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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

São Paulo Confia aumenta em 31% os valores emprestados para microempreendedores

O São Paulo Confia, banco de microcrédito da cidade de São Paulo, apresentou seu balanço do primeiro semestre e os números apontam um crescimento de 31,8% nos valores emprestados em relação ao mesmo período do ano passado. Foram financiados R$ 22.735.609,48 para 9.991 clientes ativos. O estudo revelou, ainda, um aumento de 10% na quantidade de operações de microcrédito efetuadas em seis meses que chegou a 11.081. Esses resultados colocam o São Paulo Confia como a sexta maior instituição de microcrédito no país.

Conforme os dados apresentados durante a reunião do Conselho Consultivo, o São Paulo Confia conseguiu reduzir a taxa de inadimplência de 3,63% registrada de janeiro a junho de 2009 para 2,67% no mesmo período desse ano. Das 18 agências do banco de microcrédito paulistano, as que se destaca na concessão de empréstimos é a do Jardim Ângela com R$ 3,59 milhões, vindo a seguir Brasilândia, Itaim Paulista, São Mateus, Heliópolis e São Miguel.

O balanço também apresentou a unidade que mais cresceu no período: agência Central, localizada no CAT- Centro de Apoio ao Trabalho, na Luz, região próxima às estações de trem e metrô da Luz e do tradicional comércio popular, concentrado nos arredores das ruas 25 de Março, José Paulino e São Caetano, além dos microempreendedores da rua Santa Efigênia.

MEI – No relatório também constam os resultados da Maratona do MEI- Micro Empreendedor Individual, uma competição entre os agentes de crédito do São Paulo Confia que teve como objetivo orientar e auxiliar os clientes do banco conquistar a tão sonhada formalidade. A meta inicial era legalizar mil micro empreendedores, mas a ação fez sucesso e alcançou a marca de 1.300 legalizações.

As maiores quantidades de adesões foram nas unidades Centro (160), Guaianases (73) e Itaim Paulista e Heliópolis (70). Entre os ramos de atividades que mais aderiram ao MEI foram os ambulantes (comerciante ou prestador de serviços que não possui lugar fixo e vendedor de roupas (14,49%), cabeleireiras (9,40%) e ambulantes do segmento alimentício (8,09%).

Para o presidente do Conselho Consultivo do São Paulo Confia, Hugo Duarte, o fato da agência do Centro apresentar maior número de adesão ao MEI, reflete o estabelecimento de antigos ambulantes em minishoppings na região central da Cidade. A abertura desses pequenos negócios vem recebendo o incentivo do São Paulo Confia. “A pesquisa apresentou também que os profissionais que trabalham com a venda de perfumaria e cosméticos tiveram menor número de adesões, e isso, está relacionado ao fato de não terem essa atividade com fonte principal de renda, mas como bico ou complementação de renda”, conta Duarte.

O empreendedor que adere ao MEI deixa de ser informal, pois a empresa passa a fazer parte do Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas – CNPJ. O que permite à realização de empréstimos bancários, a compra, a venda e a participação em licitações. Além disso, o empreendedor passa a emitir notas fiscais, o que reforça sua credibilidade.

Outro benefício ao MEI é a contribuição ao INSS que dá direito a Previdência Social, permitindo que o empreendedor possa requerer a aposentadoria por idade ou invalidez, salário maternidade, auxílio doença, acidente ou reclusão e pensão por morte. Pode ser micro empreendedor individual- camelôs, ambulantes, vendedores de cosméticos, verdureiros, cabeleireiros, eletricistas, encanadores, pedreiros, profissionais que trabalham com reciclagem e outros profissionais.

São Paulo Confia – O São Paulo Confia é uma Oscip (Organização da Sociedade Civil e Interesse Público) que funciona como um banco popular emprestando crédito para microempreendedores sociais, independente de restrições cadastrais no SPC ou Serasa. Os empréstimos são obtidos por intermédio de uma das 18 agências do programa espalhada pela cidade.

Para participar o empreendedor deve forma um grupo solidário que pode conter de três a dez pessoas do mesmo segmento de atuação ou de segmentos distintos. Os valores emprestados variam de R$ 50 a R$ 7 mil, por empreendedor e os pagamentos das parcelas podem ser feitos semanalmente ou quinzenalmente, com prazo de oito a trinta e oito semanas, ou de onze a vinte e quatro quinzenas.

Texto: Regina Ramalho

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