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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Delegados partem em defesa de colegas do DECAP e DEMACRO

Nesta quarta-feira, 22, manifestantes se unem em ato simbólico frente aos abusos vivenciados pelos delegados dos dois departamentos


O descontentamento dos delegados de polícia do estado de São Paulo com a carreira e as condições de trabalho é crescente. Além de receberem o pior salário do país em sua categoria e tendo de conviver com a realidade de atender outros 31% de municípios do estado que não contam com esses profissionais, eles enfrentam uma crise de plantões do DECAP e do DEMACRO.

O DECAP é o departamento que gerencia todas as delegacias da capital paulista, enquanto o DEMACRO responde pelas delegacias dos municípios que tangem a Grande São Paulo, como o ABC, Mogi das Cruzes, entre outros. Na teoria, os dois departamentos, e suas seccionais subordinadas, deveriam organizar cinco equipes de delegados plantonistas por delegacia, casando horários e cargas de serviço. Na prática, a situação é diferente.

Atualmente, os delegados de plantão têm apontado escalas de até três equipes-duas, em alguns casos-. Esse desfalque do modelo original tem como consequência um regime desumano de trabalho, que termina por prejudicar a população, uma vez que o delegado plantonista acaba, pelo excesso de tarefas, deixando de exercer com plenitude sua função: investigar e solucionar.

Além disso, o abuso desgasta fisicamente e psicologicamente o profissional, que se vê cobrindo plantão por dias e noites a fio, sem perspectiva de descanso ou manutenção de equipes. O modelo não só reflete um impacto negativo na segurança pública do estado, como prejudica a saúde do delegado plantonista.
Com isso em mente, a ADPESP realizará, nesta quarta-feira, 22 de dezembro de 2010, um ato simbólico em Mogi das Cruzes. Às 9h30, a diretoria e os membros da associação estarão no 1º DP da cidade. Em seguida, às 15h, estarão no 46º DP. “Entregaremos nosso pleito ao responsável pela elaboração das escalas, deixando claro que estamos dispostos a lutar por uma condição digna de trabalho, nem que isso signifique o fechamento da unidade policial”, diz Marilda Pansonato Pinheiro, presidente da ADPESP.
O ato é o começo de uma série de campanhas que se desdobrarão ao longo do ano de 2011, prosseguindo com a luta por melhores condições de trabalho para profissionais de segurança em São Paulo em curto e médio.

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