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terça-feira, 8 de setembro de 2009

DESVIO PARA O VERMELHO > 17/09 NA GALERIA OLIDO


A BAILARINA E PESQUISADORA CARMEN GOMIDE ESTREIA SEU NOVO PROJETO DE DANÇA E VÍDEO-INSTALAÇÃO, "DESVIO PARA O VERMELHO", DIA 17 DE SETEMBRO NA GALERIA OLIDO

Concebido por Carmen Gomide, "Desvio Para o Vermelho" é resultado de quase dois anos de pesquisa. No primeiro ano, a pesquisadora desenvolveu o projeto e criou o núcleo de pesquisa Eu et Tu que tem como objetivo convidar criadores para juntos tornar a pesquisa um lugar de troca de experiências e investigação. Além disso, o núcleo (que a cada novo ciclo irá convidar pesquisadores de diferentes campos artísticos e do conhecimento) pretende fomentar a criação em dança.

Nos meses seguintes, Carmen Gomide passou a criar, com Aguinaldo Bueno - primeiro convidado do núcleo - o espetáculo de dança contemporânea e vídeo-instalação "Desvio Para o Vermelho". A obra retrata os pequenos acontecimentos da vida cotidiana que passam despercebidos. Segundo o filósofo alemão Ludwig Wittgenstein, "Os aspectos das coisas que são mais importantes para nós ficam ocultos devido à sua simplicidade e familiaridade. (Somos incapazes de notar alguma coisa porque ela está sempre diante dos nossos olhos). Os verdadeiros fundamentos de sua investigação não ocorrem absolutamente a um homem".

Teoria do campo da astrofísica, "Desvio Para o Vermelho" significa o deslocamento de um corpo em alta velocidade no espaço, gerando alteração de estado do próprio corpo e a criação de outro campo, imperceptível. A pesquisa transporta o conceito científico para o espaço cênico, de maneira metafórica, buscando revelar o dia-a-dia de um casal, por meio de inúmeros eventos e deslocamentos, sem que se dêem conta da mudança de estado.

No espetáculo, estão presentes as relações intrínsecas entre a "imagem-carne" e a "imagem-luz", animado e inanimado, corpo e tecnologia. O "corpo-carne" dos intérpretes e o "corpo-luz" do vídeo se justapõem, testando os limites da percepção e ilusão do público. O corpo é o território onde são inscritos os discursos, o ponto de convergência dessas relações. O objetivo é que o observador alcance um novo estado de percepção, por meio da intersecção entre a dança e o vídeo (em parte composto por imagens previamente gravadas e imagens captadas e projetadas ao vivo, utilizando-se da tecnologia "Isadora", que recompõem e recria a imagem dos criadores intérpretes em cena).

Criado e interpretado por Carmen Gomide e Aguinaldo Bueno, "Desvio Para o Vermelho" tem direção de Rosa Hercoles - também convidada, assim como os demais integrantes do elenco a contribuir com o trabalho. O desenho de som, por sua vez, é de autoria de Lívio Tragtenberg e a pesquisa de vídeo de Osmar Zampieri. A concepção de cenário é de Carmen Gomide com a colaboração do elenco.

"O protocolo de pesquisa resgata o estado de atenção que modifica a cognição, e nos deixa mais atentos às pequenas mudanças diárias de um mesmo percurso; mudanças que impactam o corpo dos criadores intérpretes. O desafio é capturar e re-significar as pequenas alterações que não saltam à vista, mas que permanecem ocultas até serem desvendadas, que criam um outro estado do corpo", destaca Carmen Gomide.

Desvio Para o Vermelho foi selecionado na 5ª Edição do Edital de Fomento à Dança para o município de São Paulo, na modalidade "Criação Coreográfica".

CARMEN GOMIDE - INTÉRPRETE E CRIAÇÃO

Bailarina, coreógrafa e pesquisadora em dança contemporânea e performance art, Carmen Gomide é bacharel em Comunicação e Artes do Corpo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Estudou como bolsista no Joffrey Ballet, em Nova Iorque. Atuou profissionalmente como bailarina do Balé da Cidade de São Paulo (1988 a 1990); Balé Opera Paulista (1991 a 1993); e dos espe táculos "Parsifal", obra do diretor Jorge Takla, e "Aulis", com direção de Celso Fratesqui e Elias Andreato.

Trabalha como produtora, coreógrafa e pesquisadora desde 1992, sendo autora das obras: "Terra Estranha", "La Danaide", "Corpo Jubiloso: Carne Selvagem", "Adiamento", entre outras. Como coreógrafa participou do projeto "O Feminino na dança", do Centro Cultural São Paulo; das Bienais do Sesc Santos (2000 e 2002); de projetos de fomento à dança da Cultura Inglesa, Instituto Goethe, Cooperativa Paulista dos Bailarinos Coreógrafos e Festival de Inverno de Ouro Preto.

Em 2001, ganhou o Prêmio Encena Brasil, da Funarte, pelo projeto "8 Dogmas Novas Dobras", juntamente com o núcleo Tandanz, com a coreografia "Adiamento", direção de Renato Cohen. Em 2003, apresentou, "Para Faca, Relógio e Bala", baseado em poema "Uma Faca só Lâmina", de João Cabral de Melo Neto. Em 2006, fundou a Cooperativa Paulista de Dança (www.coopdanca.com.br ), a qual preside.

Estreou (Re)volta em 2006, trabalho de pesquisa em dança e performance, sob a direção da atriz e coreógrafa Mariana Muniz, e recebeu os prêmios Klauss Vianna e Caravana Funarte Petrobrás de Circulação Nacional, ambos pela Funarte. Foi agraciada com o prêmio do 11o Festival Cultura Inglesa, por "Corpo Erótico", apresentado em maio de 2007, também selecionado pelo 3º edital do Fomento à dança em 2007. No mesmo ano, foi convidada pelo Sesc São Paulo para participar da mesa "Territórios de Organização e Fomento à Dança".

Em 2008, foi convidada para tornar-se membro do "Conselho Internacional de Dança da Unesco". Em 2009, Carmen Gomide participou da mesa "A organização e estrutura do mercado para as artes do espetáculo: o papel do agente e do manager", da International Society for the Performing Arts.

AGUINALDO BUENO - INTERPRETEIniciou seus estudos de Balé Clássico em Atibaia com Sam Ray em 1986. Em 1988, entrou no elenco da Companhia "Balé Clássico de São Paulo", sob a tutela da professora Halina Biernacka. A partir disso, começou a ter contato com a dança contemporânea em 1989, participou do espetáculo Quadrivagação de Bebeto Cidra e Mayã, uma idéia de paz, coreografado também por Bebeto.

Nos anos 90, Aguinaldo partiu para outras diretrizes de dança. Começando pelo ano de 1990, no qual coreografou e atuou como bailarino e cantor na ópera popular Pulomelo, dirigida por Fausto Fuser no Sesc Pompéia. Mais Tarde, foi convidado para a companhia de dança Ballet Stagium, onde fez turnê por todo Brasil, além de outros países como Nicarágua, Panamá, Uruguai, Argentina, Espanha e Hungria até o final do ano de 1991.
Em 1992, atuou como músico e bailarino no musical de José Possi Neto Mucho Corazon, com a banda Heartbreakers e coreografia de Ana Maria Mondini. Em 1993 atuou na Cisne Negro companhia de Dança (APCA -Bailarino Revelação), no ano de 1995 foi convidado para o elenco da "Republica da Dança", Forró for All, em 1999 co-fundou a Cia 3 de paus, com o espetáculo "Adoniran".
Já em 2000, entra para o Balé da Cidade de São Paulo, "Shogun" (Ivocice Satiee), "Divinéia"- "Desatino do Norte, Desatino do Sul" (Jorge Garcia), "Axioma" e "Perpetuum" (Ohad Naharin). Esteve no espetáculo "Águas", da coreógrafa Pina Bausch na sua temporada brasileira. Mais tarde, em 2005, passa a integrar o elenco da CIA 2 do BCSP como criador-intérprete.
Participou do processo Um Diálogo Possível, "Todos os Doze", "Como é que faz pra sair da ilha" (Key Sawao e Ricardo Iazeta), "Dois Corpos que Caem" com Osmar Zampieri, e por fim, em 2008, Meta-Sensoriais, levando o público para a cúpula e o palco do Teatro Municipal de São Paulo. Co-fundou neste período o Grupo Grua, com artistas voltados para improvisação nas ruas e performances em espaços alternativos.
Como músico, criou diversas trilhas sonoras, entre elas "O Amor e o Tempo" com direção de Alberto Soares e coreografia de Flávio Lima, "Dois Corpos que Caem", Osmar Zampieri, "A Noite do Meu Bem", Paulo Goulart Filho e Dinah Perry, "Por um Triz" e "Ir, pra onde Ir", coreografia de Dinah Perry e direção de Jairo Mattos, "Um conto Idiota" e "Cabeça de Orfeu", J.Garcia companhia de dança, com coreografia e direção de Jorge Garcia.
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ROSA HERCOLES - DIREÇÃO

Pesquisa o corpo e seus processos de comunicação, desde 1983. Possui graduação em Educação Física pela Faculdade de Educação Física de Santo André (1981), especilização em Eutonia pela Escola de Eutonia da América Latina (1990\94), mestrado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2000) e doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pon tifícia Universidade Católica de São Paulo (2005). Atualmente é professora do Curso de Comunicação e Artes do Corpo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Investiga formas de comunicação no corpo, atuando principalmente nos seguintes temas: dança contemporânea, eutonia, dramaturgia e ensino da dança.

Trabalhou como diretora e/ou dramaturga do corpo nos espetáculos ImPermanências 2007; Performance Corpo-instalação, 2006; Estudos para Macabéa, 2006; Buracos Brancos, 2003; Sala de Ensaio, 2003; Corpos Ilhados, 2002; Cães, 2001; Navegança, 1999; Formless, 1998; Sopa de Serpentes, 1997; Mel e Alfaces Amargas, 1995; Valsa nº 6, 1994; Tableaux, 1992; Maria Borralheira, 1987; Kit e Nete, 1986; Papa Highirte, 1986; Cidade, 1985; Estar em Istar, 1984; Quem matou Lolita?, 1983; Memória Três, 1983;

LIVIO TRAGTENBERG - DESENHO DE SOM
Compõe para orquestra, grupos vocais e instrumentais, ópera, cinema, vídeo, teatro e dança. Cria instalações sonoras. Estreou o espetáculo cênico Balada do Deus Morto de Flávio de Carvalho em março de 2007 nas Oficinas Culturais Oswald de Andrade, comemorando 20 anos das Oficinas e da primeira encenação do Bailado.

Lívio estreou em 11 de agosto de 2006 a vídeo-ópera Melodia Cucaracha no teatro do SESC Ipiranga, Rua Bom Pastor, 822, São Paulo. Co-dirigiu a Orquestra Mediterrânea com mais de 15 músicos convidados de países do Mediterrânea como França, Turquia, Líbano, etc.

Criou a Nervous City Orchestra em Miami, EUA, reunindo mais de 15 músicos latinos em apresentações no Byron Carlyle Theater, em Miami, Flórida, EUA, 12 ,13, e 14 de abril, e 20 a 24 de novembro de 2005. Participou do Festival de Cultura Eletrônica 4HYPE com o espetác ulo ReinCorporação Musical juntando música eletrônica com a centenária Corporação Musical Operária da Lapa, em 21 de maio de 2005 no SESC Pompéia, Rua Clélia, São Paulo.

Recebeu recentemente prêmio de melhor Trilha Sonora no 37° Festival de Cinema Brasileiro de Brasília, por seu trabalho em 500 Almas (2004, dir:Joel Pizzini). Desde 1995 compõe para o coreógrafo alemão Johann Kresnik, criando espetáculos de dança-teatro em diversas cidades alemãs, como Berlim, Hannover e Colônia, com os espetáculos: Eine Hundert Eisemkeit (2004), Antigone (Hannover, 2002), Die Trummer des Gewissens (Dresden, 2002)), Garten der Lüste (Volksbühne, Berlim, 2001), Pasolini Testament des Korpes (Hamburgo, 1997), Leni (Colonia, 1996), OTHELLO (Stuttgart, 1995), entre outros.

OSMAR ZAMPIERI - PESQUISA DE VÍDEO

Iniciou sua trajetória profissional em 1989, como estagiário no Cisne Negro Cia de Dança. Participou ainda da Cia de Dança do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, sob a direção de Tíndaro Silvano. Em 1992 ingressou no Ballet Stagium, dirigido por Marika Gidali e Décio Otero permanecendo lá por 4 anos. Em 1996 entra para o BALÉ DA CIDADE DE SÃO PAULO, onde permanece até 2001.

Neste mesmo ano, parte para a Europa onde mora por 06 meses em Paris - França e participa de estágios com renomados professores e cias de dança contemporânea do país.

A partir de dezembro 2001, integra o elenco do Staats Theater de Kassel, na Alemanha, sob a direção de Ana Mondini, participando das criações coletivas desta cia. Retorna ao Brasil em julho de 2003, e em agosto deste mesmo ano integra o elenco da Cia 2 do BCSP.
Ainda na Alemanha, inicia colaboração com produções de vídeo, dentro do Staats Theater Kassel, onde tem como principal referência Virgis Puodziunas, (Shasha Waltz-Berlin-Alemanha¬¬).

FICHA TÉCNICA

Fotos em alta resolução, favor entrar em contato pelo email marra@paulomarra.com.br
Projeto "Desvio Para o Vermelho"
GRUPO EU et TU
Projeto e Concepção: Carmen Gomide
Direção: Rosa Hercoles
Criadores Intérpretes: Carmen Gomide; Aguinaldo Bueno
Desenho de som: Lívio Tragtenberg
Pesquisa de Vídeo: Osmar Zampietri
Iluminação: Ricardo Bueno
Concepção de cenário: Carmen Gomide e Rosa Hércoles
Execução do cenário: Pedro Layus
Fotografia: Sílvia Machado
Design Gráfico: Paula VF
Produção: José Renato Fonseca de Almeida
Aprendiz de produção: Lisani Albertini de Souza
Realização: Grupo EU et TU
Assessoria de Imprensa: Marra Assessoria de Comunicação
Desvio Para o Vermelho
Elenco: Carmen Gomide e Aguinaldo Bueno

Dias: de 17 a 20 de setembro, quinta a domingo
Horários: de quinta a sábado às 20h, e domingo às 19h
ENTRADA FRANCA

Local: Galeria Olido - Sala Paissandu
Endereço: Av. São João, 473 - República
Duração: 60 minutos
Capacidade: 136 lugares
Faixa Etária: 12 anos
Ar-condicionado/Acessibilidade para pessoas com necessidades especiais
Não há estacionamento no local
Informações: (11) 3397-0171
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