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domingo, 31 de janeiro de 2010

O poder arrebatador do açúcar

Sempre nos perguntamos o porquê da esmagadora preferência das pessoas por alimentos doces... Enquanto ainda não temos respostas definitivas para tais questões, procuramos entender esta predileção. Sabemos, por exemplo, que os bebês demonstram instintivamente reações de prazer ao serem alimentados com alimentos adocicados e que se provermos uma gestante com grande quantidade de doces, seu bebê será mais predisposto a gostar das guloseimas do açúcar. Na Europa, há uma prática de se oferecer água adocicada aos bebês, quando eles vão tomar injeções, parece que o açúcar pode alterar o humor deles, além de conferir-lhes certa ação anestésica.

A intrincada via do açúcar até o cérebro
“A nossa percepção do sabor doce começa nas papilas da língua, mas os receptores cerebrais que codificam tal sabor prazeroso dos alimentos doces são os mesmos que respondem ao álcool, ao tabaco e à cocaína. Isso poderia explicar a preferência das pessoas que comem doces compulsivamente, ou seja, que comem apenas pelo prazer de saborear determinados alimentos, ao invés de buscarem também o alimento quando sentem fome”, afirma a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.
No cérebro, os alimentos doces aumentam os nossos níveis de serotonina, um neurotransmissor que desempenha um importante papel na regulação do humor, do sono, da sexualidade e do apetite. Assim, alimentos doces, agindo direta ou indiretamente, através da serotonina, parecem melhorar o humor das pessoas.
As estatísticas revelam que 60% das pessoas tem preferência pelos doces e a indústria dos alimentos intuitivamente, ou talvez mais sistematicamente, entendeu isso muito bem, tanto é que milhares de alimentos nos supermercados são enriquecidos com sacarose, para atender à demanda dos paladares.
Muitos questionam o poder deletério dessa grande quantidade de alimentos doces. Outros discutem a “dependência” ou uma grande necessidade de consumi-los, a cada dia, em maior quantidade... “Mas o que sabemos é que dentre os três macronutrientes de que dispomos no cardápio - carboidratos, gorduras e proteínas - os carboidratos (que englobam também os doces) são os alimentos de mais rápida saciedade, ou seja, voltamos a sentir fome muito rapidamente quando nossa refeição é constituída basicamente deles”, explica a médica.

As diferentes formas do açúcar
A sacarose é a responsável pelo sabor adocicado dos doces e alimentos industrializados que tanto agrada nosso paladar. Não existe diferença em sua concentração no mel, açúcar refinado, açúcar cristal, açúcar mascavo ou açúcar orgânico. Todos eles têm as mesmas quantidades de calorias, logo, as mesmas chances de engordar as pessoas. Conheça as principais características de cada um deles, antes de fazer sua escolha:

• O açúcar refinado é o resultado de um processo químico que retira da garapa a sacarose branca e adiciona produtos químicos como clarificantes, antiumectantes, precipitadores e conservantes;

• Os açúcares cristal e mascavo são mais saudáveis do que o refinado por não conterem adição de produtos químicos utilizados no refino;

• O açúcar mascavo também contém micronutrientes, enquanto o açúcar refinado não contém nutriente algum;

• O açúcar light tem o diferencial de ser menos calórico, por incorporar um adoçante não calórico no seu preparo, na proporção de 50%;

• O açúcar orgânico é extraído da cana de açúcar em cujo plantio não são usados adubos, nem fertilizantes químicos;

• O processo de industrialização do açúcar orgânico é idêntico ao do açúcar cristal comum, ou seja, livre de cal, enxofre, ácido fosfórico, folímetro e outros elementos adicionados ao produto refinado. Não há, portanto, vantagens no açúcar orgânico em relação ao açúcar cristal comum.

A importância no controle do volume de açúcar ingerido
O grande problema da ingestão dos alimentos adocicados é que geralmente acabam por estimular a ingestão de grandes volumes de alimentos. Isso não seria problema se as pessoas conseguissem ingerir um bombom, uma bola de sorvete ou um pedaço de pudim. “Mas, geralmente, elas comem muito mais que isso, sempre estimuladas pelo grande prazer que causam esses alimentos, pois nunca é a fome o estímulo para ingerir doces, mas a atração e o fascínio pelo prazer adocicado”, diz Ellen Paiva.
Nos últimos quinze anos, o tamanho das porções de refrigerantes aumentou assustadoramente. Servem-se copos que cabem litros de refrigerantes, baldes de sorvetes e promoções combinadas que, individualizadas, sairiam mais caras, induzindo ao maior consumo desses alimentos. “Com as grandes porções desses alimentos, compramos mais calorias por unidade de moeda de qualquer país e acabamos, erroneamente, por achar isso vantajoso. Compramos muito mais do que comeríamos e comemos muito mais do que deveríamos”, alerta a diretora do Citen.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o açúcar de adição não ultrapasse 10% das calorias de uma refeição. Apesar disso, nos Estados Unidos, as crianças consomem o dobro dessas recomendações. Os refrigerantes são os maiores contribuintes individuais dessa ingestão. “O açúcar, incorporado na maioria dos alimentos industrializados, leva a um consumo expressivamente alto desse ingrediente, causando um aumento das calorias das dietas, com um poder de saciedade muito pequeno. O resultado dessa equação é sempre muito amargo e um dos responsáveis pela epidemia de obesidade e diabetes em todo o mundo, principalmente entre crianças e adolescentes”, diz a endocrinologista Ellen Paiva.

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