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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Célula-tronco de embrião será testada em humanos

O teste será feito apenas em pacientes com lesões recentes

Cientistas americanos usarão pela primeira vez células-tronco embrionárias para reconstituir a medula espinhal de pessoas paralisadas por lesões recentes na coluna. Os primeiros testes serão feitos em pacientes paraplégicos, que tenham sofrido a paralisia a menos de 15 dias antes do teste clínico.

Porém, o teste com as células-tronco servirá para analisar sua segurança e não a eficácia para este caso. As células-tronco serão transformadas em precursores de oligodendrócitos (células que ajudam na restauração das fibras nervosas).

Essas células envolvem os neurônios do sistema nervoso central. Quando um paciente paraplégico pensa em mover as pernas, mas não consegue fazê-lo, é porque os oligodendrócitos que encapavam seus nervos desapareceram. A informação é interrompida no meio do caminho, pois a transmissão do impulso nervoso entre cérebro e músculos através da medula não é mais possível.

“Acredito que esta experiência trará resultados surpreendentes para nós. As células-tronco são a aposta da medicina para vários tipos de tratamento”, diz o diretor do Centro de Criogênia Brasil, doutor Carlos Alexandre Ayoub.

Há esperança de que vários fatores produzidos pelas células injetadas possam ajudar a regeneração de tecidos danificados. A expectativa é que se obtenham resultados melhores em uma lesão ainda não cicatrizada.

Apesar da experiência acontecer em pacientes que ficaram paraplégicos em apenas duas semanas antes da aplicação, os resultados geram expectativas em muitos pacientes.

“É por isso que cada vez mais casais buscam coletar e armazenar as células-tronco do cordão umbilical de seus bebês. É um seguro para o tratamento de várias doenças em qualquer momento da vida. Além disso, a compatibilidade é total e a disponibilidade é imediata”, explica Ayoub.

Em São Roque, interior de São Paulo, uma família viu esperanças no nascimento de Luiz Henrique Sebben para tentar ajudar o irmão Lucas de 20 anos, que sofreu um acidente e ficou tetraplégico. Para isso, armazenaram as células-tronco do cordão umbilical do bebê.

“Após o acidente do meu filho Lucas estamos tentando de tudo para que ele volte a ter os movimentos. Vimos no nascimento de Luiz Henrique essa oportunidade. Tenho certeza que ele veio ao mundo para ser a esperança do meu filho mais velho”, disse emocionado Miguel Ângelo Sebben, pai dos meninos.

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