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sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Crianças especiais em risco: negligência no transporte escolar de Guarulhos

Por: Claudia Souza


Pais e responsáveis por alunos com deficiência de Guarulhos vêm denunciando, em volume crescente, falhas graves no serviço de transporte escolar fornecido por empresas contratadas pela prefeitura. Relatos reunidos em plataformas públicas de reclamação, publicações em redes sociais e vídeos amadores descrevem atrasos recorrentes, veículos em condições precárias, trocas frequentes de monitores e episódios que caracterizam negligência — situações que colocam em risco a integridade física e emocional de crianças e adolescentes com necessidades especiais.


O que os pais estão relatando


Em registros públicos e plataformas de reclamação (mensagens, prints, vídeos), responsáveis relatam problemas sistemáticos:

Atrasos e faltas de veículo: alunos que perdem aulas por falta de transporte; recolhimento tardio, sem aviso.

Troca constante de monitores e motoristas: familiares destacam a fragilidade afetiva para crianças com autismo e outras deficiências quando não há equipe fixa.

Veículos sem condições: relatos sobre vans com manutenção precária, cadeira de rodas mal fixada ou equipamentos de acessibilidade inoperantes.

Falta de preparo técnico: monitores sem capacitação específica para lidar com episódios de crise ou necessidades de saúde dos alunos.

Comunicação deficiente: ausência de retorno da empresa e da Secretaria de Educação diante de incidentes.

Os relatos têm se repetido em posts com datas e horários, o que aponta para um problema estrutural e não apenas casos isolados.


    







Histórico contratual e perfil do prestador






A Prefeitura de Guarulhos terceiriza parte do serviço de transporte escolar e contrata operadores privados para atender rotas regulares e especiais — incluindo alunos com deficiência. Uma das empresas envolvidas, atuante na região metropolitana, figura em registros de concorrências e listas de prestadores de serviço para transporte.

Contratos públicos devem, por regra, prever exigências técnicas (capacitação de motoristas, equipamentos de acessibilidade, relatórios periódicos) e mecanismos de fiscalização. Nas reclamações reunidas, responsáveis seguem questionando se tais cláusulas estão sendo cumpridas e como é feita a fiscalização in loco.



Impacto sobre crianças com deficiência


O transporte escolar para alunos com deficiência não é um serviço comum: ele envolve garantir direitos básicos — integridade física, direito à educação, acessibilidade e dignidade. A rotatividade de profissionais, a falta de treinamento e a precariedade da frota afetam diretamente a rotina escolar e o desenvolvimento dessas crianças:

Perda de rotina: especialmente prejudicial para crianças autistas que dependem de previsibilidade.

Risco físico: falhas na fixação de cadeiras, ausência de cintos de segurança, portas e rampas com defeito.

Estresse emocional: mudanças abruptas de monitores e tratamento inadequado aumentam a ansiedade.



A responsabilidade dos contratos públicos


Contratos administrativos existem para transformar recursos públicos em serviços de qualidade. Quando o objeto envolve proteção de direitos, como a educação inclusiva, os contratos devem conter: indicadores de desempenho, cláusulas de capacitação contínua, previsão de equipe fixa, penalidades claras e critérios de rescisão.

A administração pública, além de contratar, tem o dever de fiscalizar e de proteger: isso significa inspeções regulares, relatórios públicos e aplicação de sanções quando necessário. Reclamações persistentes sem respostas efetivas indicam falhas na governança do contrato.



O que dizem especialistas:



Advogados de direito público: destacam que a omissão na fiscalização pode configurar improbidade administrativa quando há comprovação de prejuízo ao direito à educação.

Educadores especializados: afirmam que a rotatividade de cuidadores compromete a adaptação do aluno.

Engenheiros de segurança veicular: lembram que manutenção preventiva é condição básica e não um diferencial.


Provas e documentação — como as famílias podem se organizar


Para transformar relatos em reclamações formalizadas e eficientemente investigáveis, orientamos os pais a:

Documentar tudo: guardar horários, mensagens, nomes de motoristas/monitores, fotos dos veículos, vídeos curtos dos acontecimentos e relatos assinados por testemunhas.

Registrar reclamação formal: protocolar na Secretaria Municipal de Educação e na Ouvidoria da Prefeitura; pedir número do protocolo.

Usar plataformas oficiais: registrar no ReclameAqui (quando aplicável), Consumidor.gov.br (se a empresa for participante) e Fala.BR (plataforma unificada de ouvidorias do governo federal) para ter registro público da reclamação.

Buscar o Ministério Público e a Defensoria Pública: se houver indícios de negligência grave ou reiterada, pedir atuação do MP para medidas coletivas.

Exigir informações por LAI: solicitar (via Lei de Acesso à Informação) cópia do contrato, aditivos, relatórios de fiscalização e comprovantes de pagamento.


Cabe à Prefeitura:


Publicar integralmente os contratos e aditivos relacionados ao transporte escolar, com dados consolidados: valor por rota, vigência, número de veículos, indicadores de desempenho e relatórios de fiscalização.

Estabelecer indicadores mínimos ligados a pagamentos (pontualidade, manutenção, equipe fixa, capacitação específica).

Criar fiscalização independente e relatórios públicos periódicos.

Instaurar canal de resposta rápida para ocorrências envolvendo alunos com deficiência (plantão 24h da Educação e linha direta com Ouvidoria).

Treinamento contínuo: exigir comprovação periódica de capacitação dos motoristas e monitores para atendimento especializado.

Se você é pai ou mãe de aluno com deficiência e teve problemas com o transporte escolar, compartilhe sua experiência com a nossa redação (jornalportaleste@gmail.com) e envie provas (prints, fotos, vídeos) para que possamos consolidar denúncias e cobrar esclarecimentos oficiais.

Esta matéria foi produzida com base em relatos públicos de pais e instituições de reclamação, redes sociais e arquivos relacionados ao tema. Procuramos a Prefeitura de Guarulhos e a empresa prestadora, mas não obtivemos nenhuma resposta.


Veja também a matéria publicada na manhã de hoje (31/10) na Rede Globo

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

CPMI do INSS pega fogo: governistas barram prisão e convocação de aliados de Lula!


A sessão desta quinta-feira da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS foi marcada por novos depoimentos, votações polêmicas e embates entre governistas e oposição.

Durante a reunião, os parlamentares ouviram o depoimento de Cícero Marcelino de Souza Santos, apontado como prestador de serviços da Conafer. Ele admitiu ter aberto diversas empresas para atender a entidade, mas afirmou não ter vínculo formal com ela. Documentos apresentados à CPMI, porém, indicam que empresas ligadas a ele e à sua esposa movimentaram grandes valores associados a contratos da Conafer.

Além do depoimento, a CPMI votou uma série de requerimentos. Entre os mais polêmicos, os governistas barraram a convocação de Frei Chico, irmão do presidente Lula e vice-presidente do Sindnapi, por 19 votos a 11, e rejeitaram o pedido de prisão preventiva de Milton Baptista, presidente do Sindnapi, por 18 votos a 13.

Outros requerimentos – como os de quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-ministro Carlos Lupi – foram retirados da pauta após acordo entre os líderes partidários.

Por outro lado, os parlamentares aprovaram:


A quebra de sigilo de empresas suspeitas de envolvimento nos contratos investigados;

As convocações de Alan Santos, diretor da Dataprev; Lenilson Queiroz, ouvidor do INSS; e Philipe Roters Coutinho, ex-agente da Polícia Federal.

Também foi aprovado o envio de recomendações à CGU e ao STF para afastamento de dirigentes de sindicatos e empresas envolvidos nos casos em apuração.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, fez duras críticas à Advocacia-Geral da União (AGU), acusando-a de defender no STF a continuidade dos descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas. Segundo Viana, a postura da AGU “abre brechas para que autoridades escapem da responsabilização”.

Ele reafirmou que a CPMI seguirá investigando quem realmente se beneficiou com o esquema de descontos fraudulentos e que o relatório final trará provas robustas e nomes de responsáveis.

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Sarau 60+ do Itaquerendo Folia celebra a vida e a arte no Espaço Viva Arouche com homenagem ao Maestro Adylson Godoy



No último domingo, 12 de outubro de 2025, o Espaço Viva Arouche, no centro de São Paulo, foi palco de uma tarde repleta de emoção, música e homenagens durante o Sarau 60+ do Itaquerendo Folia. O encontro reuniu artistas, intelectuais e representantes da cultura paulistana em um evento que valorizou a trajetória de quem ajudou a construir a história musical e artística do país.

O homenageado da noite foi o pianista e maestro Adylson Godoy, ícone da música brasileira, reverenciado por sua carreira brilhante e influência nas gerações seguintes de músicos. Com sua presença carismática e talento inconfundível, Godoy encantou o público em momentos de pura emoção ao piano.

O Buffet ficou por conta da Chef Ruth Ameida, que serviu um Petit Fours regado à famosa "Cajuína", bebida tradicional da casa.

Entre as apresentações, destacaram-se as cantoras Jane Lopes, Alexandra Mota e Claudia Souza, que levaram ao palco interpretações marcantes e cheias de sensibilidade. Além de cantora, Alexandra Mota é autora do livro “Várias Formas do Enfermeiro Trabalhar Fora do Hospital”, obra que reflete sua trajetória multifacetada entre a arte e a área da saúde.

O presidente do Itaquerendo Folia, o escritor J. Ivo, emocionou-se ao lado do jornalista Maurício Coutinho, ao falar sobre o significado do evento.

“Homenagear em vida é um gesto de amor e respeito. Essas pessoas merecem nosso aplauso e reconhecimento agora, enquanto podem sentir o carinho do público”, afirmou J. Ivo, sob aplausos calorosos.

A anfitriã e gestora do Espaço Viva Arouche, Luciene Weiland, também teve um papel especial na noite. Além de contar um pouco sobre a história e o propósito do espaço — que se tornou um importante ponto de encontro cultural no coração de São Paulo —, Luciene mostrou seu talento como cantora em um improviso acompanhado ao piano pelo Maestro Adylson Godoy, criando um dos momentos mais emocionantes do sarau.

O Sarau 60+ vem se firmando como uma ação de valorização da maturidade criativa, promovendo a integração entre gerações e dando visibilidade a artistas seniores. O evento terminou em clima de confraternização, com o público compartilhando abraços, sorrisos e a certeza de que celebrar a vida e a arte é o melhor caminho para manter viva a cultura brasileira.

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

INSTITUTO FOGANHOLI DÁ DICAS DE COMO CUIDAR DOS PULMÕES




Bronquite: Cuide dos seus Pulmões! 

A bronquite é a inflamação dos brônquios, os canais que levam o ar até os pulmões. Pode ser aguda (normalmente causada por infecções) ou crônica (associada ao tabagismo, poluição e outras condições respiratórias).

👉 Por que é importante tratar a bronquite?
Evita crises de tosse e falta de ar
Reduz o risco de pneumonia e outras infecções
Melhora a qualidade de vida e o sono
Protege a saúde dos pulmões a longo prazo

⚠️ Sintomas comuns:
Tosse persistente (com ou sem catarro)
Falta de ar
Chiado no peito
Cansaço frequente

🧪 Exames importantes para diagnóstico e acompanhamento:
✔️ Espirometria – avalia a função pulmonar
✔️ Radiografia de tórax – identifica inflamações e infecções
✔️ Exames de sangue – ajudam a detectar infecções
✔️ Testes de alergia – quando há suspeita de bronquite alérgica

✨ Prevenir é essencial: evite fumar, mantenha ambientes ventilados, lave bem as mãos, vacine-se contra a gripe e faça acompanhamento médico regular.

➡️ No Instituto Foganholi você encontra exames acessíveis e atendimento para cuidar da sua saúde respiratória.

(11) 4748-3378 / (11) 95920-8501 (WhatsApp)
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