitucional e sua estabilidade internacional.





Por Francisco Nascimento, professor de Direito Constitucional e Internacional da Estácio.

Francisco Nascimento, professor de Direito Constitucional e Internacional da Estácio
Foto de divulgação.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

O Apagão da Democracia: Senado desliga luzes para calar parlamentares da direita

Senadores resistem na escuridão

    
    Em um episódio vergonhoso para a história do Senado Federal, um ato autoritário e sem precedentes foi protagonizado pela presidência da Casa ao ordenar o desligamento das luzes do plenário durante uma transmissão ao vivo feita por senadores que protestavam contra a inércia do senador Davi Alcolumbre. O motivo da manifestação? A recusa sistemática de Alcolumbre em pautar os pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

    O que deveria ser um espaço sagrado da democracia — a tribuna parlamentar — foi transformado em palco de censura institucional. A ordem de desligar as luzes, claramente direcionada a silenciar uma manifestação legítima de senadores da oposição, é um escárnio à liberdade de expressão e uma afronta direta à população que esses parlamentares representam.

    Mesmo diante das trevas impostas pelo comando do Senado, os senadores seguiram firmes, com câmeras e luzes improvisadas, conduzindo a super live que já mobilizava milhares de brasileiros atentos aos graves abusos cometidos por figuras togadas que se julgam acima da Constituição. O senador Magno Malta, um dos participantes da transmissão, foi direto ao ponto: “Se estivéssemos aqui defendendo o ministro, as luzes estariam acesas. Mas como se trata de uma live da direita, sobre as arbitrariedades de Alexandre de Moraes, tentam nos calar na escuridão.”

    Essa frase sintetiza a gravidade do momento. O Senado brasileiro, que deveria ser um bastião da pluralidade de ideias e da defesa do Estado Democrático de Direito, tem se transformado em cúmplice da perseguição política, da censura e do silêncio seletivo. A presidência da Casa, ao invés de garantir o livre debate, escolheu o caminho mais mesquinho e antidemocrático: desligar as luzes, como quem tenta apagar uma chama que insiste em iluminar os abusos do poder.


 

É preciso dizer com todas as letras: o ato de apagar as luzes do plenário durante uma manifestação de senadores é simbólico — e sinistro. Representa o apagão institucional que vivemos. Quando aqueles que deveriam ser guardiões da democracia preferem a sombra do silêncio à luz da verdade, não estamos diante apenas de uma omissão, mas de um conluio.

    O presidente do Senado deve explicações à Nação. O Senado não é propriedade de Davi Alcolumbre nem está a serviço de proteger ministros acusados de ultrapassar os limites constitucionais. A Casa pertence ao povo brasileiro e deve zelar pela transparência, pelo debate público e pela defesa da legalidade.

    A tentativa de apagar uma live não apagará a indignação crescente da sociedade. Pelo contrário: a imagem dos senadores falando no escuro, com a luz das câmeras como única fonte de resistência, entra para a história como símbolo da coragem diante da covardia e da luz diante das trevas institucionais.

    Não há mais espaço para neutralidade cúmplice. Ou se está ao lado da democracia e da Constituição, ou se está ao lado dos que pretendem governar o país à base de mordaça, censura e escuridão. O Senado precisa escolher de que lado da história quer estar — antes que reste apenas o breu.


Por: Claudia Souza









sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Sistema previdenciário: um vazamento silencioso - Marco Bertaiolli



    *Marco Bertaiolli


    O sistema previdenciário, que deveria ser um pilar de proteção social para aqueles que dedicaram sua vida ao trabalho, tem revelado fragilidades preocupantes. Entre elas, destaca-se o modelo de descontos em folha de pagamento, originalmente concebido como um instrumento para facilitar o acesso ao crédito com maior segurança e menores taxas de juros. Contudo, na prática, essa modalidade tem se convertido em um mecanismo que, inadvertidamente, compromete a dignidade e o sustento dos aposentados, especialmente daqueles em idade avançada. Um cenário alarmante de falhas e irregularidades.

    Essa é uma das tristes constatações da Auditoria Extraordinária realizada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, da qual fui relator enquanto Conselheiro da egrégia Corte, que examinou detalhadamente os 219 Institutos de Previdência do Estado. O resultado do exaustivo trabalho dos servidores do Tribunal expõe não apenas vulnerabilidades administrativas, mas também evidenciam a grave exposição dos aposentados a práticas que comprometem sua segurança financeira e dignidade, exigindo, com máxima urgência, medidas corretivas contundentes.

    Só no mês de dezembro de 2024, os 218 Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) do Estado e a SPPrev descontaram a quantia de R$ 519 milhões de pensionistas e aposentados. Mas apenas 105 dos RPPS possuem meios formais que lastreiam esses descontos, expondo uma extrema frouxidão legal.
    
    Da mesma forma, das 845 entidades consignatárias auditadas nesse trabalho do TCESP, só um pouco mais da metade (57,17%) possui todas as autorizações para os descontos em folha de pagamento dos aposentados ou pensionistas. Ou seja, há uma boa fração do universo de 727 mil pensionistas e aposentados do Estado de São Paulo, sob os RPPS e a SPPrev, sendo atingida por um vazamento silencioso e tóxico.

    A ampliação indiscriminada da autorização para descontos em folha, que ultrapassou o âmbito das instituições financeiras e bancos, inclui hoje associações, sindicatos, planos de saúde, convênios odontológicos e múltiplos outros convênios. Essa falta de controle e transparência agrava a vulnerabilidade dos aposentados, colocando-os à mercê de débitos que muitas vezes desconhecem ou não consentiram.

    O cenário se torna ainda mais preocupante ao considerarmos os beneficiários em idade avançada — acima de 80 anos — que enfrentam limitações naturais para acompanhar o universo digital, checar seus contracheques e identificar as razões de cada desconto. Pequenos valores, muitas vezes inferiores a R$ 20 ou R$ 30, são descontados de maneira contínua, dificultando sua percepção e, consequentemente, a tomada de providências. A repetição desses débitos resulta em significativa redução da renda mensal, impactando diretamente na qualidade de vida do aposentado.

    Ademais, muitos desses beneficiários carecem de condições físicas, cognitivas ou mesmo de mobilidade para formalizar reclamações ou esclarecer dúvidas acerca dos descontos realizados. A inexistência de canais eficazes de ouvidoria e atendimento, ativos e acessíveis, nas instituições de Previdência reforça a sensação de desamparo e aumenta o risco de perpetuação dessas práticas lesivas.

    Diante dessa realidade, impõe-se uma reflexão crítica acerca do modelo vigente: será que o atual sistema de descontos em folha realmente lhes presta serviço, ou representa, na prática, uma fonte de prejuízo e insegurança?

    A minha recomendação é a adoção da autenticação biométrica como requisito mínimo de segurança e validação das transações. Essa medida poderia fortalecer o controle individual do aposentado sobre suas finanças, reduzindo a ocorrência de fraudes e prevenindo autorizações indevidas por terceiros, que chegam a contrair empréstimos ou contratar serviços em nome do beneficiário sem o seu consentimento.

    Essa auditoria do TCESP, inédita em escopo e profundidade, com a participação de 226 servidores do Tribunal que auditaram, in loco, todos os RPPSs ativos no Estado, é um ponto de inflexão na forma como se fiscalizam os regimes próprios de Previdência.

    É imperativo, portanto, que o sistema previdenciário seja revisado e aprimorado, colocando-se em primeiro plano a proteção dos direitos e da dignidade dos aposentados, assegurando-lhes transparência, segurança e respeito. O compromisso institucional deve ser firme e inequívoco na defesa daqueles que, ao longo de sua vida, contribuíram para o desenvolvimento social e econômico do país.

    É Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Em 30 de junho, auditores fiscais federais agropecuários celebram 25 anos em defesa da saúde pública, dos alimentos saudáveis e do agro nacional



Com atuação estratégica, profissionais comemoram conquistas e projetam o futuro da carreira

Na próxima segunda-feira (30), a carreira dos auditores fiscais federais agropecuários completa 25 anos. Esses profissionais estão estrategicamente distribuídos no campo, em portos, aeroportos, fronteiras, frigoríficos e laboratórios oficiais, garantindo a sanidade animal e vegetal, a qualidade e segurança dos alimentos consumidos pela população brasileira. Nesta data, além de um importante e rigoroso trabalho a ser celebrado, também há grandes desafios, como a manutenção do Brasil como grande potência exportadora mundial, reconhecida por mais de 300 países.

Criada para unificar e qualificar a fiscalização agropecuária nacional, a carreira reúne profissionais altamente especializados: engenheiros agrônomos, médicos veterinários, farmacêuticos, químicos e zootecnistas. Selecionados por concurso público, eles têm estabilidade profissional e respaldo do Estado para o exercício de atividades típicas de polícia administrativa.

“O papel dos auditores fiscais agropecuários é essencial para a soberania alimentar do país e para a reputação internacional do agronegócio brasileiro. A confiança dos mercados no nosso sistema sanitário passa, necessariamente, pelo trabalho técnico e independente desses servidores”, afirma Janus Pablo Macedo, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical).




Apesar da importância da carreira, os desafios enfrentados pelos auditores fiscais federais agropecuários são crescentes. Hoje, cerca de 2.300 servidores estão distribuídos em todo o território nacional, atuando ao longo de toda a cadeia produtiva: da produção rural ao comércio exterior, passando pela vigilância agropecuária, certificações e inspeção de produtos de origem animal e vegetal. Porém, há um déficit de 1.350 profissionais, que poderá ser minimizado com a convocação dos aprovados no Concurso Público Unificado (CNU), realizado no ano passado pelo Governo Federal. Mesmo assim, a situação ainda é preocupante, já que esse efetivo não será capaz de atender a demanda.

Além disso, há falta de estrutura básica, como veículos, sistemas digitais e equipamentos adequados para atuação profissional. Pressões externas e riscos à segurança em áreas remotas e sensíveis também estão entre os desafios dos profissionais da carreira e é por isso que eles alertam para as tentativas de privatização de atividades típicas de Estado, como as inspeções ante mortem e post mortem de animais destinados ao abate, plano já denunciado junto ao Ministério Público Federal por colocar em risco a saúde pública e a credibilidade internacional do país.



“O Brasil, que permaneceu como único grande exportador de carne de frango livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, só registrou o primeiro caso em granja comercial muito tempo depois de outros países. Isso só foi possível graças à estrutura técnica robusta e à atuação ágil e isenta dos auditores fiscais agropecuários, que lideraram os esforços de contenção da doença. Esse episódio reforça o papel estratégico da carreira na prevenção e controle de pragas e doenças com potencial devastador para o setor produtivo”, destacou Macedo.

Outro grande pleito do Anffa Sindical neste ano é a aprovação do PL 3179/2024, que prevê a reativação do Fundo Federal de Defesa Agropecuária e institui medidas para valorização da carreira, como indenização por trabalho em dias de folga e a possibilidade de banco de horas. A ideia é que o recurso excedente seja custeado por meio de taxas, cujo setor produtivo deve arcar, e a expectativa é que o texto seja avaliado pelo Congresso Nacional nos próximos meses.




Olhar para o futuro


Em outubro, o município de Bento Gonçalves (RS) sediará o Congresso Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Conaffa), principal fórum de discussão sobre o futuro da carreira. Modernização da fiscalização, inovação tecnológica, valorização institucional e fortalecimento das estruturas do Estado estarão entre os temas centrais do evento, que também marcará os 25 anos da carreira com um olhar estratégico para os próximos desafios.


“Ao completar um quarto de século, a carreira dos auditores fiscais federais agropecuários reafirma seu compromisso com a saúde da população, com a excelência técnica e com a defesa do interesse público. É tempo de celebrar conquistas, valorizar quem sustenta o sistema de defesa agropecuária do país e seguir mobilizados para enfrentar os desafios que ainda virão”, destacou Macedo.