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domingo, 26 de abril de 2009

Conhecendo a HEPATITE B

Como prevenir, como diagnosticar, quando começar o tratamento, o que usar, e quando parar




Carlos Varaldo *

A hepatite B é uma DST – Doença Sexualmente Transmissível de fácil contagio, com uma facilidade de transmissão até 100 vezes maior que a AIDS. Também pode ser transmitida pela utilização de instrumentos contaminados com sangue, como materiais de manicure, de pedicure, de barbeiros, de tatuagens, por perfurações de piercings ou ao realizar tratamentos de acupuntura compartilhando as agulhas não descartáveis e até no dentista que não esteriliza corretamente os instrumentos. Durante o parto se a mãe é portadora da hepatite B. A hepatite B não é transmitida por alimentos ou água, nem pelo contato casual. O vírus da hepatite B sobrevive até sete dias numa gota de sangue fora do organismo.


1 - COMO PREVENIR:

Existe vacina para prevenir a hepatite B, motivo pelo qual é inconcebível que o número de infectados esteja aumentando. A vacinação é obrigatória nas crianças, nas primeiras horas após o parto.

A vacina é aplicada gratuitamente nos postos de saúde para pessoas até 19 anos de idade e, para pessoas que profissionalmente estão expostos a sangue. São necessárias três doses para conseguir proteção.


2 - DIAGNOSTICO:

O diagnóstico da hepatite B é complicado, devido à dificuldade em determinar a gravidade da infecção e somente médicos com conhecimento da doença conseguem com certeza um diagnostico correto. O hemograma não diagnostica a hepatite B. O diagnostico completo e realizado mediante a combinação de detecção de dois antígenos virais (HBsAg e HBeAg) e de quatro anticorpos diferentes contra componentes virais (Anti HBs, Anti HBc, Anti HBc IgM e anti HBe). De posse desses resultados o médico poderá saber se a doença se encontra na fase crônica ou aguda, além de fornecer informação prognostica em relação à cura e gravidade da infecção. A detecção da proteína de superfície do vírus B (HBsAg) mostra sempre a presença de viremia, mas isoladamente não consegue diferenciar a doença aguda da doença crônica, sendo necessário inicialmente se realizar conjuntamente o ANTI-HBc-total. Mediante esses dois resultados o médico saberá se o paciente foi vacinado, se teve contato com a hepatite B e curou de forma espontânea ou se serão necessários outros exames para determinar a fase da doença.
3 - QUANDO COMEÇAR O TRATAMENTO:
O tratamento é indicado em pacientes com doença hepática (danos no fígado) ativa ou avançada, com risco de desenvolver cirrose ou câncer no fígado, ou com transaminases elevadas, fatores estes considerados como negativos em relação à progressão da doença e do câncer. Atualmente também e considerado a carga viral (HBV/DNA) já que comprovadamente a carga viral e um prognostico ruim na hepatite B. Pacientes sem indicação de tratamento devem ser acompanhados a cada seis meses, no máximo, para detectar alterações no seu quadro clinico.
4 - QUAL TRATAMENTO:
A decisão de se utilizar no tratamento o Interferon alfa (convencional), o Interferon Peguilado, a Lamivudina, o Adefovir, o Entecavir ou o Tenofovir e muito critica, pois a escolha de uma das drogas como terapia inicial poderá, caso aconteça resistência do vírus, comprometer a utilização das outras no futuro devido a resistências cruzadas.Os interferons possuem a vantagem de serem utilizados por um período determinado (seis ou doze meses), porém são medicamentos injetáveis e com efeitos colaterais em alguns casos desagradáveis. Os outros medicamentos são todos orais, praticamente sem efeitos colaterais, mas em alguns casos será necessário seu uso continuo, até pelo resto de vida do paciente.
5 - QUANDO PARAR O TRATAMENTO:
Quando empregado o interferon, o tratamento é realizado por seis ou doze meses. Aproximadamente entre 20 e 30% dos tratados conseguem negativar. Os restantes deverão iniciar um tratamento com os medicamentos orais. Quando empregados os medicamentos orais Lamivudina, Adefovir, Entecavir ou Tenofovir a decisão de parar deve ser muito criteriosa por parte do médico, pois poderá acontecer a recidiva do vírus, uma "erupção" muito forte da doença e até a descompensação hepática do paciente. Portanto todos os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados após a retirada dos medicamentos. Não existem parâmetros muito claros em relação a quando interromper o tratamento, motivo pelo qual o tratamento da hepatite B somente deve ser realizado por infectologistas, hepatologistas ou gastroenterologistas que estejam muito familiarizados com a doença e com os últimos avanços científicos.
* Carlos Varaldo é Presidente do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite E Vice-diretor da World Hepatitis Alliance.
Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite
Rio de Janeiro (21) 4063.4567 - São Paulo (11) 3522.3154 (das 11.00 às 15.00 horas)
e-mail: hepato@hepato.com - Internet: http://www.hepato.com/
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