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quinta-feira, 4 de março de 2010

1ª Médica Brasileira a Realizar Transplante de Coração vai à Alemanha

1ª MÉDICA BRASILEIRA A REALIZAR TRANSPLANTE DE CORAÇÃO VAI À ALEMANHA DIFUNDIR ATUAÇÃO DE MULHERES EM CIRURGIAS CARDÍACAS

Beneficência Portuguesa de São Paulo comemora 12 anos do primeiro transplante cardíaco do País realizado por uma mulher

A cirurgiã cardíaca Dra. Luciana da Fonseca, primeira médica brasileira a realizar transplante de coração, participa, em fevereiro, do 39º Congresso Alemão de Cirurgia Cardiovascular. No evento, que acontece na cidade de Stuttgart, a médica da Beneficência Portuguesa de São Paulo (www.bpsp.org.br) dará aula sobre sua experiência em transplantes cardíacos realizados na Instituição e sobre a importância de mais mulheres atuarem em cirurgias cardíacas.
A jovem cirurgiã foi a primeira médica brasileira a conduzir um transplante cardíaco. A cirurgia ocorreu em 1998, quando a profissional tinha apenas 30 anos de idade. Até então, a Dra. Luciana atuava como assistente na equipe do Dr. José Pedro da Silva, um dos mais experientes cirurgiões cardíacos do País, e já havia participado de cerca de 20 transplantes na Beneficência Portuguesa de São Paulo. A médica diz que sua estreia a frente de um transplante foi um grande presente e ressalta três motivos: a cirurgia foi realizada em uma mulher, a paciente seria retransplantada – razão que torna o transplante ainda mais complexo – e o procedimento aconteceu na semana em que a Dra. Luciana completava 30 anos de idade.
Apesar de jovem e de ter apenas seis anos de formada, a médica afirma não ter ficado nervosa nem insegura no momento da cirurgia. “Sabia que era capaz de fazer a cirurgia com sucesso, havia me preparado para quando esse dia chegasse e estava confiante em poder salvar a vida da paciente”, afirma a profissional. Nos últimos 12 anos, 20 pacientes foram transplantados pela Dra. Luciana.

Seleto grupo
A médica da Beneficência Portuguesa de São Paulo faz parte de um seleto grupo, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular. Em todo o País apenas 13 mulheres são especializadas em cirurgias cardiovasculares.
O cenário brasileiro é semelhante ao encontrado em países da Europa. Em 2009, a Dra. Luciana participou, em Viena, na Áustria, de um encontro de médicas cardiologistas onde foram discutidas as barreiras das mulheres atuarem no setor. “Em alguns lugares do mundo as mulheres têm dificuldades de serem aceitas até para residência em cirurgia cardíaca. Muitas vezes a mulher sofre preconceito da categoria e dos próprios pacientes. Acho importante discutir o assunto e mostrar que temos a mesma capacidade que os colegas do sexo masculino”, afirma a Dra. Luciana.

Tradição de sucesso
Referência mundial em cardiologia, a Beneficência Portuguesa de São Paulo é responsável por 74% das cirurgias cardíacas pediátricas realizadas pelo SUS no Estado de São Paulo. Além disso, a Instituição responde também por 56% das revascularizações do miocárdio realizadas no Estado pelo SUS e por 34% dos exames de cateterismo feitos pelo serviço público de saúde. Por ano, cerca de 8 mil cirurgias cardíacas são feitas no Complexo Hospitalar. Referência em transplantes, nos últimos 36 anos, 241 corações foram transplantados na Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Beneficência Portuguesa de São Paulo
Com 150 anos completados em 2009, a Beneficência Portuguesa de São Paulo é um dos maiores complexos hospitalares privados da América Latina, com alcance de atendimento de 1,5 mil pessoas por ano e excelência em cardiologia, transplantes, neurologia, gastroenterologia e ortopedia. Em 2007, foi inaugurada a Unidade Hospital São José, projetada para ser referência em tecnologia e hotelaria hospitalar.

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