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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tratamento da obesidade: quando a banda gástrica e o balão intragástrico são as melhores opções

Gastroenterologista e cirurgião bariátrico diz que as duas técnicas são menos agressivas e reversíveis, pois não há corte de parte do estomago ou intestino

 

 
Existem diversos tratamentos para aobesidade, desde dietas a procedimentos cirúrgicos. Mas é importante destacar que a escolha adequada do tipo de tratamento é fundamental. Fatores como Índice de Massa Corpórea (IMC), doenças pré-existentes, riscos cirúrgicos, fatores psicológicos, entre outros, devem ser considerados para que médico e paciente decidam pela melhor técnica. Quando dieta, exercícios e medicamentos não surtem efeito, dentre as opções disponíveis, a cirurgia de banda gástrica ajustável videolaparoscópica e a colocação endoscópica do balão intragástrico apresentam vantagens a um maior número de indivíduos, tanto pelo procedimento, quanto pelo pós-operatório.

 
Segundo o gastroenterologista e cirurgião bariátrico, que atua no Centro Especializado em Cirurgias Minimamente Invasivas (CECMI), dr.Martinho Rolfsen, as duas técnicas são menos agressivas e reversíveis, pois não há corte de parte do estomago ou intestino, como nos demais procedimentos cirúrgicos, mas apenas a inserção de um balão ou uma banda de silicone, que visam diminuir o espaço no estômago para os alimentos ingeridos.

 
O médico também destaca o menor tempo de internação (de 12 horas a um dia) e menor perda nutritiva, o que reduz a necessidade de reposição com vitaminas. Ambas as técnicas oferecem perda gradativa de peso, tornando a adaptação do paciente mais fácil.

 
De acordo com o dr. Martinho, após análise do cirurgião para indicar o procedimento ideal ao paciente, são realizados exames e efetuada triagem por equipe multidisciplinar (nutricionista, psicólogo, cardiologista, endocrinologista, pneumologista, entre outros), que avaliará as condutas pré e pós cirúrgica, visando integrá-lo da melhor forma possível às mudanças físicas e emocionais pelas quais passará.
“Após o procedimento, a pessoa entra em um profundo processo de transformação e necessita de apoio de profissionais de diversas áreas para que possa se adaptar à nova realidade de forma saudável”, explica.

 
É importante salientar que em virtude da menor complexidade e possibilidade de reversão, os métodos banda gástrica e balão intragástrico exigem uma readequação do estilo de vida e dos hábitos alimentares que durarão por toda a vida, para garantir a perda de peso e sua manutenção.

 
Acompanhe no quadro abaixo a característica dos dois métodos:


Banda gástrica ajustável (Lap-band)

  • Indicada para pessoas com ICM superior a 35, portadoras de doenças associadas (diabetes, pressão alta, entre outras)
  • Feita de silicone, é inserida através de laparoscopia em torno da parte superior do estômago e insuflada com soro fisiológico
  • Diminui a quantidade de alimentos que passam pelo estômago
  • Reversível
  • Internação de 24 horas
  • Perda de peso gradual
  • Ajuste periódico em consultório – insuflar ou desinsuflar a banda, de acordo com a necessidade de adequação do paciente no processo de emagrecimento


 
Balão intragástrico (Bib)


 
  • Indicado para pessoas com ICM acima de 27
  • Feito de silicone, é inserido através de endoscopia no estômago e preenchido com solução salina, com volume que varia de 400 e 700 ml
  • Diminui a capacidade do estômago e proporciona saciedade
  • Duração de 6 meses e pode ser renovado
  • Internação de 12 horas
  • Perda de peso gradual 
  • Manutenção com ingestão de remédios que diminuem a acidez no estômago

  
Índice de obesidade no Brasil

 
Estima-se que no Brasil 50% da população entre homens mulheres e crianças está com sobrepeso ou é obesa; no mundo a prevalência sobe para 64%. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é um problema de saúde pública, integrando a lista dos 10 maiores fatores de risco para a saúde, sendo considerada uma epidemia, principalmente nos países emergentes. Também é a mais comum e mais antiga doença metabólica humana registrada, reconhecida oficialmente em diversos países como crônica.

 
No Brasil, cerca de 25 a 30 mil pessoas ao ano realizam algum tratamento invasivo para obesidade. Todos os continentes somam mais de 600 mil procedimentos já realizados.

 
Independente da técnica utilizada, a realização em um serviço especializado em procedimentos minimamente invasivos garante não só economia para pacientes e operadoras de planos de saúde, mas principalmente qualidade na assistência ao paciente e segurança.

 
Sobre o CECMI

 
O Centro Especializado em Cirurgias Minimamente Invasivas (CECMI) é o primeiro hospital do gênero no Brasil. Baseado em modelos de sucesso nos Estados Unidos e Espanha, o Hospital possui estrutura desenvolvida para cirurgias convencionais e minimamente invasivas em uma composição otimizada e centrada nos recursos necessários, que alia tecnologia e técnica a atendimento diferenciado.

 
Entre as especialidades cirúrgicas atendidas no CECMI e exercidas pelos mais renomados profissionais do Brasil encontram-se: Aparelho Digestivo e Bariátrica (Obesidade), Buco-maxilo-facial, Geral, Ginecologia, Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Plástica, Urologia e Vascular.

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