FIQUE POR DENTRO

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Um minuto de descuido e ... o dente quebrou!

Traumatismo nos dentes: como socorrer a criança?



Empurrões, escorregões, quedas, um minuto de distração dos pais, babás ou professores e pronto... O dente quebrou! “Normalmente, as causas que levam ao traumatismo em dentes de leite são as quedas, que ocorrem principalmente por volta dos 10-24 meses, período em que a criança está aprendendo a andar e não apresenta coordenação motora suficiente para evitá-las. Resultado: ao cair, ela não tem o reflexo de proteção e é comum bater a boca, afetando os dentes Outro período de grande incidência de acidentes é aquele que correspondente às férias escolares, quando há aumento da prática de jogos e esportes”, afirma Celina Gavini, odontopediatra da Clínica Genesis.

A maioria das pancadas na boca provoca um grande inchaço na região dos lábios e muito sangramento pelo fato desta parte ser extremamente vascularizada. “E isto já basta para apavorar os adultos. Dependendo do tipo e da intensidade do trauma, as lesões podem afetar os dentes permanentes, que já estão em formação. Por isto, recomendamos que a criança seja levada a um odontopediatra, logo após a queda”, explica Gavini.

É muito importante que ao chegar ao consultório do odontopediatra, os pais informem todos os detalhes sobre o tombo, para auxiliar na conduta a ser adotada. “Precisamos saber como a criança caiu: ela bateu a boca no chão de pedra, cimento, madeira? Ela bateu o dente na cabeça de outro amigo? De onde ela caiu: um lugar mais alto, escorregador, bicicleta, escada, cadeirão, skate, correndo na hora do recreio?”, diz a odontopediatra da Genesis.

Quando os dentes são decíduos podem ocorrer intrusões (quando o dentinho entra parcial ou totalmente dentro da gengiva) fraturas ou avulsões (quando o dente sai com raiz e tudo). “O odontopediatra deve avaliar a integridade dos tecidos ósseos da região (se ocorreu fratura ou não) através de um exame clínico e radiográfico. É através desse último que saberemos se houve um comprometimento no germe do dente permanente”, explica a dentista.

Em casos de intrusão, muitas vezes, o dente desce sozinho e volta naturalmente à sua posição, depois de um tempo. Se houver fratura na raiz, a única alternativa é a extração. O dente de leite traumatizado deverá ser acompanhado trimestralmente até sua esfoliação. Caso o dente de leite tenha saído do local com o trauma, ele não deve ser reimplantado, pois pode sofrer um quadro de anquilose, posteriormente, prejudicando a erupção do permanente. Por outro lado, se o dente que sofreu o trauma for permanente, este deve ser reimplantado com urgência. “Até chegar ao dentista, o dente pode ser mantido dentro de um copo com leite ou soro fisiológico. Nos casos de fraturas, os fragmentos devem ser conservados, para que possam ser usados, no momento da restauração”, explica Celina Gavini.

A resposta do dente ao reimplante, assim como a necessidade ou não de fazer endodontia (canal) e outras intervenções posteriores, dependerá do tempo de permanência do dente fora da boca e das particularidades de cada caso. “A criança tem uma capacidade de recuperação muito grande, e, se for atendida imediatamente, tudo se normalizará com rapidez, afirma a odontopediatra da Genesis.

Para prevenir traumas

Veja o que Celina Gavini recomenda:

1) Quando se trata de crianças muito pequenas, orientamos à família e aos professores para que não as deixem sozinhas, principalmente em lugares altos, parquinhos de recreação, perto de escadas e janelas, onde se recomenda o uso de portões e grades;

2) Quando as crianças começarem a engatinhar e a andar, deve-se ter cuidado com locais com muitos móveis e quinas, gavetas que possam ser abertas, móveis que possam ser escalados e “pulados”;

3) É preciso verificar se no ambiente infantil há o risco de que ela escorregue em chão molhado. Andar apenas de meias também favorece as quedas, pois, sem atrito, a criança terá mais facilidade para escorregar. Recomendamos que ela brinque descalça ou use sapato com sola de borracha ou antiderrapante;

4) Ao andar de carro, devem ser usados cadeiras e cintos apropriados às diversas faixas etárias. A criança deve andar sempre no banco de trás;

5) São necessários também cuidados com berço, carrinho de bebê e cadeirão, que devem estar adequados à idade e à maturidade da criança.

CONTATO:
www.clinicagenesis.com.br
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